O 2º tenente Marcos Eduardo Coelho de Magalhães,
22, havia sido atingido 15 vezes antes de cumprir sua missão de número 85, no dia 22 de abril de 1945. Nessa data, ao invés de atender de imediato o chamado do líder para se reunir, decidiu fazer mais um passe sobre um caminhão e identificou dois tanques escondidos num bosque próximo. Mal picou o avião contra o primeiro alvo, foi recebido por uma forte barragem de antiaérea de 20 mm. O avião tornou-se uma bola de fogo.
“Saltei de paraquedas para não virar churrasco em meu P-47, meu corajoso D-6. Este ficou envolto em chamas, e tive de abandoná-lo sem ter tempo de avisar o comandante da esquadrilha Verde”, conta no livro “Senta a Pua!”.
Enquanto pairava no ar, Coelho ouviu rajadas de metralhadora e descobriu que era alvo de dois oficiais fascistas. Com o paraquedas atingido, ganhou velocidade e atingiu em cheio o telhado de uma casa, quebrando as duas pernas. Por sorte, foi salvo por um cabo alemão, que impediu sua execução sumária.
Levado até um hospital nazista em Reggio Emília, foi operado pelo 1º tenente médico Lubben. Detalhe: sem anestesia, que estava em falta.
Da janela do quarto do hospital, passou a acompanhar as investidas dos P-47 que cortavam os céus da Itália na ofensiva de primavera.
No dia 26 de abril de 1946, às 9h, o médico alemão procurou o brasileiro para despedir-se. “Tenente Coelho, vou abandonar o hospital. De agora em diante é o comandante. Tome minha pistola. Ela representa o símbolo da força que o senhor terá para proteger os homens que vou ser obrigado a deixar. São 12 feridos graves. Para cuidar deles, deixo também três bravos enfermeiros, que se ofereceram para essa missão”, disse a ele em francês, antes de partir.
Na madrugada seguinte, os aliados assumiram o hospital. Antes disso, Coelho impediu que os feridos alemães fossem executados por integrantes da resistência italiana. Dos 12 feridos, quatro não resistiram à noite e morreram. Em 3 de maio, comemorou o final da guerra na Itália com os amigos brasileiros.
22, havia sido atingido 15 vezes antes de cumprir sua missão de número 85, no dia 22 de abril de 1945. Nessa data, ao invés de atender de imediato o chamado do líder para se reunir, decidiu fazer mais um passe sobre um caminhão e identificou dois tanques escondidos num bosque próximo. Mal picou o avião contra o primeiro alvo, foi recebido por uma forte barragem de antiaérea de 20 mm. O avião tornou-se uma bola de fogo.
“Saltei de paraquedas para não virar churrasco em meu P-47, meu corajoso D-6. Este ficou envolto em chamas, e tive de abandoná-lo sem ter tempo de avisar o comandante da esquadrilha Verde”, conta no livro “Senta a Pua!”.
Enquanto pairava no ar, Coelho ouviu rajadas de metralhadora e descobriu que era alvo de dois oficiais fascistas. Com o paraquedas atingido, ganhou velocidade e atingiu em cheio o telhado de uma casa, quebrando as duas pernas. Por sorte, foi salvo por um cabo alemão, que impediu sua execução sumária.
Levado até um hospital nazista em Reggio Emília, foi operado pelo 1º tenente médico Lubben. Detalhe: sem anestesia, que estava em falta.
Da janela do quarto do hospital, passou a acompanhar as investidas dos P-47 que cortavam os céus da Itália na ofensiva de primavera.
No dia 26 de abril de 1946, às 9h, o médico alemão procurou o brasileiro para despedir-se. “Tenente Coelho, vou abandonar o hospital. De agora em diante é o comandante. Tome minha pistola. Ela representa o símbolo da força que o senhor terá para proteger os homens que vou ser obrigado a deixar. São 12 feridos graves. Para cuidar deles, deixo também três bravos enfermeiros, que se ofereceram para essa missão”, disse a ele em francês, antes de partir.
Na madrugada seguinte, os aliados assumiram o hospital. Antes disso, Coelho impediu que os feridos alemães fossem executados por integrantes da resistência italiana. Dos 12 feridos, quatro não resistiram à noite e morreram. Em 3 de maio, comemorou o final da guerra na Itália com os amigos brasileiros.
Pesquisa : blog da FAB.
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