A viagem começa pela Rodovia Lúcia Meira, principal acesso à cidade. Ao chegar ao Centro de Valença, basta olhar para o casario para perceber que a cidade é uma aula de história em forma de arquitetura. Valença ainda reserva outros atrativos, como o Museu Capitão Pitaluga.
Em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, o Tenente de Cavalaria Plínio Pitaluga partiu para os campos de batalha do 1º Esquadrão de Reconhecimento da Força Expedicionária Brasileira. Lá foi promovido a capitão e teve grande importância durante a guerra. Reconhecimento que pode ser visto no museu em Valença que recebeu o nome dele.
Inaugurado no dia 13 de novembro de 2002, o Museu Militar Capitão Pitaluga reúne peças originais e réplicas que guardam lembranças dos ex-combatentes. Na parede um mapa mostra o roteiro da campanha dos soldados desde a partida até o retorno. O museu, aberto à visitação, também faz uma homenagem aos 432 brasileiros que morreram durante a batalha. As dificuldades que os pracinhas enfrentaram e os precários armamentos que dispunham.
No local há uma sala apenas com os pertences do General Pitaluga, que chegou a ser presidente da Associação Nacional dos Ex-Combatentes. Em algumas fotos imagens que chocam, como a de um cemitério com incontáveis cruzes dos mortos na guerra.
Uma bandeira original da Alemanha, com a suástica – símbolo do nazismo –, encontrada por soldados em um museu do Rio de Janeiro e levada para Valença. Até medicamentos e uniformes da época foram guardados. Do lado de fora os visitantes podem conhecer alguns veículos utilizados durante a guerra.
Documentos históricos que enriquecem o conhecimento e merecem ser preservados. Um acervo que está a disposição de moradores e turistas.
O museu fica à Rua Comendador Antônio Jannuzzi, nº 415 – Bairro Belo Horizonte. A entrada é de graça.
Nas dependências do Quartel do 1º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado – Esquadrão Tenente Amaro, na cidade de Valença, RJ, para abrigar a história da FEB e em particular a do 1º Esquadrão de Reconhecimento, única unidade de cavalaria brasileira participante da Campanha da Itália em 1944/1945 em plena Segunda Guerra Mundial, este museu já nasceu grande.Foram doados acervos importantes e únicos que retratam experiência única, vivida ao longo do maior conflito, já ocorrido na história humana.
O acervo originário já pertencia ao Esquadrão Tenente Amaro que se somou ao da Capitã Enfermeira Bertha Moraes Nereci, em abril último. Esta atuou como Primeiro Tenente junto aos Hospitais de Campanha da FEB. Na guerra reuniu interessante acervo daquele período.No mês de junho, foi doado ao Museu todo o acervo do General de Brigada Plínio Pitaluga, na guerra, como Capitão comandou o 1º Esquadrão de Reconhecimento da FEB. Este valioso acervo cobre toda a sua vida desde o tempo do Colégio Militar até o seu último comando na 4ª Divisão de Cavalaria no atual estado do Mato Grosso do Sul, então Mato Grosso, nos anos 70. Além de todo este material o Museu abriga peças de fardamentos, medalhas, material aprisionado, documentos históricos, fotografias, armamentos, cartas topográficas, viaturas militares, duas delas em pleno funcionamento e uma grande biblioteca sobre temas militares.O 1º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado (Esquadrão Tenente Amaro), foi criado em 06 de dezembro de 1943, originário do 2º Regimento Moto-Mecanizado de Campinho, RJ, onde tinha a denominação de 3º Esquadrão de Reconhecimento e Descoberta.
Posteriormente, passou a chamar-se 1º Esquadrão de Reconhecimento e a partir de 1º de Janeiro de 1973 sua denominação ficou como 1º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado.
Tão logo foi criado, transferiu-se para a Vila Militar, ocupando um conjunto de barracões onde se encontrava a 1ª Cia PE (Polícia do Exército), mudando-se logo em seguida para a Colina do Capistrano, de onde saiu para os campos da Itália, retornando em 1945 e permanecendo ali até o início de Março de 1973, quando foi transferido para a cidade de Valença, RJ onde permanece até os dias de hoje.
Seu patrono é o 2º Tenente Cavalaria R/2 Amaro Felicíssimo da Silveira, morto pelos alemães na Itália, durante a realização de uma patrulha de reconhecimento quando integrava a Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Campanha da Itália durante a Segunda Guerra Mundial.
A Unidade, teve na mesma Campanha mais três baixas, o 2º Sargento Pedro Krinski, o Cabo Benedito Alves e o Soldado Bernardino da Silva.O Esquadrão atuou na região conhecida como Vale do Rio Pó e Serchio, principalmente na região de Gaggio Montano, Marano Sull Panaro, Collechio, Fornovo e Montese.
Atualmente, além de ser uma unidade ativa do Exército Brasileiro, mantém viva sua memória e tradição para as gerações futuras.
Vale uma visita não só às suas dependências como a este belo Museu, fruto do trabalho de abnegados voluntários que o tornaram realidade .
Como curiosidade o M-8 Greyhound 6x6 exposto como monumento estático junto ao prédio que abriga o Museu Capitão Pitaluga, com pintura e marcações da Campanha da Itália. Foi um dos quinze veículos que lá estiveram, um árduo trabalho de restauração elaborado pela própria unidade com auxílio de alguns especialistas que conseguiram dar vida nova a um veículo que estava prestes a terminar sua deterioração abandonado num pátio de sucatas, mas salvo a tempo.Desfilando, em ocasiões especiais, é possível ver outro M-8 totalmente operacional além de uma Half-Track M-5 em perfeitas condições de marcha, ambos fabricados entre 1942 e 1944 de origem norte-americana. Adentrando-se no museu é possível fazer uma viagem no tempo, voltando aos anos 40, vendo de perto todo o sacrifício e desenvolvimento de uma geração nos mais distantes pontos do planeta que de certa forma nos deixou um legado importante para ser compreendido nos tempos atuais.
Conhecendo o passado, aprendendo com ele, compreende-se o presente e desta forma pode-se vislumbrar um futuro melhor...
FONTE:
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Uniforme usado pela FEB. |
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Vitrine com material alemão capturado. |
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Armamentos usado pela FEB na Itália. |
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Peças de fardamentos usados pela FEB |
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Fúsis usado pela FEB na Segunda Guerra. |
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Lembrança a memória dos quatros integrantes do 1ºEsquadrão de Reconhecimento que tombaram na Itália. |
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Material de saúde usados nos hospitais pelas enfermeiras e médicos da FEB. |
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M 8 GREYHOUND restaurado um veterano nos campos de batalhas. |
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HALF - TRACK M 5 - Itália 1944/1945. |
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GENERAL PLINIO PITALUGA
General Plínio Pitaluga, natural da cidade de Cuiabá, Mato Grosso, pertence à turma de 1934 da Escola Militar de Realengo, exerceu, na guerra, as funções de Sub comandante e Comandante do 1º Esquadrão de Reconhecimento Mecanizado (Esquadrão Tenente Amaro). Foi promovido a Capitão em dezembro de 1944, na Itália. No período de 1952 a 1954, foi instrutor da Escola de Comando e Estado-maior do Exército. Em 1961, assumiu o comando do 13º Regimento de Cavalaria, em Jaguarão (RS). Em 1963, foi promovido ao posto de Coronel e, de abril de 1964 a abril de 1966, comandou o Regimento de Reconhecimento Mecanizado - R Rec Mec - no Rio de Janeiro. Em 1966, serviu no Gabinete do Ministro do Exército. Entre 1967 e 1969, exerceu a função de Adido Militar na Argentina e, 1968, foi promovido ao posto de General-de-Brigada. De 1969 a 1972, comandou a 4ª Divisão de Cavalaria (atual 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada - Brigada Guaicurus), sediada em Mato Grosso do Sul, passando em seguida para a reserva. Recebeu as seguintes medalhas e condecorações pela sua participação na Segunda Guerra Mundial: Cruz de Combate 1ª Classe, por ato de bravura individual; Medalha de Campanha; Medalha de Guerra; Estrela de Bronze (Estados Unidos); Cruz de Guerra com Palma (França); e Cruz ao Valor Militar (Itália). Foi reeleito várias vezes, para Presidente do Conselho Nacional das Associações dos Ex-Combatentes, função que exerceu até seu falecimento.
Em 11.7.2009 às 16:47, Octavio Pitaluga Neto disse:
"Tive a honra e o privilégio de inaugurar o Museu Capitão Pitaluga, justa homenagem a memória de meu saudoso pai e de todos os seus bravos comandados."
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