Uma vez elaboradas as leis de convocação teve início o recrutamento. Naqueles idos de 1940 havia uma carência muito grande de enfermeiras profissionais. O General Souza Ferreira disse que certo dia os americanos a ele se dirigiram perguntando:-¨ E as suas enfermeiras?¨o General respondeu:- ¨Não temos¨; os americanos se mostraram surpresos e disseram que nos teríamos que ter nossas próprias enfermeiras porque as deles estavam muito cansadas e alem de mais não falavam nossa língua. Face a essa situação é que foi criado o Corpo de Oficiais Enfermeiras do Exército.O quadro de Enfermeiras da Reserva do Exército foi criado pelo decreto - lei 6.097 de 13 de janeiro de 1943, assinado por Getúlio Vargas e Eurico Gaspar Dutra.(Ministro da Guerra)
Enfermeiras do General Hospital Headquarter Building - Nápoles.
Da esquerda para direita: Mair, Soares, Edith, Carlota, Roselys e Isabel.
Seguiu - se a esse decreto da criação a preparação dos cursos e a abertura do voluntariado.Por já haver no país uma grande falta enfermeiras chamadas profissionais, decidiram que aceitariam também as Samaritanas e as Voluntárias Socorristas. De posse do diploma de enfermagem a voluntária passaria a frequentar o curso do exército que era equivalente ao CPOR sendo feminino.Não foi só no Rio de Janeiro que foram ministrados cursos e assim formaram enfermeiras de quase todos os estados brasileiros.
Grupo de pracinhas do 45 th General Hospital de Nápoles e a enfermeira Elza Cansação.
O serviço de saúde da FAB(Senta Pua) embarcando para Itália.A frente a seis enfermeiras: Isaura, Maria Diva, Antônia, Ocimara, Judith e Regina.
Por ter saído do Brasil sem posto hierárquico regular passaram por inúmeras situações difíceis, alguns choques aconteceram com as enfermeiras americanas principalmente com chefes que as procuravam para dar ordens.Faziam parte de tropas diferentes e não eram subordinadas as americanas.Algumas enfermeiras tiveram dificuldades de não adaptarem ao serviço nas condições de vida em campanha e outras por terem tido problemas de saúde e não aguentando os rigores da vida em barracas sem conforto e tiveram que retornar ao Brasil, permanecendo apenas 54 em serviço nos quatro hospitais onde trabalhavam os brasileiros.Os hospitais de campanha não atendiam somente aos brasileiros e americanos ; o socorro era prestado a civis e prisioneiros.Também tiveram problemas com os uniformes; os primeiros deles foi ainda no Brasil. os uniformes que mandaram comfeccionar eram de tão má qualidade e malfeitos que não concebe que tivessem sido feitos para uma representação feminina junto a tropas estrangeiras.As primeiras fardas que receberam eram de brim chamado ¨Zé Carioca¨o mesmo usado para macacões dos mecânicos.O alfaiate escolhido é especialista em fardas para cozinheiros e e chofer de praça.Entrando na guerra muito depois das americanas as brasileiras se portaram a altura de suas colegas que lá estavam a dois anos.Inteligentes , adaptando rapidamente as exigências da técnica de enfermagem em plena campanha de guerra. A instabilidade oriunda da frente pelos exércitos em luta mostraram resistentes fisicamente diante das longas horas de trabalho muitas vezes dobrando os seus serviços no desconforto do meio que viviam.
¨Vivendo faz-se a história.E essas brasileiras gravaram para sempre com sua vida nos campos de guerra da Itália, belas paginas na história militar do nosso Brasil¨ Altamira Perreira Valadares(Enfermeira da FEB)
Caro Henrique e uma honra para mim te-lo como seguidor do Politica..., ainda mais depois de ler algumas das suas postagens. Eu tambem sou uma admiradora de nossas Forcas Armadas. Virei visita-lo sempre que possivel.Um abraco, Tereza
ResponderExcluirGracias por visitar mi blog, ya soy seguidor del tuyo.
ResponderExcluirwww.artbyarion.blogspot.com
Eu que agradeço, Henrique!
ResponderExcluirAchei interessante seu Blog e pude conhecer um pouco mais da nossa história.
E como as mulheres já eram guerreiras, né????
Abraços...
Oi. Eu que agradeço a sua visita e fico feliz em saber que vc e o Brasil estão conhecendo melhor e valorizando a história dos jovens que foram para Itália acreditando num mundo melhor e as mulheres brasileiras fizeram história com sua competência e fibra nos hospitais nos campos de batalhas. Futuramente divulgarei biografia de algumas de nossas enfermeiras.Obrigado Rosângela. valeu.....Henrique.
ResponderExcluirFico muito feliz de ler algo sobre as mulheres e o mais importante algo que eu tive a oportunidade de estudar a fundo Cap Reformada do Exército Brasileiro Altamira, por quem hoje me dou o luxo de chamá-la pelo primeiro nome tendo em vista ter feito meu trabalho de conclusão de curso de história sobre ela, tive a sorte de conhecer fatos de sua vida privada que não aparecem em nossos livros de história que se depender de mim, pretendo mudar. Obrigado por lembrá-las...
ResponderExcluirVilma Schimidt
Ola, obrigado pela visíta e saber que adimira a FEB e o trabalho tão importante e heróicos das enfermeiras.O blog O Resgate FEB está inteiramente a sua disposição para ajudar a divulgar e feitos da FEB.Eu que agradeço. abraço. Henrique Moura
ExcluirHavia enfermeiros também na segunda guerra mundial meu avô era um deles.
ResponderExcluirConheci uma senhora que afirmava ter sido enfermeira na 2ª Guerra Mundial. Seu nome era Alice. Faleceu aos 107 anos, no município de Serra - ES. Ela apresentava projéteis alojados em suas costas, que datariam da 2ª Guerra. Era uma senhora negra, muito lúcida, inteligente e bem relacionada na Grande Vitória.
ResponderExcluirSaberia me dizer se alguma das enfermeiras Febianas era de origem lituana? Procuro informações sobre minha avó que foi enfermeira na segunda guerra e tinha a família da Lituânia, morava em uma comunidade lituana no sul do Brasil em 1969. Se alguém puder ajudar ficarei muito agradecido.
ResponderExcluirAlguém tem algum arquivo falando um pouco de Maria de Castro Pamphiro, ela foi a que participou da organização da escola Alfredo de pinto como diretora. Se alguém tiver entre em contato comigo gessica.rosalem98@gmail.com ! É um seminário meu da faculdade e não tenho muitas referências.
ResponderExcluirPrezado Henrique, estou escrevendo a biografia do Ten. Av. Roberto Brandini, cuja familia é muito amiga da minha. Ela me repassou todo seu acervo contendo fotos, docs, espadas, medalhas, etc... como li seu artigo sobre as enfermeiras, que inclui as da FAB, fiquei muito interessados no livro Album biografico das FEBianas. Ele é muito raro, e assim nao encontro.... seria possivel vc fazer uma copia? se vc necessitar, eu tenho alguns livros da FEB bem raros como, e posso copiar para vc tambem como uma especie de troca! Podemos nos corresponder por e-mail. Aguardo seu retorno e agradeço o auxilio. Eu criei perfil da biografia no Face, e tambem podemos nos comunicar por ali: https://www.facebook.com/profile.php?id=100015439711789
ResponderExcluirO Brandini combateu no 1. Grupo de Caça na Italia, no Senta a Pua...
Excluirgotaria muito de ter esse livro "album biográfico das febianas" mesmo que em pdf para utiliza-lo em minha pesquisa.
ResponderExcluirInfelizmente não o temos em pdf ainda. Está nos projetos do Centro de Documentação
ExcluirServi o Exército no ano de 1984 e tive a felicidade de conhecer a Sra Carlota Melo, que serviu como Enfermeira na FEB. Depois disso me formei em enfermagem e não tive mais notícias dessa nobre Militar. Recebi com pesar a notícia que esta faleceu em maio deste ano aos 105 anos. Uma heroína a ser sempre lembrada.
ResponderExcluirHonra a quem Honra !!!!!, muito m orgulho por durante praticamente cuidar da Dona Maria Diva Campos ,ha uns 20 anos atrás, na Casa Gerontologia De Aeronautica Brigadeiro Eduardo Gomes ..no Galeão ,Ilha do Governador Rj.
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