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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Moedas alemãs cunhadas durante o regime nazista


Lembranças de um pracinha, era normal trazer como souvenir para casa.

(acervo O Resgate FEB)
(clique na foto para ampliar)

A moeda nazista oficial era o Reichsmark
A antiga moeda alemã, o Papiermark, se encontrava absolutamente desvalorizada após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). A região passava por um período de hiperinflação. Por isso, o Reichsmark é introduzido em 1924 como uma tentativa de estabilização da moeda.
A famosa moeda nazista começa a ser produzida a partir de 30 de agosto de 1924.
A Alemanha sofre uma falta de certos metais assim que a guerra começa. Na emergência, são emitidas diversas moedas em zinco (1, 2, 5 e 10 pfennigs) e em alumínio (50 pfennigs).
Havia diversas casas de cunhagem espalhadas pela Alemanha. É possível identificar o local de cunhagem de cada peça, pois elas trazem um símbolo próprio.
A - Berlim – Capital da Alemanha
B - Viena – Capital da Áustria


D - Munique – Capital da região da Bavária
E - Dresden
F - Stuttgart – Capital da região de Wüttenberg
G - Karlsruhe – Capital da região de Baden
J - Hamburgo

ADVERTÊNCIAEsse blog pode conter a suástica em algumas peças aqui mostradas, no entanto, são itens de coleção genuínas e são expostas como artefatos históricos - NÃO SE TRATANDO DE APOLOGIA AO NAZISMO OU À IDEOLOGIA DO III REICH.


domingo, 19 de agosto de 2018

Expedicionário Sérgio Bernardino

O Humilde Herói de Montese


Filho único, Sérgio Bernardino morava com a mãe viúva num modesto bangalô perto da Santa Casa na rua que hoje leva o seu nome. Alfabetizado e sem nenhum preparo militar, ele foi inscrito na FEB sob número 
1G-307.210.
Integrante do 6º Regimento de Infantaria Expedicionária, ele avançou pelas colinas da região de Montese, vizinhas das províncias de Modena e Bolonha, área cheia de rios com rica vegetação, bosques e castanhais antigos que rodeiam os povoados medievais.
A meta da missão era desalojar os alemães escondidos em casamatas e trincheiras. Sérgio Bernardino, entretanto, foi atingido mortalmente pela artilharia inimiga no cair da tarde, quando os nazistas desencadearam um forte bombardeiro de artilharia com cerca de 2.800 tiros.
O militar avareense tombou durante a primeira grande vitória obtida exclusivamente pelos brasileiros na Itália, porém a mais sangrenta: a conquista de Montese. Essa batalha marcou o início da chamada “Ofensiva da Primavera” que contribuiu para o completo desmantelamento do dispositivo alemão e o fim da 2ª Guerra menos de um mês mais tarde.
Agraciado postumamente com as Medalhas de Campanha, Sangue do Brasil e Cruz de Combate de 2ª Classe, Sérgio Bernardino teve o seu corpo sepultado no Cemitério de Pistoia, na Itália, junto de outros soldados brasileiros.
Em 1960, os despojos do expedicionário avareense foram trasladados para o Rio de Janeiro. Em meados dessa mesma década, a pedido de sua mãe, suas cinzas foram trazidas para Avaré e inumadas em pequena urna no monumento ao Pracinha, no Largo São João, pelas mãos da poeta Anita Ferreira de Maria.


FONTE
 Do livro “Avaré em memória viva – volume II”, de Gesiel Júnior, Editora Gril, 2011.

Gesiel Júnior
Portal FEB

domingo, 12 de agosto de 2018

A Voz Do Mundo

Jornalzinho inglês de 1944, "A Voz Do Mundo",  impresso no Brasil pela Editora Leammert Limitada.Esta edição traz na capa a foto do primeiro escalão da FEB ao desembarcar em Nápoles em 1944.
(acervo O Resgate FEB) 
(clique na foto para ampliar)

domingo, 5 de agosto de 2018

Fredolino Chimango o soldado desconhecido !

Nascido em Passo Fundo, RS, no dia 19/04/1921, filho de Edmundo Chimango e Gabriela Francisca da Silva Chimango, Fredolino foi um dos heróis brasileiros mortos em combate durante a Segunda Guerra Mundial. Integrando a Força Expedicionária Brasileira, Fredolino Chimango teve sua vida tirada na Batalha de Montese, a mais sangrenta travada pelos nossos pracinhas.
Fredolino era da região do Rio do Peixe, onde hoje é Tapejara, na época fazendo parte da cidade de Passo Fundo. Foi um dos tantos passofundenses a lutar contra o totalitarismo do Nazi-Fascismo na Itália.
Mesmo não tendo idade suficiente para o serviço militar, Fredolino se apresentou no Quartel do 8º RI (8º Regimento de Infantaria) de Passo Fundo, que futuramente seria transferido para Quaraí, de Quaraí para São João Del Rei, e de São João Del Rei para o Rio de Janeiro. Depois de completar cerca de um ano na então capital nacional, Fredolino decide retornar e se juntar a sua família, começando a trabalhar na localidade de Água Santa, nos Engenhos Scheleder e Busquirollo.
Com a entrada do Brasil na guerra, Fredolino foi convocado, integrou o 11º RI (11º Regimento de Infantaria), o conhecido Lapa Azul, que protagonizou a Tomada a Monte Castello. Além de Monte Castello, Fredolino também lutou nas batalhas de Castelnuovo e Montese, onde tombou por sua pátria.
Conta o Tenente Delsi Branco da Luz, então Cabo, amigo de Fredolino na Itália, que ficou sabendo de seu desaparecimento no dia 16 de abril de 1945, no retorno dos soldados que combateram em Montese, por um companheiro de batalha de Chimango, contava esse que havia caído em sua metralhadora uma granada de artilharia, causando dessa forma o falecimento do Cabo, porém existe outra versão, de que Fredolino foi atingido por uma rajada de metralhadora.
Elogio dado ao Cabo Fredolino Chimango depois de sua morte pelo seu Capitão Olegário de Abreu Memória:
“Maio de 1945: a 09 foi elogiado pelo Cmt da Cia nos seguintes termos: como Cmt da Peça teve ação saliente no ataque. Na mesma data foi destacado dentre os outros Cabos da Cia pelo seu Cmt nos seguintes termos: que com a sua Peça de Mtr conseguiu heroicamente atingir e neutralizar uma casamata inimiga que ameaçava seriamente o flanco esquerdo da Cia, apesar da reação do inimigo o Cb Chimango só deixou de atirar quando a sua arma foi atingida em cheio por uma granada de artilharia que lhe levou a vida.”
Existem duas versões sobre os restos mortais do soldado passofundense. Alguns dizem que Fredolino foi achado por um civil italiano e enterrado pelo mesmo em sua casa. Muitos dizem que o corpo do combatente da FEB achado décadas depois na Itália, é o Cabo Fredolino Chimango, porém, nunca houve uma confirmação, sendo este conhecido como o "Soldado desconhecido", símbolo da Força Expedicionária Brasileira. Segundo o Sr. Mário Pereira, atual administrador do Cemitério de Pistóia, o soldado, pode ou não, ser Fredolino Chimango, falou também que com as tecnologias de hoje, através de exames de DNA, seria possível revelar a identidade do pracinha, porém, perderia a magia e o significado que o "Soldado desconhecido" tem, sendo o maior mártire do Brasil na Segunda Guerra Mundial.
Como dito antes, existem duas versões para o paradeiro do Cabo Fredolino Chimango.
Descrição da descoberta do corpo de Fredolino Chimango pelo livro "Luzes sobre Memórias" do Marechal Floriano de Lima Brayner.
"E, aos cinco metros de profundidade foi encontrado sob as vistas de inúmeras pessoas, e farta documentação fotográfica. Reunidos os restos mortais num caixote, foram levados para o Cemitério de Montese, onde eu os revistei minuciosamente, não encontrando a placa de identificação. Na arcada dentária dos maxilares superior e inferior faltavam alguns dentes. No hemitorax esquerdo havia uma ogiva de morteiro, 60 alemão. Através pequenos objetos; botões, fio, foi por mim reconhecido como brasileiro, ficando a identidade para ser apurada mais tarde. [...] ao mesmo tempo que envidavam-se esforços para se obter a identificação do “Pracinha Desconhecido de Montese”, através das unidades em que servia.[...] Dois outros, do III Bat. do 11º R.I., foram encontrados em sepulturas fora dessa área e levados para o Cemitério de Pistóia, devidamente identificados. Um deles, Rubens Galvão, tinha a placa de identidade no pescoço; outro, não a possuía, mas, na mesma sepultura ao lado do corpo estava uma garrafa, e dentro dela um papel em que se lia o nome, Júlio Nicolau o número e a unidade daquele combatente. Quem escreveu nunca se ficou sabendo, pois o autor deve ter ficado com a placa. O terceiro extraviado, publicado no Boletim da Unidade de 16 de abril de 1945, chamava-se Fredolino Chimango, natural de Passo Fundo, Rio Grande do Sul."
Na cidade de Passo Fundo - RS, o Cabo Fredolino Chimango é patrono de uma Escola Municipal e de um Estádio, e na cidade de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, existe uma rua com seu nome, que é localizada no Bairro Santa Luzia.



Matéria ANVFEB