terça-feira, 30 de junho de 2015

A Coca-Cola chegou ao Brasil com a Segunda Guerra Mundial.

Antes da Segunda Guerra Mundial, a venda de Coca-Cola já atingia todos os estados norte-americanos. Seu sucesso era tão grande, que o novo elixir identificou-se com o espírito norte-americano.
Quando, em razão do conflito mundial, o açúcar foi racionado no país, as autoridades decretaram que as fábricas de Coca-Cola não sofreriam nenhum corte, pois ela se incluía entre os produtos vitais da guerra. Era enviada aos soldados americanos lutando na Europa, a fim de fazê-los sentir-se em casa. Setores do exército consideravam a entrega de Coca-Cola tão importante quanto a assistência mecânica de manutenção de aviões e carros de combate. Entre as fileiras de soldados, o pessoal da Coca-Colagozava do status especial de observadores técnicos. Eram conhecidos como coronéis coca-cola.

A palavra secreta para os batalhões que atravessaram o Reno, ocupando o território inimigo, era“Coca-Cola”. Distribuída regularmente para os marinheiros, ela foi assim levada à Europa.Em 1941, os Estados Unidos entram na Segunda Guerra Mundial, enviando milhares de homens e mulheres para as frentes de combate.
A Coca-Cola acompanha esses combatentes pois Woodruff determina que a Coca-Cola seja vendida a US$ 0,05 para todo combatente norte-americano onde quer que esteja – em qualquer parte do mundo! -, não importando o quanto isso custe à empresa. Durante a guerra os europeus experimentam a bebida. Quando a paz volta a reinar, a Coca-Cola já tem muitos negócios fora de seu território.
Como chegou ao Brasil!
No início da década de 1940, o Brasil entrou no cenário da Segunda Guerra Mundial e em 1941 o governo brasileiro autorizou secretamente os norte-americanos a utilizarem bases aéreas e navais no país, uma delas a de Parnamirim (Natal/Rio Grande do Norte) era a maior base da Força Aérea norte-americana em território estrangeiro.Desta forma, aviões militares americanos passaram a chegar ao Brasil com maior freqüên
cia, reforçando as bases estratégicas estabelecidas no país. Neste momento, a Coca-Cola chega ao Brasil, trazida pelos próprios soldados americanos e posteriormente, produzida em pequenas fábricas móveis que passaram a acompanhar as tropas.
A população de Natal foi a primeira a consumir Coca-Cola na América do Sul. Em 1942, com a chegada das tropas aliadas trouxe de carona a quarta fábrica da Coca-Cola no mundo.
E desembarcando seus produtos. Propaganda da Coca-Cola utilizando o Rio de Janeiro como cenário Foto:Tok da História.
Mas a ascensão da marca foi disparada só quando a Segunda Guerra Mundial acabou, pois nesse período a marca poderia explorar novos horizontes e territórios sem maiores problemas… Foi nesse ritmo que a coca-cola chegou ao Brasil.
O sargento da FEB  dando uma entrevista logo após o desembarque no Brasil em 1945,  já bebendo uma Coca-Cola.
"Garoto propaganda "

Curiosidade:
Sargento William Schneider
Durante a Segunda Guerra Mundial, os combatentes americanos estacionados na Europa recebiam, mensalmente, uma garrafa de Coca-Cola. Em 1944, soldados do 13º Batalhão de Artilharia, sediado em Nápoles, na Itália, fizeram uma rifa de uma embalagem do refrigerante. O sorteio foi divulgado em um boletim mimeografado que circulava entre os Aliados e o dinheiro seria usado para ajudar crianças cujos pais morreram servindo no regimento. Cada bilhete custava 25 centavos de dólar. Em um mês foram arrecadados 4 000 dólares, uma fortuna para a época. O vencedor foi o sargento William Schneider, de Hackensack, Nova Jersey. Ele considerou o prêmio muito importante para ser consumido e enviou a garrafa para casa como lembrança. A história foi contada em 1944 pelo correspondente de guerra Ernie Pyle, cuja coluna era publicada em mais de 200 jornais. Em 1979, a Coca-Cola lançou uma grande campanha para encontrar o sargento Schneider e a garrafa sorteada. Os esforços, porém, foram em vão.
Pesquisa:
Blog Coca Cola
Blog Atalicismo
Blog Almanaque
Henrique Moura

domingo, 21 de junho de 2015

Marechal Osvaldo Cordeiro de Farias - F.E.B

Osvaldo Cordeiro de Farias nasceu em Jaguarão (RS), em 1901. 
Ingressou na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, em 1918. Participou das conspirações que precederam a deflagração do levante armado de julho de 1922 contra o governo federal, que deu início ao ciclo de revoltas tenentistas. Apesar de não ter participado diretamente dos combates, acabou sendo preso por três meses. Em seguida, foi transferido para Santa Maria (RS), voltando a conspirar contra o governo. Em outubro de 1924, participou do levante tenentista deflagrado em Uruguaiana (RS), logo se juntando aos demais contigentes rebeldes do estado, reunidos sob a liderança de Luís Carlos Prestes. Os rebeldes gaúchos acabariam se retirando para o estado do Paraná, onde juntaram-se aos remanescentes do levante deflagrado no mês de julho, em São Paulo. Da unificação desses dois grupos nasceu a Coluna Prestes, exército rebelde que, sob o comando do militar gaúcho que lhe deu o nome promoveu, nos dois anos seguintes, uma guerra de movimento pelo interior do país contra as tropas fiéis ao governo federal. Cordeiro de Farias teve atuação destacada na Coluna, comandando um dos quatro destacamentos que a compunham.
Em fevereiro de 1927, já desgastados pela longa campanha e sem perspectivas de vitória, os líderes da Coluna resolveram encerrar aquela fase da luta e abandonaram o território brasileiro, internando-se na Bolívia. No ano seguinte Cordeiro retornou ao Brasil clandestinamente e deu prosseguimento às atividades conspiratórias, tendo sido, então, preso. Julgado e absolvido, retornou ao Exército sem deixar, contudo, de conspirar contra o governo.

Em 1930, participou do movimento revolucionário que depôs o presidente Washington Luís e impediu a posse do novo presidente eleito, Júlio Prestes. Integrou, nessa ocasião, o comando da insurreição em Minas Gerais. Com a vitória do movimento e a posse do novo governo liderado por Getúlio Vargas foi lotado no gabinete do ministro da Guerra, general Leite de Castro. Em maio de 1931, foi transferido para São Paulo, assumindo a chefia de polícia daquele estado. Permaneceu no cargo até junho do ano seguinte, um mês antes da deflagração do movimento constitucionalista pelas forças políticas tradicionais de São Paulo, que exigiam a reconstitucionalizaçào do país e a recuperação da autonomia estadual, com o afastamento dos tenentes que vinham exercendo influência na política paulista. Colaborou no combate à insurreição e, no ano seguinte, voltou a ocupar a chefia de polícia do estado.

Da esquerda para a direita: Olímpio Falconière, Zenóbio da Costa, Mascarenhas de Moraes e Cordeiro de Farias.
Em 1935, de volta ao Rio de Janeiro, deu combate ao levante militar deflagrado por elementos de esquerda ligados à Aliança Nacional Libertadora (ANL). No ano seguinte concluiu o curso da Escola de Estado-Maior do Exército. Em 1937 foi transferido para o Rio Grande do Sul, onde assumiu a chefia do estado-maior da 3ª Região Militar (3ª RM), sediada em Porto Alegre, sob o comando do general Daltro Filho. Participou da campanha movida por Vargas para afastar o governador Flores da Cunha, que acabou sendo substituído pelo comandante da 3ª RM. Após a morte de Daltro Filho no início do ano seguinte, Vargas nomeou Cordeiro de Farias como interventor federal no Rio Grande do Sul.
Em 1942, Cordeiro de Farias chegou ao generalato. Em setembro do ano seguinte deixou a interventoria gaúcha para integrar-se à Força Expedicionária Brasileira (FEB). Em setembro de 1944 viajou para a Itália, onde participou das principais batalhas em que a FEB esteve envolvida na Segunda Guerra Mundial.
De volta ao Brasil em 1945, voltou a participar de articulações políticas, tendo seu nome chegou cogitado como candidato a presidente da República. Em outubro daquele ano participou do golpe militar que afastou Vargas do poder e extinguiu o Estado Novo. Em 1949 foi nomeado comandante da recém-criada Escola Superior de Guerra (Esg). Em maio de 1950 foi derrotado nas eleições para a diretoria do Clube Militar, em disputa marcada por forte conteúdo ideológico. Cordeiro representava a corrente que defendia a participação do capital estrangeiro na exploração do petróleo brasileiro, enquanto que a chapa vitoriosa, liderada por Newton Estillac Leal, representava os setores nacionalistas das Forças Armadas.

Deixou a Esg em agosto de 1952 para assumir o comando da Zona Militar Norte, sediada em Recife. Em 1954 elegeu-se governador de Pernambuco, numa coligação envolvendo o Partido Social Democrático, o Partido Libertador e o Partido Democrata Cristão, ocupando o cargo entre 1955 e 1958. Fez um governo voltado para a assistência ao sertão, para a construção de açudes e estradas. Ocupou o cargo entre 1955 e 1958, renunciando ao mandato um mês antes de sua conclusão para assumir a presidência da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos, que exerceu durante dois anos.

Osvaldo Cordeiro de Farias, governador do Estado de Pernambuco entre 19551 1958.
Em 1961 foi nomeado chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (Emfa) pelo presidente Jânio Quadros. Com a renúncia de Jânio, envolveu-se na conspiração que visava impedir aposse do vice-presidente, João Goulart, então em viagem à China. Jango tomou posse devido ao apoio da população e a Campanha da Legalidade, comandada em Porto Alegre por Leonel Brizola. Na ocasião, foi nomeado comandante do III Exército pelo Ministro da Guerra, Odílio Denys, em substituição ao General José Machado Lopes, que havia aderido à causa legalista. Não chegou a assumir este cargo.
Com a renúncia de Jânio, envolveu-se ativamente na conspiração contra o novo presidente, João Goulart.Participou, ativamente, do golpe militar que, em 1964, depôs o presidente João Goulart. Novamente foi cogitado para presidente, o que não se concretizou uma vez que era considerado "político demais" por alguns setores do exército.Após a instalação do regime militar em 1964, passou a dirigir o Ministério Extraordinário para a Coordenação dos Organismos Regionais, posteriormente Ministério do Interior, função que desempenhou até junho de 1966, quando se retirou da vida pública.
Cordeiro de Farias foi premiado com inúmeras condecorações nacionais e internacionais, entre elas a Cruz de Guerra com Palma (França), a Legião de Honra (França), a Grande Oficial Ordem da Coroa (Itália), a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis (Portugal), Legião de Mérito (Estados Unidos), Grande Oficial da Ordem Nacional do Mérito Militar, no Mérito Naval, e do Mérito Aeronáutico (Brasil).
Casou-se com Avani Barcelos, com quem teve um filho.
Cordeiro de Farias faleceu no Rio de Janeiro, aos 79 anos, em 17 de fevereiro de 1981.

Fonte de pesquisa: Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930. 
                                   Algumas fotos tiradas da internet sem identificação da origem.
                                   Henrique Moura

segunda-feira, 15 de junho de 2015

As nações unidas lutam pela liberdade.

THE UNITED NATIONS FIGHT FOR FREEDOM (As nações unidas lutam pela liberdade)
Cartaz (original) clássico da Segunda Guerra Mundial que destacou a coalizão de nações que lutam pela liberdade contra as ditaduras do Eixo, (Alemanha, Itália e Japão). É uma lembrança agradável da unidade das nações por trás de uma causa comum na Segunda Guerra Mundial e uma inspiração para a criação do que chamamos de Organização das Nações Unidas.
Artista: Broder
(acervo O Resgate FEB)
(clique na foto para ampliar)

quinta-feira, 11 de junho de 2015

CELSO FURTADO E O FIM DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

“Quando correu a notícia do término da guerra na Europa (as hostilidades ainda continuariam por alguns meses na Ásia), eu me encontrava num acampamento da FEB, num bosque da Toscana. Recordo que no dia da capitulação da Alemanha, 8 de maio, os americanos exibiram para nós, brasileiros, um filme documentário sobre os campos de concentração dos nazistas. Eu nunca havia imaginado que o comportamento humano pudesse descer a tais níveis de abjeção. Foi uma dura lição do mal que pode fazer um povo civilizado, quando ensandecido pelos ódios políticos e raciais. O inimigo que acabava de ser abatido era a personificação do Mal absoluto.” Celso Furtado, 1995.
Comemoram setenta anos do Dia da Vitória. Reencontrei esse pequeno texto de Celso quando, ano passado, eu preparava mais um livro sobre ele. Celso foi convocado em 1944. Embarcou no “General Meigs”, como segundo-tenente, no quinto contingente da FEB, junto com seis mil soldados. Quando chegaram a Nápoles, Roma já tinha sido libertada e a linha de frente se situava no rio Arno. Passou boa parte da guerra na Toscana. Durante a ofensiva final dos Aliados, no norte da Itália, sofreu um acidente sério. Em setembro de 1945 retornou ao Brasil. Escreveu um pequeno livro de contos sobre a guerra. Depois, foi cuidar da vida. Não gostava de falar da guerra. Para quem se interessar, publiquei várias cartas dele enviadas a família e amigos durante a guerra, bem como páginas de um diário e textos escritos à época sobre essa experiência. Estão no livro “Anos de formação, 1938-1948. O jornalismo, o serviço público, a guerra, o doutorado”
Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento/Contraponto Editora ). 
Celso Furtado no acampamento da FEB.

 Matéria cedida, Sr.ª Rosa Freire d’Aguiar

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Barreta da Força Expedicionária Brasileira.

Interessante barreta antiga da Randal, armação bem robusta, com a barreta da Medalha de Campanha e Medalha de Guerra.
 (acervo O Resgate FEB)
A barreta da esquerda a Medalha de Campanha da FEB é conferida aos militares que participaram de operações de guerra, sem nota desabonadora.
A barreta da direita e a Medalha de Guerra  é uma condecoração concedida aos militares brasileiros, de nações aliadas, ou civis que tenham prestado serviços relevantes em tempos de guerra ou em missões especiais do governo. Foi criada pelo Decreto-Lei nº 6.795, de 17 de agosto de 1944.
Curiosidades:
Barretas ou Barretes são pequenas  comdecorações que são usadas por militares.As barretas são peça de metal, revestida por uma fita com uma ou mais cores, usada em substituição as medalhas principalmente quando é considerado inadequado ou impraticável e deve estar dentro do Regulamento de Uniformes do Exército (RUE).Não é permitido o uso de barretas confeccionadas em esmalte ou outros materiais, em substituição às fitas, bem como cobri-las com plástico transparente.As Barretas tem que estar ordenadas conforme o Decreto nº 40.556, de 17 de dezembro de 1956, que regula o uso das condecorações nos uniformes militares. Cada força militar tem suas próprias regras.
A barreta desmontada
(clique na foto para ampliar)

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Flamula Ex Combatentes de Juiz de Fora - MG

Flamula antiga da Associação dos Ex Combatente de Juiz de Fora, relembrando aos nossos mortos da F.E.B no cemitério brasileiro de Pistóia com os dizeres: "CONTINUARÃO ETERNAMENTE VIVOS"
(acervo O Resgate FEB)
clique na foto para ampliar