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domingo, 30 de novembro de 2014

Pins da F.E.B

Interessante lote de  pins antigos da F.E.B.
  O da direita,  miniatura da barreta da Medalha de Campanha da FEB.
2º  Miniatura da barreta da Medalha de Guerra.
3º  Pin do distintivo da" Cobra esta fumando".
4º  Pin da Vitoria bem antigo com as três armas que participaram da Segunda Guerra.
5º  Pin antigo do V da Vitoria na Segunda Guerra.
(acervo O Resgate FEB)
(clique na foto para ampliar)



quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Mogi das Cruzes com a FEB

Criada em 1956 pelo então estudante Domingos Geraldo Sica,Mogi das Cruzes (SP), homenageia a FEB em sua bandeira, a cobra fumando, lembrança da participação dos  mogicruzense na Força Expedicionária Brasileira na Segunda Grande Mundial, participação essa que foi a maior dentre todas as cidades do interior do Brasil. Contribuiu com o envio de aproximadamente 400 expedicionários que representaram a cidade no front italiano.
Mogi das Cruzes está localizado na região metropolitana da capital paulista.Segundo estimativas do IBGE, em 2014 o município já contava com 419.839 habitantes. É também o maior e mais desenvolvido município da Região do Alto Tietê.
Erguido originalmente na Praça Oswaldo Cruz, no ano de 1955, durante a gestão do Prefeito Francisco Rodrigues Filho, é uma homenagem de Mogi das Cruzes aos seus heróis integrantes da Força Expedicionária Brasileira - FEB, que participaram da Segunda Guerra Mundial. O monumento contém os seguintes dizeres: "Mogi das Cruzes - Aos seus heróis"; e abaixo, uma placa onde estão gravadas as palavras: "10 de fevereiro de 1946 - Aos seus heróis - 1945".
Autoria: Camilo Dedivits
Material: granito e bronze
Endereço:
Rua Olegário Paiva
Shangai, Mogi das Cruzes - SP




Blog O Resgate FEB

domingo, 23 de novembro de 2014

Flamula - X Convenção Nacional da F.E.B.

Antiga e rara flamula X Convenção Nacional dos Veteranos de Guerra do Brasil  realizado de 15 a 19 de dezembro de 1954 em Recife.
(acervo o Resgate FEB)
clique na foto para ampliar

domingo, 16 de novembro de 2014

DOSSIÊ DO SOLDADO JOSÉ CYRILLO DO ESPIRÍTO SANTO - F.E.B.

Curta biografia do soldado José Cyrillo do Espírito Santo

Nasceu em 28 de Janeiro de 1918 em Diamantina, Minas Gerais. Foge de casa aos 14 anos por razões não reveladas. Alega ter presenciado a Revolução de 1932, talvez no caminho de sua fuga sem destino.
Em época não sabida se estabelece no Rio de Janeiro (onde se supõe residiam tios seus) e ingressa no Exercito em 01 de Julho de 1934.
Em 6 de Maio de 1939 deserta do Exército e fica foragido por dois anos. Em15 de maio de 1942 foi capturado e fica preso por quase um ano (10 meses e 15 dias).
Em 23 de Novembro de 1944, ainda engajado parte para a Guerra na Europa. Volta da Itália em 25 de Julho de 1945.
Inserido num programa de reinserção de ex-combatentes do governo Vargas , trabalha como motociclista da Polícia Especial, em seguida com a desativação da PE motorizada, vira Guarda Civil.

Falece em 1951, aos 35 anos de idade.

Fragmentos de relatos e notícias sobre fatos reais
Notícia real 01

Os episódios decisivos da segunda guerra mundial dos quais Cyrillo participou se concentram, evidentemente nos dias em que seu regimento e batalhão estiveram em combate. Todos os incidentes ocorrem na região do norte da Itália denominada Emilia Romagna, mais precisamente no vale do Rio Pó.
Este período é também o mais controvertido episódio de toda a campanha brasileira com 4 derrotas seguidas e muitos soldados abandonados no topo gelado do Monte Castello numa retirada ordenada às pressas, redundando em muitos mortos insepultos.
A FEB (um ”Grupamento” e não um exército propriamente) estava subordinada ao V Exército americano. Existem varias opiniões de fontes militares brasileiras (ditas até hoje à boca pequena) sobre a imperícia do comando e a impropriedade das ordens oriundas do comando deste V Exército Norte Americano que, provavelmente utilizou a FEB como ”Bucha de canhão” desafogando as tropas norte americanas que estavam sendo atacadas pelos alemães em seu flanco direito.
Cyrillo residia no Rio de Janeiro, logo pertencia ao Regimento sediado neste estado: o Primeiro Regimento de Infantaria ou ‘Regimento Sampaio’ (ao qual aliás, ele mesmo alegava pertencer) Sua ficha militar extraída depois de sua morte, no entanto indica o Sexto Regimento, originário de São Paulo.
Teria sido transferido antes ou durante os combates? E o tempo de serviço no Sampaio, onde teria ido parar? O fato dele ter contado que participou dos combates da tomada de Monte Castelo, contudo corrobora a tese de que ele estava mesmo no Primeiro RI, pelo menos nesta ocasião (o Sexto Regimento não participou desta batalha), logo pode-se supor que ele foi transferido do Primeiro para o Sexto em algum momento dos combates.
Com a batalha de Monte Castello desviando a atenção dos alemães, as tropas americanas puderam se safar quase sem baixas. Aparentemente, o que o comando do V Exército Norte americano necessitava naquele momento, era manter os alemães ocupados com a defesa de uma única posição (Monte Castello), incumbindo a FEB de fustigá-los de maneira quase suicida, durante duas semanas, tempo suficiente para que as tropas americanas se incumbissem de suas próprias dificuldades táticas sem nenhum prejuízo.
Ficção 01
Fotos de manchetes de jornais da época (1944) exibem gravuras dos navios atacados pelos submarinos alemães. Som de rádios ligados em todos os lugares são ouvidos na rua. Presidente Vargas discursa a declaração de Guerra contra as potências do Eixo.
Um rádio está ligado também na pensão onde Geny, minha mãe, então namorada de Cyrillo trabalha. Já é noitinha e Geny retira o avental, rápido. Não está prestando atenção às notícias. Sai apressada, pois, tem um encontro com Cyrillo.
Cyrillo conta que foi convocado como todo mundo. A cena é triste. Conversam sobre a menina que Geny cria, sua irmã mais nova (Corina), pois a mãe das duas morreu de parto da menina e Geny é a mais velha, incumbida portanto de cuidar da criança. Com tudo isto, fazem planos otimistas para o futuro.
História real 02
A temperatura na região por volta do natal de 1944 é de 20 graus negativos. A altura da neve é de 1 metro, com solidificação das camadas internas, situação que provocou a morte da maioria dos soldados brasileiros tombados nesta guerra e a amputação das pernas de muitos outros (”pés de trincheira). Mal equipados com borzeguins ou coturnos comuns trazidos do Brasil, estes soldados não puderam resistir à prolongada exposição ao rigoroso inverno daqueles dias.
De dezembro (data da chegada de Cyrillo) à fevereiro, as ações se limitaram a trocas de tiros entre patrulhas e peças de artilharia. Neste período ambos os exércitos inimigos, fizeram propaganda com panfletos incitando a rendição do outro.
Por causa do inverno cada vez mais rigoroso, hostilidades maiores só voltaram a se processar a partir de 19 de fevereiro 1945 com um plano para tomar, definitivamente o Monte Castello no dia 21, desta vez com um ataque preliminar de uma divisão de montanha americana aos montes vizinhos.
Cyrillo volta a combater em 3 de Março quando seu batalhão, o Terceiro do Sexto R.I. investe sobre Rocca Pitigliana, Braine de le Vigne, Recale e Santa Maria Viliana, todas no Vale do Rio Marano. Depois disto a próxima incumbência de seu batalhão foi tomar Castelnuovo, atacando pela esquerda de Soprassasso já em 5 de Março.
Ficção 02
Cyrillo e um amigo que ele chama de ‘Paraíba’ no trem que os leva para o front. Eles têm muito frio e ficam meio deprimidos ao perceber que não existem folhas na paisagem toda branca de neve. Pelo caminho vão vendo que aqui e ali há indícios da destruição da guerra no horizonte e pelo caminho.
Os soldados do vagão estão tristes, sorriem as vezes por qualquer motivo, mas são risos nervosos, tensos. O trem para a toda hora, para recolher pessoas que correm pelo campo tendo atrás de si fumaça de incêndios. Numa destas paradas, o trem recolhe um homem ferido que é trazido por civis armados. Cyrillo e Paraíba notam e acham muito estranho aqueles civis armados. O ferido é um soldado americano, negro também como Cyrillo que acha aquilo mais estranho ainda.
História real 03
Nos momentos, que antecederam o ataque a Castelnuovo, as posições do regimento de Cyrillo foram violentamente bombardeadas pela artilharia alemã. Neste dia, presume-se ocorreu o incidente no qual um amigo de Cyrillo morreu enquanto tomava café na barraca usada pelos dois quando esta foi atingida por uma bomba, logo depois que Cyrillo saiu para render o companheiro na sentinela.
Baixas da tomada de Castellnuovo: 3 mortos, 65 feridos. Foram presos 98 soldados alemães. De um destes prisioneiros alemães (ou de um morto), Cyrillo retirou uma comenda ou insígnia de prata ou alumínio que trouxe para o Brasil como troféu de guerra.
Talvez este mesmo prisioneiro seja o que impressionou Cyrillo pela educação com que se comportou no almoço, mesmo após ter passado muitas horas ou dias de fome, um dos poucos fragmentos de memória que me recordo dele ter me contado assim, diretamente.
As baixas por ‘‘pé-de-trincheira” em Castelnuovo foram elevadas. Uma cruz colocada por alemães com a inscrição “Drei Trapfere-Brasil- Castelnuovo 24-1-1945/Três bravos…”, no entanto, serve de reconhecimento a bravura dos soldados de uma patrulha brasileira do Primeiro R.I, mortos ali.
É após Castelnuovo que Cyrillo tem folgas. São deste período grande parte dos postais que ele trouxe da ltália os quais eu tenho guardados até hoje.
Ficção 03
Cyrillo e ‘Paraíba’ se revezam num posto de vigia. Dormem numa barraca próxima. Um dos dois fez um café. Cyrillo, o primeiro a tomar o café quentinho, sai para fora da barraca e se afasta para o seu turno de vigia. Mal ‘Paraíba’ entra na barraca uma bomba alemã explode. ‘Paraíba’ morre.
História Real 04
Em 16 de abril, Cyrillo volta a combater (tinha estado na retaguarda) afim de substituir em Montese, o XI batalhão do RI que estava desgastado. Entrou nesta batalha à noite, sob intenso fogo da artilharia alemã, tanto que seu batalhão não consegue nas 24 horas ininterrupts em que lutou, tomar o morro e é também substituído no dia seguinte.
É difícil saber mas, imagina-se que em Montese, depois de ter passado a noite e a madrugada anterior sem dormir e, depois disto, um dia inteiro sob intenso bombardeio, teria sido o maior sofrimento de Cyrillo na guerra.
Baixas em Montese: 426 soldados brasileiros atingidos, sendo destes 34 mortos. 453 brasileiros foram feitos prisioneiros.
Também em Montese, uma nova inscrição de reconhecimento alemão à bravura brasileira numa placa de madeira, referindo-se ao ponto em que soldados da FEB tombaram mortos. Nela se lia : ”Drei brasilianische helden ” (Tres heróis brasileiros)
Deve ter sido destes últimos incidentes que se originaram certas alterações que tornaram Cyrillo, segundo sua esposa (minha mãe) mais reservado e irascível do que de costume, demonstrando estar atormentado por distúrbios relacionados a síndrome psicológica que se convencionou chamar na época de ”neurose de guerra”.
Ficção 04
(Cyrillo contou esta para minha mãe – invento só os detalhes)
Numa das cidades tomadas pelos brasileiros. Rua empoeirada. Tabuletas de lojas, Ruínas de casa e prédios destruídos por bombas. Jipes e caminhões entrando na cidade em ambiente de batalha recém-terminada. Grupo de soldados brasileiros andando pela rua descontraídos. Cyrillo aparece sozinho, vindo do fundo da rua cercado por meninos maltrapilhos. Meninos gritam:
_” Cirillone! Cirillone! Chocolate per me! Per me!Io! Io!”
Cyrillo traz muitas barras de chocolate na mão e vai lançando para o alto, se divertindo com as crianças, rindo da algazzara que fazem.
De repente explosão de granada numa casa próxima. Correria de soldados na rua. Cyrillo e meninos se jogam no chão até perceberem que foi uma explosão acidental.
Voltam à brincadeira.
Pós guerra
Um novo nome para um ex-pracinha No pós guerra sabe-se que Cyrillo usou o estranho codinome ou pseudônimo de Carlos Christóbal Rocha por razões ainda obscuras. Alegava para a esposa Geny, pertencer uma espécie de serviço secreto do governo, mas a luz do que se sabe hoje sobre o período, isto não fazia muito sentido. Neste período praticava eletrônica e radio amadorismo. Havia com efeito uma antena de bambu, pendendo no telhado de nossa casa em Marechal Hermes.
O pós guerra no Brasil foi um período político muito controvertido. O presidente Getulio Vargas desmobilizou a Força Expedicionária Brasileira antes mesmo do desembarque das tropas de volta ao Brasil. Dizia-se na época, que o governo temia que os ideais democráticos assimilados pela tropa da FEB em sua luta contra o nazifascismo, estimulassem uma revolução contra as tendências ditatoriais de Vargas.
A utilização de um codinome e a linha editorial das revistas Cyrillo assinava (a positivista ‘0′ Pensamento’ e a anticomunista ‘Seleções do Readers Digest’) nos faz supor que durante esta época ele deve ter estado, de alguma forma envolvido em atividades clandestinas anti ditatoriais (e anti getulistas, no caso).
Em 1951, apenas 5 anos após o seu retorno da guerra, contando apenas 35 anos Cyrillo falece no Hospital Geral do Exército de uma infecção aguda dos rins, devida talvez ao alcoolismo, vício com o qual, aparentemente passara a espantar os fantasmas da guerra. Na época, depois de ter sido motociclista da Polícia Especial (criada por Getúlio Vargas) prestava serviço como Guarda Civil.
Deixou além da jovem esposa Geny, três filhos, o mais velho (eu, Antônio) com pouco mais de quatro anos de idade, uma filha com 2 anos (Virgínia), e o filho mais novo (Luiz Antônio), ainda um bebê.
Roteiro dos postais
Cyrillo, como muitos pracinhas, trouxe uma grande coleção de souvenirs. Entre estes estavam um cortador de papel de cobre estanhado com a forma de um punhal, uma máquina fotográfica Kodak caixote (que se encontra com meu irmão), a tal insígnia nazista (que junto com o punhal foi apreendida pela Dops quando da minha prisão em 1968), um óculos de aviador americano com armação de ouro e um relógio ômega, também de ouro. Havia também uma cuia de chimarrão com a borda e ‘bomba’ de prata 90% (que se encontra comigo até hoje a ele foi presenteada por um amigo pracinha do Rio Grande do Sul e um belíssimo jogo, completo, de porcelana ‘das índias ocidentais’ como se dizia, que eu nunca soube se se ele trouxe da Itália (que doido!) ou se comprou por aqui mesmo (as peças mais valiosas – como os óculos e o relógio – em sua maioria não sei onde foram parar, penso que minha mãe as vendeu para custear despesas de família).
Grande parte – na verdade quase todas- das fotos que ele trouxe da Itália, entre as quais a de uma linda ragazza de saia plisada que ele dizia ter sido sua ‘madrinha de guerra’ (uma história que minha mãe nunca enguliu). Durante muito tempo, aliás, como deve ter ocorrido com outros ex-pracinhas, rondava na família a suspeita de que ele poderia ter deixado um filho na Itália. Me lembro muito bem de uma foto dele diante de uma casa de madeira com terras nevadas ao fundo, vestindo uma elegante jaqueta de lã cintada, típica do uniforme dos soldados norte americanos.
Muito bem guardados e conservados no entanto está a coleção de postais que comprava nas cidades por onde passou. Cruzando os nomes das cidades dos postais com um mapa da região onde ele combateu, dá para se traçar um interessante roteiro de suas viagens de folga e do trajeto de sua volta.
As cidades dos postais são as seguintes:
Napoli – Janeiro de 1944
Roma – Janeiro/fevereiro de 1944
Monte Castello (Perugia, perto de Porreta Terme) – 21 de fevereiro de 1944)
Montese – (área de Modena/Bologna – 16 de Abril)
Castelnuovo – Batalha em 5 de Março
Collechio- (próxima à Parma – já com linha gótica tomada, em 1945)
Veneza – Depois da vitória total aliada
Voghera – (Piemonte) 1945
Alessandria
Gênova- Já prestes a embarcar para o regresso ao Brasil.
Depois de Napoli, passando por Roma seguindo para Perugia (Monte Castelo) enfrenta sua maior batalha. Em meados de 1944 enfrenta uma segunda batalha em Montese, próximo à Modena (onde eu morei) e uma terceira batalha em Colechio todas na mesma região. Como Veneza fica acima da linha gótica, só visita esta cidade depois da vitória aliada. Depois dai, todas as demais cidades teriam sido visitadas no trajeto de volta para o embarque para o Brasil.
Notas:
Por uma estranha razão, talvez a sua proverbial insubordinação, José Cyrillo entre todos os pracinhas foi um dos poucos que ingressou soldado na guerra e saiu soldado, sem ter nenhuma promoção em combate, embora tenha ganho as medalhas de praxe, entre elas, a de campanha
Por uma coincidência também muito estranha, o próprio narrador desta história, filho do soldado José Cyrillo viajou para uma tournée musical de quatro meses para a mesma região da Itália em 1990, descobrindo só mais tarde que estava trabalhando e residindo, exatamente no mesmo local onde seu pai havia lutado na Segunda Guerra Mundial.
FONTE:O DOSSIÊ DO SOLDADO - Espiríto Santo.SITE: Linguagem, cultura e sociedade.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Chapéu tropical Zé Carioca - F.E.B

Raríssimo chapéu tropical utilizado por apenas uma parte da tropa da Força Expedicionária Brasileira ao desembarcar na Itália, carinhosamente chamado de Zé Carioca pelos pracinhas, em alusão ao personagem de Walt Disney.O nome regulamentar era "capacete de lona".O chapéu de brim foi levado para Itália, mas utilizado bem pouco e apenas no início.Tenho noticia de quatro chapéus Zé Carioca.O chapéu da foto e original esta desbotado pelo tempo a cor original e verde oliva e falta a jugular do mesmo material, afinal são mais de 70 anos de história.
(acervo O Resgate F.E.B)
Foto do Zé Carioca no museu do Monumento aos Mortos da Segunda Guerra no Rio de Janeiro
(fotos O Resgate FEB)
(clique na foto para ampliar)
Pracinha com o chapéu Zé Carioca na Itália lendo o Jornal Globo Expedicionário

 Pouco antes do embarque dos pracinha para a guerra 


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Politica de Boa Vizinhança - Good Neighbor Policy

Zé Carioca foi gerado em 1941, no Rio, num salão do Copacabana Palace temporariamente 
convertido em estúdio de desenho para Disney e seu pessoal, que colhiam dados para um filme que se passaria aqui e se chamaria “Alô, Amigos”. Disney queria criar um personagem brasileiro para fazê-lo contracenar com seu já famoso pato Donald. E logo encontrou o que 
procurava: um papagaio.
 Zé Carioca é um personagem criado pelos estúdios Walt Disney e, além de seu papel nos filmes e publicações da Disney, encarna a Política de Boa Vizinhança implementada pelos Estados Unidos em busca de apoio, de influência e de aliados durante a Segunda Guerra Mundial. 
Estava habituado à ideia arrogante e agressiva que alguns povos, entre os quais o dele, faziam de si mesmos, identificando-se com aves como águias, condores e falcões. Já o brasileiro, estranhamente, parecia sentir-se mais próximo do papagaio: duro, pobre, folgado, preguiçoso e desempregado –mas safo, quase safado, livre, feliz e capaz de aprender tudo rapidinho, inclusive a enrolar os gringos. As dezenas de piadas de papagaio que contaram a Walt no Copa convenceram-no de que o louro devia ser um herói nacional.
Tão carioca que seu gingado e gesticulação copiavam os do violonista José do Patrocínio de Oliveira, Zezinho, que trabalhava com Carmen Miranda nos EUA e era… paulista de Jundiaí. Zezinho até emprestou sua voz e seu sotaque a Zé Carioca “”não só em português, mas em todas as línguas para as quais “Alô, Amigos” (1942) e o fabuloso filme seguinte, “Você Já Foi à Bahia?” (1944), foram dublados. E assim, dessa simbiose, Zé Carioca nasceu universal, como talvez nem Walt tivesse sonhado “”ideal para estrelar gibis, como logo aconteceu nos EUA e, depois, no Brasil, até hoje.

 Durante a Segunda Guerra Mundial,  Zé Carioca é o apelido do papagaio José Carioca, criado no começo da década de 1940 pelos estúdios Walt Disney em uma turnê pela América Latina, que fazia parte dos esforços dos Estados Unidos para reunir aliados durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Historicamente esse esforço na América Latina foi chamado de “Good Neighbor Policy” ou Política da Boa Vizinhança.

 ALÔ AMIGOS - SALUDOS AMIGOS
Teria sido criado pelo próprio Walt Disney dentro do Copacabana Palace Hotel. O desenhista disse que amou tanto o Rio de Janeiro, que tinha que deixar um presente para os cariocas. Hoje o Zé Carioca é mais do que um personagem ou mascote carioca, é um elo entre a Walt Disney World e o Brasil.
Em sua passagem pelo Brasil, uma das coisas que chamou a atenção de Walt Disney foi o personagem como um papagaio antropomórfico, que deveria representar o estereótipo do brasileiro. Zé Carioca foi mostrado como um personagem divertido, festeiro, vagabundo e preguiçoso.
Cinema
O papagaio José Carioca (vulgo Zé Carioca) foi criado para o filme Alô, amigos (Saludos Amigos), de 1942, lançado nos EUA no ano seguinte pela Disney. Antes do lançamento americano tira de jornal foram publicadas com as aventuras do Zé Carioca.
O filme era dividido em quatro partes e mostrava a América do Sul, na qual o Zé ciceroneava Pato Donald na sua visita ao Brasil: apresentou ao pato ianque a cachaça e o samba. O filme foi criado a partir de dados coletados numa visita de artistas dos Estúdios Disney – entre eles o próprio Walt Disney – à América do Sul (que é mostrada em flashes durante o filme).
Os esforços americanos não se limitavam ao Brasil, assim alguns personagens foram criados para um número de países latinos.


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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Guia de Nápoles para os soldados.


Um raro guia de 1945 escrito em inglês para os soldados aliados com informações; mapas com as ruas e um pequeno dicionário para facilitar a vida dos soldados aliados..
(acervo O Resgate FEB)
(CLIQUE NA FOTO PARA AMPLIAR)