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domingo, 29 de março de 2020

Chegada do Navio D.Pedro II ao Rio de Janeiro, trazendo uma parte dos pracinha

Chegada do Navio D.Pedro II ao Rio de Janeiro,  regressou trazendo parte do escalão B, comandado pelo Coronel João Machado Lopes.trazendo uma parte dos pracinha feridos em combate.Partiu de Napóles, em 26 de julho de 1945 e chegando ao Rio de Janeiro em 13 de agosto do mesmo ano.
O navio de passageiros D. Pedro II, do Lloyd Brasileiro,  fazia a linha da Europa, depois passou para a navegação da cabotagem. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, auxiliou no retorno para o Brasil de integrantes da FEB - Força Expedicionária Brasileira. 
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Fotos Arquivo Nacional
Pesquisa
Maux Hone Page
face: Imortais Combatentes da FEB
O Resgate FEB


domingo, 22 de março de 2020

Pin de plastico da mãe do expedicionário.

Rarissimo pin de plastico da  mãe do expedicionário, era entregue as mães dos pracinhas  que tinha seus filhos que serviam ao Brasil durante o periodo da Segunda Guerra Mundial na Itália.
Para comparar, o outro era de metal esmaltado.
Tinha também a bandeira da mãe do expedicionário feito de pano, era exposta em suas residencias.
(Acervo O Resgate FEB)
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quinta-feira, 19 de março de 2020

Expedicionário Edgard Vasques Rodrigues herói da FEB.

“Aqui estamos de cara com o inimigo que agora quer retomar o que perdeu, vamos sair daqui e procurar outro local mais protegido de onde poderemos observar sem ser alvo deles” e mal saíram dali, o local foi atingido por um morteiro. Esta foi a situação vivida pelo pracinha Edgard Vasques Rodrigues durante a tomada de Monte Castelo em 21 de fevereiro de 1945.
Filho do senhor Camilo Vasques Telles e da senhora Blandina Rodrigues Vasques, nascido no
bairro de Bonsucesso no Rio de Janeiro em 4 de dezembro de 1919, Edgard começou a 
trabalhar aos 16 anos já como funcionário público, exercendo a função de office boy no IAPM (Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Marítimos), hoje INSS. Estudou no Colégio Luso Carioca em Bonsucesso, (hoje SUAM) onde concluiu o curso de Perito Contador.
Fez o serviço militar na “linha de tiro” no Bonsucesso Futebol Clube e foi convocado após a sua baixa.
Especializou-se em observação, era portanto “soldado especializado” seguia na linha de frente 
para localizar o inimigo e passar a informação do alvo à artilharia.

Diante da sua convocação , ao mesmo tempo que uma tristeza pairava sobre a familia com o
medo natural que ele não voltasse , a sensação de orgulho também fazia parte dos mais próximos dele.
Seu pai, o Sr. Camilo, ainda tentou fazer de tudo para que ele não fosse, mas não conseguiu, então, 
Edgard foi incorporado ao Primeiro Regimento de Infantaria (1° RI) , cumpriu treinamento no maciço de Gericinó e embarcou no segundo escalão.
Foi incorporado ao Regimento Sampaio, 1ºR
Um dos dramas vividos por Edgard durante a campanha foi este: Num determinado dia de inverno quando nevava muito, estavam em uma “casamata” quando determinada hora da noite de acordo com o comando maior, toda a artilharia deveria atirar, parece que se tratava de “guerra psicológica” para não deixar o inimigo descansar, e um dos colegas dele cujo nome Edgard não lembra,  saiu da casamata para atirar com morteiro, esse procedimento normalmente é feito por dois homens, mas não se sabe por qual motivo, apenas o atirador saiu para o serviço.

Passados alguns  minutos ouviram uma explosão muito próximo, em seguida saíram da proteção e foram a procura do colega imaginando que ele teria sido atingido por fogo inimigo, mas não o encontraram; no dia seguinte voltaram a procurá-lo e só encontraram fragmentos de roupa e carne humana, deduziram então que como estava sozinho o soldado colocou um morteiro no armamento e o morteiro não disparou, com o barulho da artilharia ele não percebeu o ocorrido e ao colocar o segundo morteiro explodiram os dois.
Com referência à convivência com o povo italiano, havia uma preocupação , pois não sabiam
quem estava do lado dos aliados ou quem era fascista, então, quando havia necessidade de passar 
uma noite na casa de alguém, alguns soldados ficavam de vigia à noite “de olho” nos italianos e na potra...

Contava também que de forma geral os italianos gostavam muito dos “brasiliani”já que os
soldados tratavam com carinho o povo, dividiam comida, cigarros e tudo mais que podiam. Eram muito bem recebidos quando chegavam nas cidades, como Heróis que eram de fato, por ajudarem na libertação de seu país.
Ainda sobre suas recordações, Edgard contava também que os alemães preferiam se
entregar aos brasileiros do que aos americanos, diziam que os brasileiros eram mais corajosos e os tratavam com dignidade.

Coisas engraçadas também ocorriam como quando os americanos pegavam os jipes dos
brasileiros que os deixavam com as chaves na ignição; os comandantes brasileiros foram se queixar aos comandantes americanos e tiveram como resposta “isso aqui é uma guerra” ou traduzindo para o carioquês “ bobeou dançou”. Os brasileiros então passaram a fazer o mesmo, só que os americanos não precisavam deixar as chaves na ignição nem no carro, eles faziam a tal da “ligação direta” e depois de algum tempo passaram a ter mais jipes que os americanos que foram se queixar e ouviram dos brasileiros “guerra é guerra”...

Em junho de 1945 quando ele chegou, foi festa no bairro, no Colégio Luso Carioca com muito
orgulho do Mestre e posteriormente padrinho de casamento dele, Professor Augusto Mota (que deu nome a Sociedade Universitária Augusto Mota – SUAM) que o recebeu com uma recepção festiva. O pai dele e amigos do bairro resolveram fazer uma homenagem a todos os ex-pracinhas de Bonsucesso e se cotizaram para construir um monumento em bronze que foi instalado na Praça das Nações (principal praça do bairro de Bonsucesso) com o nome de cada um. Acreditamos que esteja lá ainda. Retornando à vida civil, reassumiu seu posto no IAPM e seguiu sua carreira lá até se aposentar.

Em 1946 casou -se com a senhora Anna Sampaio Pinheiro e dessa união, em 1947, nasceu
Paulo Roberto Pinheiro Vasques, filho único do casal que deu a Edgard 4 netos: Anna Paula, Douglas, Edgard e Elisabete e mais 3 bisnetas que infelizmente, ele não chegou a conhecer.
Em 1984 foi justamente elevado a 2o tenente e no mesmo ato (ver portaria em anexo) foi
promovido a 1o Tenente da Reserva não remunerada, contando desde dezembro de 1945, mais uma vez justiça feita. Nos anos 1970, o governo reconheceu seus heróis e passou a remunerar os ex combatentes.

Participou ativamente da ANVFEB na rua das Marrecas no Centro do Rio, foi Diretor Tesoureiro e ajudou a muitos colegas de toda parte do estado e fora dele a se legalizar como ex-combatente e receber a pensão que por direito tinham. Muitos nem sabiam que tinham esse direito, viviam na roça, no interior do estado, outros faziam outros trabalhos como de ascensoristas, faxineiros e outros ainda tinham uma vida miserável, a ANVFEB e seus dirigentes foram suas famílias de fato.
Tinha orgulho, e a família também, de ser quem era e de ter lutado pela liberdade do Brasil e
do mundo, desfilava no 7 de setembro na av. Pres. Vargas com seus colegas todo ano. Vindo morar em Petrópolis em 1975, passou a desfilar aqui na rua do Imperador e quando procurou os colegas da cidade soube que estavam filiados a Associação dos Ex-combatentes que congrega os que foram a guerra e os que ficaram no Brasil, como os da Marinha e muitos do Exército, e ainda tinham que enviar parte da receita dos associados para a sede da associação, ele então mostrou que a ANVFEB era a Associação que congregava apenas os verdadeiros ex-combatentes, os que estiveram em batalha na Itália, do exército e da aeronáutica e que em vez de enviar dinheiro para a associação, a associação colaborava enviando verba para eles, assim eles mudaram de associação e também se legalizaram para receber a pensão militar.

Apesar de ter direito, não recebia a pensão como militar da reserva porque já recebia do
governo como Servidor Público, não acumulava as duas porque não achava correto.
Faleceu em 26 de julho de 1991 (dia do aniversário da sua esposa e um dia após o aniversário
de casamento) em Petrópolis onde foi enterrado no mausoléu da FEB.
Uma das salas da ANVFEB no Rio de Janeiro tem seu nome.

Nossos agradecimentos em especial a Paulo Vasques, filho do nosso herói pela confiança em
nosso blog e por permitir o acesso ao albúm de família!
Uma pequena homenagem ao nosso heroi :
Senhor Edgard, onde quer que o senhor esteja, o senhor sabe que um heroi nunca morre,
portanto, sinta se homenageado, respeitado e imortalizado através desta humilde matéria. Obrigado por essa oportunidade



(clique nas fotos para ampliar)
Matéria enviada pelo colaborador do O Resgate FEB, Helio Guerrero.

domingo, 15 de março de 2020

Sargento Manuel Freitas Chagas

Os Estados amazônicos também choraram seus mortos, com exceção de Rondônia, Roraima e Amapá, ainda não criados e pertencentes ao Amazonas. Foram mortos quatro paraenses, um acreano e um amazonense, Chagas, o soldado que não voltou.
A tropa de amazonenses seguiu no último escalão e chegou a Nápoles no dia 21 de fevereiro de 1945, combatendo até 8 de maio e regressando ao Brasil em 20 de setembro.
herói Chagas - Manuel Freitas Chagas nasceu no dia 2 de outubro de 1920 e era filho de Francisco André Chagas e Raimunda Nascimento Chagas. Teve uma única irmã, Regina, mais nova que ele cinco anos. Ainda criança, Chagas e Regina ficaram órfãos. Ela foi trabalhar e morar na Santa Casa de Misericórdia e ele foi morar com parentes, na av. Joaquim Nabuco (Vila Pedrosa), nº 38.
Talvez por não ver perspectivas de melhora de vida em Manaus, Chagas resolveu, quando contava 17 anos, alistar-se como voluntário, num navio da Escola Militar que aportara em Manaus com aquela finalidade, indo servir no Rio de Janeiro, prometendo à irmã levá-la junto, assim que tivesse condições, porém, isso nunca aconteceu. Quando estava para dar baixa do Exército, quebrou uma arma e foi obrigado a permanecer mais tempo servindo. No ano seguinte, 1939, teve início a Segunda Guerra Mundial e, é muito provável que ele não tenha mais podido dar baixa, permanecendo na ativa até a entrada do Brasil na guerra, em 1944. Quando os demais amazonenses rumaram para a Itália, Chagas já estava lá, pois havia embarcado no dia 2 de novembro de 1944, no segundo escalão da 
FEB.
Da classe de 1920, Id. IG-305272, Chagas serviu no 1º Regimento de Infantaria. Em sua biografia, constata-se,
sua bravura e ousadia.
" Ex cabo de Infantaria, Manuel Chagas em combate no dia 23 de fevereiro de 1945, nas vizinhanças de La Serra, Itália. O cabo Manuel Chagas mostrou frieza e coragem debaixo de fogo inimigo no cumprimento do dever. Avançando sobre terreno montanhoso, chegou à observação de um ninho inimigo deposição vantajosa.
Organizou uma emboscada, conseguiu assaltar o mesmo, logo depois, dois alemães caíram na sua emboscada, os quais foram rapidamente presos.
O cabo Manoel Chagas rechaçou todas as investidas e tentativas de socorro e retirando-se debaixo de pesado fogo de
fuzis e armas automáticas, trouxe os prisioneiros às linhas amigas.
Com o resultado deste feito de bravura, foram obtidas muitas informações sobre posições inimigas".
Apesar de terem convivido pouco tempo juntos, as cartas de Chagas, da Itália, à irmã, em Manaus, são melancólicas e tristes. As palavras demonstram uma quase incerteza de retorno com vida, embora não quisesse demonstrar isso, tentando apegar-se à irmã como único ponto de segurança. Os lamentos de solidão são constantes.
Ao de bravura - Na manhã de 13 de abril de 1945, em Castel D'Aiano, o então sargento Chagas saiu junto com uma patrulha de reconhecimento rumo ao Monte D'Aiano. Afoito, afastou-se do resto da patrulha e descobriu um ninho de metralhadoras nazistas. Imediatamente voltou ao grupo, informando do acontecimento ao comandante.
Sem demora, a patrulha partiu na direção do ninho de metralhadoras e pegou de assalto um grupo de soldados alemães. Mais uma vitória de Chagas.
A morte - No dia seguinte, ainda com a mesma patrulha de reconhecimento, Chagas avistou uma casa abandonada
e não titubeou em aproximar-se. Desavisados, dois alemães saíram da casa e foram metralhados por ele. Foi então que o
destino se fechou para o amazonense. Empolgado com a sua sorte, penetrou na casa. Três alemães estavam lá dentro e fuzilaram-no com suas metralhadoras. Ali mesmo Chagas tombou morto. Quando o resto da patrulha chegou ao local, era tarde demais. Monte D'Aiano cairia, em seguida, em mãos brasileiras com a rendição dos soldados alemães.
Chagas foi sepultado no Cemitério Militar Brasileiro de Pistoia, na quadra D, fileira 1, sepultura nº 8, marca: lenho provisório, de onde sairia, dez anos depois, rumo ao Rio de Janeiro, para ser enterrado no Monumento aos Pracinhas, junto com os demais combatentes mortos.
Em Manaus, Regina receberia a notícia da morte do irmão através de um vizinho que ouvira no rádio o nome dele incluído na lista dos mortos. Dias depois, receberia o comunicado oficial através de um emissário do Ministério da Guerra.
Hoje, Regina está com 73 anos e, plenamente lúcida, ainda lembra de fatos de sua infância órfã, do irmão indo embora, de suas notícias do Rio de Janeiro e depois da Itália, guardando com carinho todas as cartas recebidas dele, seus diplomas e medalhas de guerra e, emocionada, diz não saber se valeu a pena ele ter ido lutar e morrer pelo país. O único busto do herói que existia em uma das praças de Manaus foi destruído e sumiu, e nenhuma rua leva o seu nome.
Condecorações recebidas:
Em reconhecimento aos seus serviços, o chefe do Governo brasileiro, o então presidente Getúlio Vargas, o promoveu post mortem à graduação de 3º sargento.
Condecorado pelo 5º Exército Norte Americano, ao qual a FEB estava subordinada, com a Medalha de Bronze. Uma comissão militar americana veio até Manaus, para entregar a medalha.
Condecorado com diploma e medalha Cruz de Combate de 1ª Classe da FEB, descrevendo seu ato heroico. Entregue em 1º de fevereiro de 1946, quase um ano após sua morte.
Condecorado com diploma e Medalha de Campanha da FEB, entregue na data acima. Reconhecia Chagas como integrante e participante das ações da FEB.
Condecorado com medalha Sangue do Brasil, entregue em seguida a sua morte. Os soldados feridos ou mortos em combate recebiam essa medalha.
Matéria: blog do Coronel Roberto

domingo, 8 de março de 2020

Chaveiro souvenir da FEB

Chaveiro da década de 60, lembrança do Monumento Nacional aos Mortos na Segunda Guerra Mundial no Rio de Janeiro.
(acervo O Resgate FEB)
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domingo, 1 de março de 2020

Pracinha Benedito Moreira de Natividade da Serra- SP


Benedito Moreira ( * 01/08/1920 | + 07/01/2001 ) foi um pracinha da FEB (Força Expedicionária Brasileira) que lutou e combateu durante a Segunda Guerra Mundial no teatro de operações na Itália.  Natural de Natividade da Serra, Benedito Moreira nasceu no dia 01 de agosto de 1920 no bairro Sete Pinheiros. Era filho do casal Luiz Moreira e Cândida Portes. Foi para o Exército no ano de 1939 quando tinha ainda 18 anos e quando atravessou os portões do 6º RI – Regimento de Infantaria (Regimento Ipiranga) de Caçapava-SP, executou os primeiros movimentos de ordem unida, deu os primeiros tiros e recebeu a boina. Não passava pela cabeça desse jovem nativense, tranquilo e trabalhador que cerca de 4 anos mais tarde estaria sendo convocado para os campos da Segunda Guerra Mundial na Itália. Muitos soldados passavam anos desejando internamente que um conflito acontecesse para que eles pudessem aplicar o que aprenderam na teoria e nos exercícios simulados. Mas, a guerra é caprichosa e não acontece para qualquer um. Para Benedido Moreira ela resolveu acontecer e mesmo se houvesse uma tentativa de fugir, não teria mais jeito. Na época, havia muitos setores da nossa sociedade que acreditavam que as tropas não embarcariam. Apesar da euforia vivida, alguns jornais, políticos e até chefes militares acreditavam que toda a campanha cívica pela entrada na guerra não passava de uma jogada política de Vargas. Muitos diziam que era mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil enviar tropas para a guerra. Para surpresa dos cépticos a cobra fumou. No seu último ano no Exército, Benedido Moreira foi integrado ao primeiro escalão da FEB e  juntamente com aproximadamente outros 5 mil homens sob o comando do general de divisão Mascarenhas de Morais passou por um intenso treinamento dado as tropas que deveriam compor a força expedicionária e embarcou no navio americano General Mann com destino ao porto de Nápoles no sul da Itália no dia 02 de julho de 1944. Tudo foi mantido no mais absoluto sigilo, pois se temia que submarinos alemães pudessem interceptar as comunicações e torpedear o navio. No dia 16 de julho de 1944, Benedido Moreira e toda a tripulação chegam em segurança no porto de Nápoles. Dentre tantos problemas, fatos tristes e horríveis que marcaram sua experiência de combatente, Benedito Moreira recordava a morte de um amigo que estava ao seu lado quando foi atingido por uma granada na cabeça, tirando-lhe a vida, e ele, impedido de se mover pra não atrair a atenção dos alemães, viu o amigo morrer em seus braços, cena essa que ficou pra sempre gravada em sua memória. Benedito Moreira mostrou sua bravura e tenacidade, nivelando-se aos mais corajosos e experientes soldados americanos. Não obstante as chuvas que não paravam de cair e o inverno rigoroso que enfrentavam, Benedito Moreira juntamente com todo efetivo avançaram em direção ao alvo proposto, participando da conquista pequenos pontos até a grande conquista do Monte Castelo e Castelnuovo, a noroeste do Monte Castelo. No dia 3 de maio de 1945, as forças do Eixo na Itália renderam-se ao comando aliado. O General Mascarenhas de Morais dirige aos combatentes brasileiros a seguinte Ordem do Dia: "A ordem de cessar fogo acaba de ser dada a todas as tropas que combatem na Itália. Glória a Deus nas alturas e paz entre os homens de boa vontade na Terra". Assim findava a participação de Benedito Moreira no maior conflito da humanidade. Após os desfechos da guerra em 8 de maio de 1945, o mundo respirou aliviado e esse jovem nativense, carregando consigo as marcas indeléveis da guerra, trouxe no peito o orgulho de um dever cumprido e a liberdade conquistada. Natividade da Serra e sua família estavam esperando por seu herói de braços abertos quando na manhã de 18 de julho de 1945 ele desembarcou no Rio de Janeiro.

Durante a sua vida viveu sempre em Natividade da Serra onde foi trabalhador braçal, faxineiro dos Correios e Carteiro.
Casou-se com 31 anos de idade, no dia 21 de janeiro de 1951 com Vicentina de Oliveira Santos com quem teve 11 filhos: Sebastião dos Santos, Maria de Oliveira Paulino, Ana de Oliveira Moreira Rezende, Isabel Moreira Lima, Tereza Aparecida Moreira Conceição, Antonia Goretti Moreira Rabelo da Silva, Vicente de Paulo Moreira, José Benedito Moreira, Terezinha de Fátima Moreira, Franciso Daniel Moreira e Joaquim Rafael Moreira.
Sua esposa o definia como um homem leal consigo mesmo e com os outros. Seus filhos o definiam como um ótimo pai.
O ex-combatente da FEB, Benedito Moreira, veio a falecer com 81 anos, no dia 07 de janeiro de 2001. Foi sepuldado no Cemitério Municipal de Natividade da Serra, levando sobre o caixão a bandeira nacional brasileira e a boina usada por ele durante a guerra. Uma chuva fina veio pra despedir e render honras a um homem franzino, humilde mas que lutou com bravura em defesa da liberdade.
Informações prestadas pelo seu filho José Benedito Moreira que lembra intensamente das palavras de seu pai quando pronunciava sua frase predileta: “A paciência é o caminho do céu”.
Soldado Benedito Moreira
Ex-combatente da 2ª Guerra Mundial
6º RI - Regimento de Infantaria - Regimento Ipiranga
Caçapava-SP
Natural de Natividade da Serra - SP
UNIDADE:
6º Regimento de Infantaria
POSTO OU GRADUAÇÃO:
Soldado
CONDECORAÇÕES:
Medalhas de Campanha



Biografia escrita pela professora e pesquisadora Leninha Ribeiro

Blog, Resgatando a História de Natividade da Serra- SP.