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terça-feira, 28 de junho de 2022

Pin de lapela da Medalha de Serviços de Guerra da Marinha.

 Miniatura da barreta da Medalha de Serviços de Guerra da Marinha com uma (1) estrela, Segunda Guerra Mundial, instituída pelo decreto lei nº 6095, de 13 de dezembro 1943; Em metal esmaltado.

(acervo O Resgate FEB)




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terça-feira, 21 de junho de 2022

Jacob Gorender, jornalista e historiador, lutou na Itália

Meu pai era um homem muito pobre e minha mãe também. Eles se uniram já um tanto idosos, com 33 anos e tiveram cinco filhos. Hoje são vivos eu e um segundo. Os outros três faleceram... Meu pai era um homem muito pobre e, apesar de judeu, não sabia fazer dinheiro. Eu passei uma situação muito difícil na infância e na adolescência. Foi difícil estudar. Eu não tinha roupa para frequentar o ginásio. Usava um tênis de última qualidade, furado às vezes. Eu botava um papelão em cima do buraco para poder andar. Comecei a me estabilizar quando me tornei jornalista e passei a ganhar algum dinheiro. Com isso a minha situação começou a ficar estável, pois eu já não dependia da família. Eu devia ter então uns 17 anos. Eu estava no ginásio da Bahia, depois eu sai e fui aluno da Faculdade de Direito até o quarto ano. Aí eu fui para a FEB, fui soldado da FEB e a minha vida deslanchou.
Eu me incorporei em Salvador como voluntário. É preciso compreender o contexto daquela época. Os submarinos alemães torpedearam navios mercantes brasileiros e centenas de brasileiros morreram nesses naufrágios. Isso gerou uma indignação muito grande e eu participei das manifestações em Salvador, onde eu residia. Manifestações contra o Eixo e pela declaração de guerra, o que acabou ocorrendo. Getúlio Vargas, presidente do Brasil, acabou declarando guerra. Aí abriu-se o voluntariado em vários lugares do Brasil. O que ocorreu, um episódio curioso, o general que comandava a região de Salvador – eu me lembro o nome dele: general Demerval Peixoto – fez o seguinte desafio: "Os estudantes que pediam guerra, declaração de guerra tem agora a oportunidade de se apresentar como voluntários". Eu considerei isso como um desafio pessoal e resolvi me apresentar. Fui ao quartel-general e me apresentei e acabei aceito. Já em Salvador fui incorporado e fui transferido para São Paulo, onde fiz algum treinamento. Depois fui transferido para a Itália.
Na época, eu já era do Partido Comunista. Ele estava meio desagregado naquela época por causa da repressão. Militei com Mário Alves – ele não foi incorporado porque não tinha condições físicas (Alves foi um importante dirigente do PCB e acabou assassinado durante o regime militar). O fato de eu ser comunista – o prestígio da União Soviética, que estava em guerra contra os nazistas – pesou na minha resolução. Quando chegamos à Itália já havia brasileiros em combate. Eu era da companhia de transmissões do 1º Regimento de Infantaria. Nosso comandante era o coronel Caiado de Castro, mais tarde chefe do gabinete militar de Getúlio Vargas. Eu era um simples soldado. Não fui mais do que isso. Era do pelotão de transmissões. Particularmente a minha tarefa e a da equipe a qual eu pertenci era de zelar pelos fios de transmissão, que, como o front estava estabilizado, eram rompidos por granadas. Às vezes éramos obrigados a sair da cama, nós estávamos na casa da camponeses italianos, para consertar o fio. Isso era uma tarefa penosa e perigosa, pois ficávamos expostos à agressividade da artilharia nazista.
O fato de ser judeu não tinha para mim nada de especial. Eu convivi como soldado igual aos outros. Não teve influência nem positiva nem negativa. Mas eu tinha uma noção de que se eu caísse nas mãos dos nazistas, eles facilmente saberiam que eu era judeu, circunciso, e eu estaria perdido. Não tinha jeito.
Morreu após um mês de internação na UTI do Hospital São Camilo, de infecção, em 11 de junho de 2013
Matéria:
Edison Veiga e Marcelo Godoy,
26 Agosto 2012.
O Estadão

segunda-feira, 13 de junho de 2022

Porta curativo individual Brasileiro.

Porta curativo individual brasileiro padrão NA onde era fixado ao cinto de combate, tivemos varios fornecedores.

Alça brasileira pressa ao cinto, para pendurar equipamentos como o cantil e etc.

A alça fez parte dos equipamentos dos uniformes da FEB antes do embarque para a Itália. 

( acervo O Resgate FEB)






Desfile dos pracinhas no Rio de Janeiro em maio de 1944.

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segunda-feira, 6 de junho de 2022

Diário da Segunda Guerra Mundial por Euphosino de Almeida - F.E.B

“Saudades dos bambinos , quer dizer das crianças da Itália.”
Lembranças e recordações das montanhas da Itália, dos Bosques e das florestas.
Recordações das cidades da Itália.
Nós, soldados brasileiros, quando participamos da II Grande Guerra Mundial, passamos pelas seguintes cidades:  Nápoles, e Pompéia, que naquela época tinham 5.500 anos, passamos também em Monte Casino, Roma, Livorno, Pizza, Lucca e Pistóia, cidade onde fica o cemitério em que foram enterrados os soldados brasileiros mortos em combate. Passamos também por Florença, Estáfules, Galeno,Torino, Gênova, Milão, Laspezia, cidade de Pádua, Bolonha e Veneza, cidade quetem uma parte dentro d’água.
Nós, os soldados brasileiros , quando não estávamos no ”front”,tivemos o grande prazer com muito orgulho e respeito, em repartirmos a nossa refeição, o nosso almoço com as crianças da Itália.
Na hora que nós íamos almoçar apareciam cerca de 100 a 150 crianças pedindo comida, eles diziam:
“Brasiliano, da mandiare pra bambino, cigarete pra papa e caramelo pra mama.”
Nós, soldados brasileiros tivemos o grande prazer de partir. Eles almoçavam conosco, depois enchíamos um caldeirão de comida que eles levavam para o papai e a mamãe.
Nós, soldados brasileiros, no Vaticano em Roma, fomos homenageados e abençoados pelo Papa.
O Papa falou assim:
“Onde tem soldado brasileiro, as crianças não passam fome.”
Eu já tinha dito anteriormente da cidade de Pompéia:  Pompéia antiga foi destruída pelo vulcão Vesúvio . A cidade de Pompéia fica retirada 45km de Nápoles. O povo de Pompéia antiga era um povo muito perverso. Existe a Pompéia antiga e a Pompéia nova que está habitada.
Esta é a história de um soldado brasileiro na II Grande Guerra. A guerra não é vantagem nenhuma. É o maior sofrimento, o maior sacrifício para o homem, para todos os seres humanos e viventes.
Euphosino de Almeida.
II Tenente da Força Expedicionária Brasileira
Créditos ao neto Samora Machel Messias Almeida
Portal FEB