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quarta-feira, 11 de junho de 2014

Soldado Alberto Rossi – 6º RI - Força Expedicionária Brasileira

Alberto Rossi integrava um pelotão de petrechos de uma das companhias do 6º Regimento de Infantaria comandada pelo Capitão João Augusto dos Reis. Bom soldado, excelente conduta, Rossi era muito querido por seus companheiros. Em 14 de abril de 1945 durante o ataque a cidade de Montese, Rossi teve oportunidade de demonstrar seu espírito de luta e bravura naquela que seria uma das mais importantes batalhas da FEB na campanha da Itália. Durante a progressão da tropa brasileira pelas ruas da cidade os soldados brasileiros enfrentaram pesado fogo de artilharia dos alemães. Já próximo a semi-destruída igreja da cidade, um dos companheiros de pelotão de Rossi pisou numa mina deixada pelos alemães e foi pelos ares perdendo as duas pernas. O terreno era um verdadeiro inferno. Havia minas espalhadas por todos os lados. Logo a seguir outro soldado ficava sem uma das pernas, também vitimado por mina. Rossi correu para socorrer os dois dando-lhes água e analgésicos. Era o que poderia fazer. Após socorrer os companheiros e ao voltar para guarnecer seu morteiro uma violenta explosão o lança pelos ares. Também ele pisara em uma mina. Seu rosto estava coberto de sangue e sentia que tinha perdido seu olho esquerdo. Sua perna esquerda também estava em frangalhos. Dois companheiros tentavam socorrê-lo improvisando um cobertor como maca quando um deles também pisou numa mina e ficou sem uma das pernas. Rossi permaneceu em um hospital de Pistóia até 27 de abril com os olhos vendados e o rosto cheio de ataduras. Foi depois transferido para Livorno. Quando as ataduras do seu rosto foram retiradas ele teve a desagradável surpresa de saber que ficara cego. Foi então transferido para Nápoles e de lá para os Estados Unidos para continuar com seu tratamento. Lá passou por vários hospitais até retornar para o Brasil cego e mutilado. Outros companheiros seus de pelotão também ficaram mutilados em virtude de explosão de minas – José Antônio Lourenço, João Zangirolamo e Mauro da Cunha Canto. No Brasil, foram essas as palavras do bravo pracinha brasileiro ao falar a um jornal – “Minha perna ficou em Montese. Meus olhos idem. Mas não me arrependo, eu servi a minha pátria e paguei meu tributo de sangue”.

 Fonte: Portal Feb/Série Heróis Esquecidos
( Marcus Vinicius de Lima Arantes)

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