segunda-feira, 28 de março de 2022

Socorristas na Segunda Guerra


Um breve relato.
Sempre que falamos sobre a segunda guerra mundial, o que vem a ideia são os
combates sangrentos, tiros das armas, explosões e muita morte. No meio disso tudo,
existe um grupo de soldados desarmados, carregando esperança para os feridos e
moribundos. Soldados cidadãos que estavam juntos nos combates. Presenciaram toda
crueldade da guerra e tiveram os mesmos dissabores de muitas vezes terem amigos e
companheiros mortos em suas mãos.
A ideia do resgate ainda no meio do fogo cruzado vem de longe, data do ano de 1492,
iniciada pelos espanhóis e mouros, onde as doenças adquiridas matavam mais do que
armas, e as drogas utilizadas, faziam mais mal do que o bem.
A primeira convenção de Genebra em 1864 determinou algumas regras e cuidados
que deveriam ser oferecidos aos militares feridos de qualquer exercito. Desde aquela
data, ambulâncias e hospitais que tinham a cruz vermelha, não podiam ser atacados.
Esta regra também valia aos médicos, enfermeiros, padioleiros e todo pessoal
envolvido no socorro aos feridos. Eles usavam braçadeiras e marcavam seus
capacetes, normalmente com uma cruz vermelha sobre um circulo branco. Na
segunda guerra mundial, o avanço da medicina de guerra foi espetacular.
A FEB, Força Expedicionária Brasileira, mandou para Itália o 1* batalhão de saúde,
que fora criado em dezembro de 1943.
No geral, era formada por um pelotão de padioleiro, um pelotão de posto de socorro e
um pelotão de ambulâncias.
Os soldados do 1* batalhão de saúde não são muito lembrados, mas para os
combatentes, nunca serão esquecidos. Eles atendiam feridos brasileiros, americanos,
civis italianos e mesmo o soldado alemão. Tinham o respeito por parte de todos os
seus companheiros, faziam parte de todas as operações de combate, viam e viviam a
morte de muito perto.
Prestavam os primeiros socorros ainda no calor da batalha, combatendo
sangramentos, aplicando garrotes, imobilizações, morfina, plasma e os mais variados
cuidados aos feridos. Também tinham a missão de evacuar as vitimas usando a
padiola, maca militar dobrável de lona, vindo daí o nome como eram conhecidos,
padioleiros. Encaminhavam as vitimas ate jipes ambulância para serem levados aos
hospitais de campanha.
Muitas literaturas trazem depoimentos destes bravos, mostrando que a guerra foi
avassaladora para todos os envolvidos. Na serie cinematográfica “Band of Brothers”,
no capitulo “Bastogne”, foi retratado a saga do socorrista Eugene Doc Roe. Profunda e
amarga. No filme “O resgate do soldado Ryan” ficou bem claro que a presença desses
homens junto as unidades de combate foi mais que necessária, foi essencial.
A FEB perdeu oito padioleiros durante a campanha na Itália.

Matéria do amigo enfermeiro socorrista  Rodrigo Ronzoni para o Resgate FEB
Fotos tiradas da internet

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