domingo, 29 de julho de 2018

Primeiro Encontro de Veteranos da FEB

Caneca antiga do Primeiro Encontro de Veteranos da FEB em Petrópolis de 13 a 14 de março de 1976.
(Acervo O Resgate FEB)

(clique na foto para ampliar)

domingo, 22 de julho de 2018

‘Fiz a guerra do começo ao fim. Ela é uma selvageria’

Meu nome? Sou Boris Schnaiderman, com "sch". Nasci em 1917 em Úman, na Ucrânia, vim para o Brasil em 1924 e lutei no 2.º Grupo de Artilharia. Fui para a guerra porque queria ir. Era pacifista, mas achava absolutamente necessário lutar contra a Alemanha de Hitler. Fui convocado na véspera do embarque à Itália. Tudo foi em segredo. Tomamos o trem - luzes apagadas - e fomos ao porto. A viagem à Europa foi inesquecível. Enquanto viver, vou lembrar: foi terrível.


Boris Schnaiderman, escritor e tradutor

Na Itália, fui calculador de tiro. Eu era o controlador vertical, calculava o deslocamento do tubo-alma. O tubo do canhão se chama tubo-alma e eu calculava seu deslocamento vertical - havia outro sargento que media o horizontal. O primeiro tiro da artilharia brasileira fui eu que calculei. Atirei muito em cima de Monte Castelo. Inclusive vi de longe a nossa aviação em voo picado, descendo sobre as posições das metralhadoras alemãs. Depois, vi o chão estremecer com o bombardeio em Montese.
Dormíamos junto da central de tiros, caso fosse necessário atirar à noite. E tinha medo. Não há quem não tenha. Recebíamos bombardeio de artilharia. Caía a primeira granada e a gente sabia que o inimigo estava regulando o tiro. Ouvíamos o zunido e nos jogávamos no chão.
Mas é preciso frisar que havia uma diferença muito grande entre a nossa condição, na artilharia, e a do soldado de infantaria. Tanto é que eles nos chamavam de "saco B". Eles passavam de caminhão e nos chamavam: "Ô, saco B!" Sabe por quê? Porque havia o saco A e o saco B. O A nós carregávamos nas costas em qualquer mudança de posição, com os objetos de uso imediato. O B era para objetos de reserva...
No dia da vitória, nós estávamos entrando na cidade de Stradella, na Lombardia, e eu desci do caminhão. Aí veio um italiano barbudo, bigodudo. Ele me agarrou, me deu um beijo na face e disse: "Eu estava te esperando. Faz 20 anos que eu te espero e só agora você chegou".
Fiz a guerra do começo ao fim. Ela é uma selvageria, mas naquela guerra todos tínhamos de nos unir. Se a Alemanha vencesse, o que seria de nós, não é? Uma coisa terrível. Eu era de uma família de judeus completamente assimilados. Eu não tinha nenhuma formação de tradição judaica. Não falava iídiche, mas com a guerra ficou o sentimento de que pertencia a uma comunidade perseguida. Sentia-se o antissemitismo mesmo no Brasil. Eu lembro de tudo... e, às vezes, ainda tenho pesadelos com a guerra." 

MARCELO GODOY (TEXTO) e EVELSON DE FREITAS (FOTO)
Fonte O Estadão

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Creme de barbear da Segunda Guerra

Raro creme de barbear (Molle Brushless Shaving Cream), da época da Segunda Guerra Mundial,  original na caixa.Caixa marcada como "Pacote de Serviço Especial, apenas para as Forças Armadas".O mesmo utilizados pelos pracinhas na Itália.
(acervo O Resgate FEB)
(clique na foto para ampliar)

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Pracinha Pedro Rodrigues


Tenente Pedro Rodrigues natural de Curvelo (MG), fez parte da Força Expedicionária Brasileira, casado com D. Laurinha Santos Rodrigues e tiveram oito filhos.Serviu ao Exercito Brasileiro em 1940 no 10 RI, em 1941 foi convocado para fazer parte da FEB onde fez parte do 11 RI de São João Del Rei, onde seguiu para treinamento no Morro da Capistana (RJ) onde ficou preparando para a guerra até 1944.
fazendo parte do primeiro escalão da FEB, partiu no Navio transporte de tropas USS General Meigs onde desembarcou em Nápoles ma Itália, sendo incorporado ao 6 Ri de São Paulo, onde fizeram treinamentos com equipamentos americanos em Pompeia e logo após foram para o front.Participando de vários combates na linha Gótica, onde foi seu batismo de fogo, fazia parte das patrulhas onde mais baixas sofreram a FEB.Era homem de frente, muitas vezes passava dias nas trincheiras.Ferido em combate em Zocca no dia 20 de abril de 1945, atingido pelo deslocamento de ar e estilhaços de morteiro, ficando alguns dias no hospital.
Recebendo o diploma de ferido em combate das naos do Comandante da FEB, General Mascarenhas de Morais.No dia 8 de maio de 1945 a guerra acabou no continente europeu.Regressando para Curvelo depois de vários desfiles pelo Rio de Janeiro, voltou a trabalhar, mas na Secretaria de Saúde até aposentar.Depois de aposentado dedicou a cultivar e vender plantas e flores.Foi condecorado com a Medalha de Campanha e Sangue do Brasil (ferido em combate) que não recebeu e o diploma de ferido em combate.Faleceu em Curvelo algum minutos antes do dia 8 de maio de 2017, onde se comemora o Dia da Vitória no Brasil e no mundo inteiro.
O Herói nunca morre !

(O Resgate FEB)

 
Diploma da Medalha de Combate

Diploma de ferimento em ação, assinado e entregue pelo Comandante da FEB, Marechal Mascarenhas de Morais