Todo o material motomecanizado da FEB foi entregue pelo Exército americano já em solo italiano. Algumas das  viaturas recebidas eram “veteranas de guerra”, pois haviam sido  utilizadas nas campanhas da Sicília e Norte da África. Um dos principais  motivos para a FEB receber algumas viaturas já utilizadas, era a  necessidade de remanejamento de material para a operação Overlord no  Norte da França (Dia D)
As viaturas recebidas eram de número  inferior às necessidades de nossa tropa, e nossos motoristas, após um  breve treinamento de direção já em solo italiano, cuidavam delas com  muito carinho, como se fossem verdadeiras “damas”. Prova disso, é que  todas possuíam nomes pintados em sua lataria, alguns fazendo referência  às “pessoas amadas” que ficaram no Brasil. Podemos citar, como exemplo, o  Jeep FEB 330 que recebeu o nome DELOURDES e o Jeep FEB 310 com nome de  MACACA. Até o Jeep do Gen Mascarenhas atendia pelo nome de LILIANA,  homenagem do Cmt da FEB à sua filha. (Este Jeep foi recuperado e está em  exposição no Monumento aos Mortos na 2ª GM – RJ).
Uma  curiosidade eram as chaves de ignição das viaturas, solidárias aos  painéis para evitar o risco de perdê-las. Outra curiosidade importante,  era que nossas viaturas não possuíam uma numeração catalogada pelo  Exército Brasileiro (conhecida por nós pelo “EB” da Viatura) e sim  catalogada pelo Exército Americano, o que de certa maneira, dificultava  um pouco o controle do material por parte dos escalões responsáveis da  FEB. Por outro lado, facilitava em muito o lado dos pracinhas  brasileiros, que conseguiam repor rapidamente as viaturas perdidas em  combate. Os americanos, em algumas missões, deixavam suas viaturas  encostadas, camufladas e sem ninguém para tomar conta delas; bastava  passar por aquele local uma patrulha brasileira que, ao observar a  viatura americana sem sentinela para vigiá-la, a “pegava emprestada”, já  que a chave de ignição estava no painel. Ao chegar nos acampamentos  brasileiros, a estrela e as inscrições do Exército Americano eram  lixadas e pintado, em seu lugar, o nosso Cruzeiro do Sul, o nome FEB e  um número qualquer, além, é claro, de um nome brasileiro pelo qual  aquela viatura passava a ser conhecida. Quando a patrulha americana  voltava, ficava surpresa e sem saber o que aconteceu com sua viatura,  retornando aos seus acampamentos à pé.



Muito interessante, o brasileiro sempre dando o seu típico "jeitinho" ...
ResponderExcluirAbraço!
eh realmente uma historia de heroismo tenho varias coisas da feb meu avo foi capelao e tenho varias fotos e arquivos temos que tirar o chapeu e mostrar o exemplo abraços
ResponderExcluirObrigado pela visita Eduardo, temos o dever de mostrar os feitos heroícos dos pracinhas e que os brasileiros conheçam a históría e perpêrtuam sua memoria. O blog está sua disposição fica a vontade. Obrigado e um grande abraço. Henrique
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