No livro “Nós estivemos lá”, de José Dequech, 1994, ele diz que o soldado desconhecido é o cabo Fredolino Chimango, da 7ª Cia do 11° Regimento de Infantaria, o único homem do 11º Regimento que não foi identificado após o ataque a Montese. Se de fato for ele, a morte teria se dado, segundo o autor, quando ele atirava com uma metralhadora e já havia silenciado uma casamata, momento em que a artilharia alemã o teria pego em cheio. Lima Brayner, no livro “Luzes sobre Memórias", confirmava bem antes a mesma história.
Em 2010, parentes de Chimango chegaram a publicar reclamações no jornal Estadão, onde uma sobrinha neta dele cobrava exames de DNA. A mesma reportagem dava conta que:
“(...) o soldado desconhecido só foi encontrado em 10 de maio de 1967, quando um idoso da cidade de Montese compareceu a uma solenidade militar brasileira e disse que sabia onde estava o corpo. O italiano disse aos militares que, durante uma batalha na cidade de Montese, encontrou um soldado brasileiro morto na mata. Como passava por dificuldades por causa da guerra, roubou-lhe as botas e o relógio e depois o enterrou com a ajuda do pai, em meio a escombros, naquela cidade. A ossada encontrada sob um monte de entulho tinha vestígios de fardamento brasileiro, mas não estava com as plaquetas de identificação dos soldados e nem portava documentos”.
O subtenente Miguel Pereira, o militar que aparece em muitas dessas fotos, que era o guardião do Cemitério Brasileiro em Pistóia, foi quem se empenhou em dar uma última morada digna ao falecido.
Sem DNA, porém com muitos indícios, o túmulo de Pistóia continua a guardar o soldado desconhecido.
Fotos da Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército.
Matéria: V de Vitoria
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Que honra,conhecer esta História trisye..Mas ver que ele não foi esquecido é reconfortante tanto para os familiares como para o cidadão comum que honra a nossa historia e nossos heróis brasileiros! Luz eterna,respeito!
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