quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Cinto de campanha "NA" - F.E.B

Cinto de combate "NA"utilizado pela FEB na campanha da Itália.Pertenceu ao febiano, então 1º tenente FELIX BARTHOLINI CÁCCAVO.
Era usado mais em combate e nele eram fixados coldre, cantil, porta-curativo individual, baioneta, faca e etc.

(acervo O Resgate FEB)
Porque NA?
Foram muitos os materiais fabricados no Brasil e utilizados na Itália.Desta forma que surgiu o cinto "NA", era o cinto produzido no Brasil especialmente para FEB em 1944.Copiado dos padrões americanos dai designação "NA", quer dizer NORTE AMERICANO.Foi feito de modo para padronizar aparência dos expedicionários assemelhando aos americanos e aos equipamentos americanos entregues aos brasileiros na Itália ajustarem ao nosso cinto.Vários equipamentos de lona como a mochila, bornal, coldre, cantil e etc foram fabricados no Brasil e levados para Itália.

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Pesquisa: forúm  "História Militar e Militaria Brasileira"(facebook)

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Os pracinhas paraopebenses, que lutaram na Segunda Guerra Mundial

Estes bravos pracinhas de Paraopeba (MG) que, mo dia 22 de setembro de 1944, partiram para Itália na Segunda Guerra Mundial.Os pracinhas paraopebenses, que lutaram nas frentes de batalha, testemunharam o horror e não gostavam de falar sobre a guerra.
Minas Gerais perdeu 66 expedicionários e Paraopeba, infelizmente,viu-se ai incluída  com a perda de Américo Fernandes .Convocado para a guerra para junto aos aliados, nos campos de batalha da Itália, ele cumpriu o seu dever de brasileiro e embarcou  juntos com outros seis paraopebenses 
Agenor da Costa Lima
Geraldo Ribeiro da Veiga
Gustavo Tolentino
José Theodoro Barbosa Júnior
Moacir Fernandes 
Lourival Alves
Américo Fernandes, abatido por tiros inimigos em 25/02/45, tombou mortalmente ferido em Monte Castelo.
Identidade 4G-100757, classe 1918.Fez parte do 1º Regimento de Infantária.
Sepultado no cemitério de Pistoia e desde 1960 repousa no Monumento aos Pracinhas no Rio de Janeiro.Os pais do pracinha paraopebense recebeu  do Ministro da Guerra a Medalha Cruz de Combate 2º Classe (prata),  Medalha Sangue do Brasil e Medalha de Campanha, por um ação de feito excepcional na campanha da Itália.Em sua homenagem uma praça com seu nome em Paraopeba "Praça Expedicionário Fernandes".
Interessante carta do sargento Lourival Alves a Manuel Antônio da Silva, Diretor da "Gazeta de Paraopeba"
Itália, janeiro de 1945
Caro amigo Neném,
É meu desejo que tenha passado um feliz natal, junto da família.
Eu, como combatente, também passei o meu natal regularmente.
O próximo espero passar junto com aos meus, se Deus nos ajudar a vencer esta guerra, ainda nos primeiros meses desse ano.
Agora adeus à boa vida que ai levei durante muito tempo.
Divirto-me aqui com o sibilar dos grandes projeteis, seus arrebentamentos e as rajadas de metralhadoras.Há momentos verdadeiramente críticos, mas por um triz ainda se escapa.
Estamos sempre apreensivos e de quando em quando alguém diz "A cobra está fumando".
Estamos atravessando o inverno.Grossas camadas de neve caem dia e noite.Isto não me aflige porque estamos preparados para enfrentá-lo.Piscinas e leitos de pequenos rios estão congelados.Talvez seja por falta de fregueses para o banho frio.
Felizmente, nada nos falta.O bom chocolate, perus, frangos e doces são levados muitas vezes, sob fortes rajadas de fogos inimigos, para serem distribuídos aos combatentes.
Já temos. aqui, o nosso jornal de circulação, editado pelo nosso pessoal e cujo título é:"Cruzeiro do Sul".
Recebemos dai, de quando e quando, o "O Globo Esportivo" e ultimamente a "Gazeta de Paraopeba" que o bom amigo me envia.Assim, estamos sempre a par de algumas notícias dai, como também dos outros pontos do nosso querido Brasil.
Até hoje só recebi carta de Tia Cota.
Um abraço á Tuta e filhos.
Do Amigo, Lourival Alves.
Publicado na "Gazeta de Paraopeba" em 25.02.1945
Fotos dos pracinhas paraopebenses.
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O único paraopebense vivo que participou da Segunda Guera e Gustavo Tolentino.Como seus companheiros, também ficou com sequelas psicológicas por ter participado das frentes de batalha.Reside em Belo Horizonte.
Pesquisa  do "Jornal de Paraopeba"de maios de 2015, nº 280.
O Resgate FEB (Henrique Moura)

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Bolsa de munição colt 45

Bolsa de munição da pistola Colt 45 usado pelos americanos, muito utilizado na Segunda Guerra, modelo da Primeira Guerra datado de 1918 fabricante R.H. (lomg). Era presso ao cinto de combate NA.
(acervo O Resgate FEB)



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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

EXPEDICIONÁRIO ALVINO FRANCISCO MARQUES


Alvino Francisco Marques, nascido em 25 de abril de 1920 em Santa Isabel, município de Domingos Martins no Espirito Santo, filho do senhor José Francisco Marques e da senhora Clara Mersher Marques e descendente direto de alemães que chegaram ao Brasil em 1846.
Antes da guerra, era agricultor assim como seus pais e tios voltado para o cultivo do café. Ao saber da entrada do Brasil na guerra, Alvino fugiu para o Rio de Janeiro, alistando-se como voluntário e vindo a servir no antigo 15º Regimento de Cavalaria Mecanizada no bairro de Campinho.
Durante o treinamento , ele sofreu uma queda de um cavalo que fez com perdesse vários dentes e isso quase o impediu de embarcar.
Seguiu para a Itália como soldado no segundo escalão da FEB que partiu em 22 de setembro de 1944, chegando à Itália em 6 de outubro do mesmo ano . Participou de várias missões como uma espécie de espião e intérprete , já que a sua descendência alemã e naturalmente o conhecimento do idioma, fazia com que se saísse bem no que lhe era confiado. Participou da tomada de Monte Castelo em 21 de fevereiro de 1945 também. Alvino não sofreu nenhum ferimento grave durante a campanha, mas trouxe como recordação, uma granada que caiu ao seu lado e não explodiu!

Infelizmente, após uma reforma feita no sitio de Alvino, a granada que ele trouxe da Itália extraviou-se, porém, apresentamos aqui uma idêntica àquela que não explodiu ao cair ao seu lado.
Como vivia no interior da mata, onde morava como um verdadeiro escravo, nosso herói não se queixava muito da vida que tinha em solo italiano, mesmo com todo frio que fazia, já que tinha além da coragem e um espirito bastante aventureiro ele achava tudo aquilo uma grande experiência de vida o que, com absoluta certeza, ajudou-o a suportar todas as coisas ruins que qualquer guerra possa vir a trazer.

Alvino, ao centro, em cerimônia no comando da sua companhia nas proximidades de Castelnuovo.
Pracinhas exibem a bandeira nazista após a conquista de uma região próximo a Riola. Alvino é o segundo da direita para esquerda atrás da bandeira.
Alvino retornou ao Brasil em 22 de agosto de 1945 e quando chegou, foi recepcionado por amigos e parentes na casa da senhora Ruth Ramos com quem viria a se casar em 1948. Tiveram três filhos : Jorge Francisco, Ana Maria e Vera Lúcia que lhes deram 7 netos : Cláudia, Márcio, Ana Paula , Alexandre, Igor, Fernando e Arthur.

O dia do retorno. No inicio de setembro de 1945, Alvino ( de túnica) foi recepcionado por seus parentes e amigos em grande festa no bairro de Irajá no Rio de Janeiro.
Voltando à vida civil, foi funcionário da CEDAG, atual CEDAE - RJ e também se dedicou a aprender a profissão de rádio técnico. Comprou um terreno na paria do Anil - Magé -RJ onde construiu seu paraíso tijolo por tijolo, o qual frequentava religiosamente.

 
Em 1993, aos 73 anos, Alvino mantinha o mesmo sorriso que o acompanhou por toda a vida.
O ex- pracinha nunca apresentou nenhum trauma do que tenha vivido na guerra a não ser uma tristeza plenamente compreensível por ter perdido alguns amigos na campanha; sempre foi um marido, pai e avô muito dedicado e carinhoso, aliado à uma inteligência inegável.
Em 16 de janeiro de 1996, esse herói brasileiro partia para a vida eterna aos 75 anos de idade.
Nossos agradecimentos aos filhos do nosso herói, Jorge Francisco, Ana Maria e Vera Lúcia; primeiramente pela confiança em nosso blog, pelas informações fornecidas e por nos permitir ter acesso ao acervo da família .
Agora, um recado nosso para o nosso herói
:
Sr . Alvino:
Onde quer que o senhor esteja, receba essa singela homenagem do nosso blog cuja a intenção é imortalizar não só o senhor, o que foi feito com o maior carinho e dedicação, mas também, a todos os seus companheiros que de alguma forma representaram o Brasil da Segunda Guerra Mundial. Considere-se admirado, respeitado e imortalizado !
Que a o amor do Pai Maior esteja sempre em seu coração durante a vida eterna.
Muito obrigado por nos dar este privilégio.
 Hélio Guerreiro e O Resgate FEB.

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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O TOQUE DO SILÊNCIO - Pistóia

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A origem do mais emocionante toque militar em honra e tributo aos soldados que tombaram em batalha, que deram suas vidas em nome de sua nação, executada em todas as cerimônias fúnebres por militares.
Quadro de C B Lucena O SILÊNCIO EM PISTOIA exposto no salão onde encontram os restos mortais dos pracinhas mortos em combate no Memorial Brasileiros aos Mortos na Segunda Guerra Mundial no aterro do Flamengo no Rio de Janeiro.
Imagem:O Resgate FEB
Matéria O Resgate FEB

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Memorial Vô Nêgo - Raimundo Ferreira da Silva

Em 16 de novembro de 2013 na cidade de Três Marias (MG) foi inaugurado o Memorial VÔ NÊGO o apelido de família que o ex combatente Raimundo Ferreira da Silva do 11º Regimento de São João Del Rei (MG) que lutou na Segunda Guerra Mundial.O Rico acervo foi do pracinha Raimundo; uniformes, papeis, lembranças e utensílios por ele usado na Itália.
Agradeço a Silvania Melo pelas fotos do Memorial Vô Nêgo.Parabéns em preservar esta preciosidade da história do Brasil e da FEB.



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