Em meados de 1960 aconteceu um fato que não temos muito conhecimento referente os restos mortais de nossos heróis da Força Expedicionária Brasileira, tombados nos campos de batalha da Itália na Segunda Guerra Mundial. Na verdade é normal o fato não ter conhecimento já que nossos pracinhas até hoje, quase 70 anos do final da guerra, nossos pracinhas não tem o reconhecimento histórico pelos seus feitos.
Avião ao qual o General Cordeiro de Farias viajava apos o acidente. |
Esse caso aconteceu como já disse em meados de 1960 quando uma comissão liderada pelo General Cordeiro de Farias para repatriar os restos mortais de nossos pracinhas então enterrados no cemitério de Pistóia – Itália. Na viagem para o Brasil seria feito uma escala em Lisboa-Portugal, mas um grave acidente com um dos três aviões fez com que a comissão tivesse um atraso. Esse acidente foi justamente no avião onde estava o viajando o General Cordeiro de Farias.Segundo relatos do General o piloto errou ao pousar, o avião derrapou pela pista rodando pela pista, perdeu uma asa e incendiou, o General estava na avião com mais dois soldados, ele se lembra de ter muita fumaça no interior da aeronave e algumas explosões em seu interior e do lado de fora também, relata o General que em instinto de se salvar, viu uma clareira na parte de traz do avião, para chegar a única alternativa era passar por cima das urnas onde estavam os restos mortais dos pracinhas, ele o fez rastejando até chegar ao outro lado e saindo da aeronave, conta também no relato que não lembra de como desceu das e nem onde estava os amigos que o acompanhavam. Quando chegou fora o General viu seu amigo Edmundo da Costa Neves que já tinha saído, já o outro pracinha já estava no hospital.O General teve que entrar em contato com o governo brasileiro para pedir um novo avião para terminar a viagem e seguir com os corpos para o Brasil onde foi feita solenidade no dia 22 de dezembro de 1960.
Essa uma história muito interessante que mostra que mesmo depois da guerra os pracinhas ainda tiveram dificuldade para voltar para casa.
Fonte:
Meio Século de Combate – Diálogo com Cordeiro de Farias – Aspásia Camargo / Walder de Góes
Trinta Anos Depois da Volta – Octávio Costa
Matéria do blog Ecos da Segunda Guerra
Meio Século de Combate – Diálogo com Cordeiro de Farias – Aspásia Camargo / Walder de Góes
Trinta Anos Depois da Volta – Octávio Costa
Matéria do blog Ecos da Segunda Guerra
O Blog O RESGATE DA FEB é excelente para pesquisa. Sempre que preciso de informações encontro resposta.
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho sério e eficiente.
Obrigado. Isalete vinda de uma filha de expedicionário e escritora fico super motivado e grato pelo elogio .O blog e nosso e esta a disposição de todos que queiram divulgar a FEB. Obrigado pela visita mais uma vez e seu reconhecimento e um grande incentivo.Obrigado mesmo
ResponderExcluirHenrique
Henrique, Obrigado por compartilhar mais esse episódio da nossa história.
ResponderExcluirBoa tos dizem que a maioria foi destruida e outras foram colocadas em seus lugares , mas o ais verto é que algumas realmente sofreram avarias, mas nada de mais sério que não pudessem ser recuperadas para seguirem viagem
ResponderExcluirAté hoje ainda existe um corpo sepultado no Monumento Votivo na Itália como o soldado desconhecido. Trata-se de um corpo encontrado em Montese no dia 8 de junho de 1967. Há suspeitas que seja do Cabo Fredolino Chimango do 11º RI
ResponderExcluirOlá Henrique!
ResponderExcluirO outro pracinha que estava na aeronave era o Vet. Rubens Leite de Andrade, natural de Campos-RJ, mutilado de guerra. Esse relatou-me o seu desespero para sair do avião em chamas. Mas como ele disse, sempre se considerou um protegido por Deus. Na primeira vez, na guerra, poderia ter perdido as duas pernas; perdeu um só. Dessa vez, sofreu apenas alguns arranhões e queimadura nas mãos.
A história estará na 2ª edição de "Longa Jornada".
Obrigado Sírio pelas preciosas informações sobre este episodio e enriquecendo esta matéria.Com certeza quero ler o livro a Longa Jornada.Agradeço pela visita e atenção e volte sempre.abraço
ResponderExcluirHenrique
Uma correção - que sei não houve erro de pilotagem - favor conferir
ResponderExcluirSó faltou colocar que eu escrevi no Ecos da Segunda guerra... kkkkkkk
ResponderExcluirFiquei surpreso em relatos de erro de pilotagem , nossos pilotos são sempre bem treinados e responsáveis! Agora estão ocorrendo muitos acidentes aéreos na linha civil, mas no passado isso era raro!
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