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| O três heróis | 
De  acordo com os registros, os três  pracinhas integravam uma patrulhado  11º RI de São João del Rey que teve  como esforço principal o combate em  montanhas com densos campos de minas  e sob o fogo cerrado das  metralhadoras alemãs. Em Montense, a  tenacidade, o ardor combativo e as  qualidades morais e profissionais dos  brasileiros foram demonstradas  em seu raro espírito ofensivo, sob os  fogos da Infantaria e Artilharia  do Inimigo, transpondo caminhos  desenfiados, neutralizando campos  minados, assegurando e posteriormente,  para a Divisão Brasileira, a  posse definitiva dessa importante posição  alemã dentro do contexto da  Guerra. Em uma dessas incursões, os  pracinhas mineiros se viram frente a  frente com uma companhia alemã  composta de aproximadamente 100 homens.  Era 14 de abril de 1945. Eles  receberam ordens para se render, mas  continuaram em combate até ficarem  sem munição e serem mortos.
   O detalhe é que, em vez da vala comum,  mereceram as honras especiais  do Exército alemão. Admirado com a  coragem e resistência do trio, o  comandante nazista mandou enterrá-los e  colocar, sobre a cova, uma cruz  e placa com a inscrição: “Drei  Brasilianische Helden” ou “Três Heróis  Brasileiros”. Terminada a guerra,  seus restos mortais foram trasladados  para o Cemitério de Pistoia, na  Itália, e depois para o Monumento aos  Pracinhas, no Aterro do Flamengo,  Rio de Janeiro/RJ. Mereceram as  condecorações Medalha de  Campanha (participação na guerra), de Sangue  do Brasil (quando há  ferimento) e Cruz de Combate(feitos de destaque).
   No coração dos familiares e amigos  ainda está a marca do dia da  convocação dos jovens para a guerra e,  depois, no caso dos três  mineiros, do trágico comunicado sobre a morte.  “Foi horrível e doloroso  para todos nós. No mês seguinte, à partida de  Geraldo Baeta, minha mãe  sofreu um derrame cerebral e morreu. Uma  vizinha ouviu no rádio que o  navio em que ele estava fora a pique. Só  que a mulher confundira tudo,  era mentira, o meu irmão prosseguia  viagem”, conta Natanaela Baeta  Morais, de 79 anos, casada, moradora do  Bairro de Lourdes, em Belo  Horizonte. Numa caixa, ela guarda todas as  cartas e medalhas  conquistadas nos campos da Itália, e um pouco das  cinzas do herói.
Enquanto  abraça a foto do irmão, “que  era arrimo de família de 10 filhos”,  Natanaela conta que Geraldo Baeta  nunca ficou sabendo que a mãe morrera  tão rapidamente: “Achamos melhor  não falar nada”. As cartas não  paravam de chegar e, numa delas, o  pracinha fez uma brincadeira com a  mãe, dona Sinhá, dizendo que  arrancaria e traria o bigode de Hitler  para ela escovar o sapato. “Foram  meses muito tristes, nossa família se  reunia para chorar”, recorda-se  Natanaela, certa de que os jovens  precisam conhecer esses episódios para  valorizar mais a participação  dos brasileiros no conflito mundial.  “Tudo isso só não pode cair no  esquecimento das novas gerações”, pede  Dona Natanaela Morais.
Os três heróis da FEB
GERALDO BAETA DA CRUZ – IDENT. MILITAR N° IG-295.850
Classe 1916. 11º Regimento de Infantaria. Embarcou para além-mar em 22 de setembro de 1944. Natural do Estado de Minas Gerais, filho de Antônio José da Cruz e Maria Conceição da Cruz, residente em João Ribeiro, MG. Faleceu em ação no dia 14 de abril de 1945, em Montese, Itália, e foi sepultado no Cemitério Militar Brasileiro de Pistóia, na quadra C, fileira nº 4, sepultura nº 47, marca: lenho provisório.
Classe 1916. 11º Regimento de Infantaria. Embarcou para além-mar em 22 de setembro de 1944. Natural do Estado de Minas Gerais, filho de Antônio José da Cruz e Maria Conceição da Cruz, residente em João Ribeiro, MG. Faleceu em ação no dia 14 de abril de 1945, em Montese, Itália, e foi sepultado no Cemitério Militar Brasileiro de Pistóia, na quadra C, fileira nº 4, sepultura nº 47, marca: lenho provisório.
Foi  agraciado com as Medalhas de  Campanha, Sangue do Brasil de Combate de  2ª Classe. No decreto que lhe  concedeu esta última condecoração, lê-se:  “Por uma ação de feito  excepcional na Campanha da Itália”.
GERALDO RODRIGUES DE SOUZA – IDENT. MILITAR N° 4G-88.714
Classe 1919. 11º Regimento de Infantaria. Embarcou para além-mar 20 de setembro de 1944. Natural do Estado de Minas Gerais, filho de Josino Rodrigues de Souza e Maria Joana de Jesus, residente à rua Cajurú nº 4, Serra Azul, SP. Faleceu em ação no dia 14 de abril de 1945, em Natalina, Itália, e foi sepultado no Cemitério Militar brasileiro de Pistóia, na quadra B, fileira 9, sepultura nº 98, marca: lenho provisório.
Classe 1919. 11º Regimento de Infantaria. Embarcou para além-mar 20 de setembro de 1944. Natural do Estado de Minas Gerais, filho de Josino Rodrigues de Souza e Maria Joana de Jesus, residente à rua Cajurú nº 4, Serra Azul, SP. Faleceu em ação no dia 14 de abril de 1945, em Natalina, Itália, e foi sepultado no Cemitério Militar brasileiro de Pistóia, na quadra B, fileira 9, sepultura nº 98, marca: lenho provisório.
Foi agraciado  com as Medalhas de  Campanha, Sangue do Brasil de Combate de 2ª Classe.  No decreto que lhe  concedeu esta última condecoração, lê-se “Por uma  ação de feito  excepcional na Campanha da Itália”.
ARLINDO LÚCIO DA SILVA – IDENT. MILITAR N° 1G-291.827
Classe 1920. 11° Regimento de Infantaria. Embarcou para além-mar em 20 de setembro de 1944. Natural do Estado de Minas Gerais, filho de João Olímpio da Silva e Maria Cipriana de Jesus, tendo como pessoa responsável D.Maria Cipriana de Jesus , residente à rua Vargo de faria n° 177, São João del-Rei, Estado de Minas Gerais. Faleceu em ação no dia 14 de abril de 1945, em Montese, Itália, e foi sepultado no Cemitério Militar Brasileiro de Pistóia, na quadra C, fileira nº 4, sepultura 44: lenho provisório.
Classe 1920. 11° Regimento de Infantaria. Embarcou para além-mar em 20 de setembro de 1944. Natural do Estado de Minas Gerais, filho de João Olímpio da Silva e Maria Cipriana de Jesus, tendo como pessoa responsável D.Maria Cipriana de Jesus , residente à rua Vargo de faria n° 177, São João del-Rei, Estado de Minas Gerais. Faleceu em ação no dia 14 de abril de 1945, em Montese, Itália, e foi sepultado no Cemitério Militar Brasileiro de Pistóia, na quadra C, fileira nº 4, sepultura 44: lenho provisório.
Foi  agraciado com as Medalhas de  Campanha, Sangue do Brasil de Combate de  1ª Classe. No decreto que lhe  concedeu esta última condecoração, lê-se:  No dia 14 de abril, no ataque a  Montese, seu Pelotão foi detido por  violenta harragem de morteiros  inimigos, enquanto uma Metralhadora  alemã, hostilizava violentamente o  seu flanco esquerdo, obrigando os  atacantes a se manterem se manterem  colados ao solo. O Soldado Arlindo,  atirador de F.A, num gesto de grande  bravura e desprendimento,  levanta-se, localiza a resistência inimiga e  sobre ela despeja seis  carregadores de sua arma, obrigando-a a calar-se  nessa ocasião, é morto  por um franco-atirador inimigo¨
Pesquisa:
Francisco Miranda - Blog
Site:www.anvfeb.com.br
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Francisco Miranda - Blog
Site:www.anvfeb.com.br

Um recado para a senhora Natanaela: Se depender de nós, desse blog e de outros com o mesmo conteúdo, nem seu irmão, nem nenhum companheiro dele será esquecido !
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