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terça-feira, 28 de janeiro de 2014
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Jornal feito no navio Mariposa, durante o regresso da F.E.B
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
A LUTA DOS PRACINHAS - F.E.B
O filme "A Montanha" mostra as agruras vividas pelos soldados brasileiros na Segunda Guerra Mundial e a integração racial do pelotão
Ivan ClaudioFRIO E QUEDA
O ator Francisco Gaspar como Piauí: as botas nacionais não eram feitas para andar na neve
Nas encostas dos Apeninos, na Itália, o inverno costuma ser rigoroso,  com madrugadas cravando temperaturas inferiores a 15 graus negativos.  Eis o que diz o ex-pracinha Antonio Amarú, um dos 25 mil soldados  brasileiros que lutaram na Campanha da Itália durante a Segunda Guerra  Mundial e, portanto, pernoitou bastante no local:  “Usava seis blusas de  lã por baixo do field jacket americano, um par de luvas de lã e por  cima um par de luvas impermeáveis, ou perderia a mobilidade nos dedos.”   Seu depoimento poderia  ter sido dito pelos atores que passaram sete  semanas nas mesmas condições ao filmar o longa-metragem “A Montanha”, o  primeiro filme de ficção a tratar da participação da Força  Expedicionária Brasileira no conflito, cujas gravações se encerraram na  semana passada. Dirigido por Vicente Ferraz, a produção procura ser fiel  a histórias de jovens como Amarú, na época com 25 anos. Eles  experimentaram o pior inverno do século na região. Da Itália, por  telefone, o ator Daniel Oliveira, que se protegeu nas filmagens com duas  malhas e duas meias térmicas, teve a exata sensação das agruras  enfrentadas pelos soldados brasileiros: “No set a gente usou botas  antigas e a ardência provocada pela neve foi imediata. Dá para imaginar a  dificuldade deles.”
“Me interessei pelo lado humano do conflito ao
ler os diários e os relatos feitos pelos pracinhas”
Vicente Ferraz, diretor
Oliveira interpreta Guima, um soldado especializado em desarmar  minas. No filme, ele faz companhia aos soldados Tenente (Julio Andrade),  Piauí (Francisco Gaspar) e Laurindo (Thogun).  Vítimas de um ataque de  pânico, os quatro se encontravam perdidos e passam a ser considerados  desertores. Nessa situação, travam contato – e têm uma relação de quase  amizade – com dois outros fugitivos do campo de batalha: o italiano  Roberto (Sergio Rubini), da Resistência, e o alemão Jurgen Mayer  (Richard Sammel). Segundo Ferraz, esse encontro não está nos livros e  nasceu, obviamente, de sua imaginação. “Não tenho a pretensão de  reescrever a história”, diz o diretor. O enredo, contudo, é plausível.  Depoimentos de pracinhas registram o contato com desertores nazistas e a  convivência amistosa com prisioneiros da artilharia germânica. Em “A  Montanha”, quem se depara com o alemão Mayer é o soldado Piauí, vivido  por Gaspar. Ele se solidariza com o nazista ferido nos pés e o carrega  numa bandiola pela neve. “Imagina só, eu com 1,65 metro de altura e 58  kg puxando um alemão de 1,90 metro. Eram cenas muito difíceis, tínhamos  que andar com gelo até o joelho.”
COMPANHEIRISMO
Abaixo, os atores Daniel Oliveira (Guima) e Thogun (Laurindo):
convivência entre brancos e negros surpreendeu os americanos
Como pisava pela primeira vez na neve, Gaspar conta que escorregava  bastante nas superfícies mais lisas. “As botas usadas pelos pracinhas  não eram feitas para andar lá. Nos primeiros dias, levei muitos tombos”,  diz. Não só a bota como também o uniforme. Segundo Gaspar, o filme é  bem fiel nesse aspecto ao colocar cada ator usando uma farda diferente,  todas do Exército americano. O figurino é original e foi alugado de  colecionadores. Embora o elenco tenha recebido treinamento de exercício  de montanha e técnicas de desmontagem de minas no Batalhão de Engenharia  de Pindamonhangaba, a trama foge dos clichês do gênero e não mostra  tantos tiros e explosões. “Me interessei mais pelo dia a dia e me  afastei do lado perverso da guerra”, afirma Ferraz, que entre os 20  livros consultados incluiu diversos relatos de ex-pracinhas. Para se  livrar da servidão à realidade, preferiu nem filmar em Monte Castello e  evitar, assim, qualquer referência ao local onde se deram os maiores  conflitos entre brasileiros e alemães. “Na preparação, contudo, passamos  pela região. Foi para dar um axezinho”, diz Oliveira. Ao visitar uma  das pequenas cidades libertadas pelos pracinhas, a equipe encontrou um  velhinho que era criança naquela época. Olhando para Thogun, ele se  lembrou que foi na guerra que viu um negro pela primeira vez. Livros  recentes, como “Barbudos, Sujos e Fatigados”, de César Campiani  Maximiniano, consultor do filme, mostram que a integração racial do  Exército brasileiro chamou a atenção também dos americanos, ainda  bastante racistas durante a guerra. Esse é outro detalhe que o filme não  se esqueceu de ressaltar.
| Matéria: Isto é. | 
sábado, 18 de janeiro de 2014
Meu primeiro e único combate - F.E.B
Essa é o relato narrado abaixo é uma triste e emocionante historia do veterano da Força Expedicionária Brasileira Fernando Leopoldo dos Santos Miranda, natural de Recife-PE. Após a guerra recebeu as medalhas de Sangue do Brasil por ferimento em combate e a medalha de campanha.
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| Pracinhas em recuperação em um hospital americano | 
"Doze de dezembro de 1944, esta foi a data do meu primeiro e único 
combate.Naquele dia recebi o batismo de fogo, em Monte Castelo: 
estávamos dormindo em uma estrebaria, recebemos ordem e partimos de 
madrugada, com o Batalhão, para o ataque. Não consigo me lembrar do nome
 do meu sargento comandante do grupo de combate. O alemão lá de cima do 
morro e a gente cá em baixo. O primeiro tiro me pegou, senti uma frieza 
quando a bala bateu em mim – não sabia se de metralhadora, mas foram 
quatro ferimentos: um em cada perna, um na mão e outro no lado 
esquerdo,na costela. Fiquei estendido na neve e penso que, por isso, 
escapei de morrer; o gelo estancou o meu sangue. Olhei para o relógio, 
eram oito horas e trinta minutos da manhã e eu continuava caído sobre a 
neve. Havia sangrado mas sem sentir dor. Ao ser ferido, permanecendo 
inerte daquele jeito, imaginei que os alemães iriam me matar. Muitos 
feridos morreram porque reagiram à aproximação dos alemães.
Eles pertenciam a um grupo de combate inimigo, mas deles não tenho 
nenhuma queixa. Ao clarear o dia, os alemães desceram para apanhar os 
feridos (éramos quatro brasileiros, os outros três eram soldados), 
colocaram-nos em padiolas e nos levaram para um hospital italiano. Fomos
 muito bem tratados pelos enfermeiros alemães; mesmo sem entender nada 
do que eles falavam – eu não perdi a consciência em momento algum –, me 
lembro até que, quando estava na padiola, puseram em cima de mim o 
apetrecho que a gente levava para as refeições e nos levaram direto para
 o hospital.
Na sala do hospital havia mais seis feridos; as enfermeiras vinham e 
nos tratavam muito bem; levavam-nos para urinar e defecar. Lá no 
hospital italiano, lembro-me que tanto os alemães como os italianos 
mandavam alimentação e cigarros que os americanos jogavam de pára-quedas
 no campo. Recolhiam e entregavam à gente. Passamos pouco tempo no 
hospital e depois fomos transferidos para um campo de concentração de 
prisioneiros na Áustria – não era daqueles campos de concentração para 
judeus –, onde permanecemos cerca de quatro meses; naquela altura eu já 
conseguia andar com o auxílio de uma muleta ou com a ajuda de alguém me 
apoiando.
Na minha sala havia quatro prisioneiros, mas o campo era grande. 
Recebíamos atendimento de médicos alemães ou italianos, havia 
enfermeiras à noite, não existiam medicamentos mas elas sempre mudavam 
os curativos da gente.
Quando terminou a guerra, fui libertado pelos ingleses; eles desceram
 de pára-quedas e nos levaram para Livorno, de avião, juntamente com os 
feridos alemães. De lá fomos transferidos para Casablanca, onde passamos
 uns dois dias, e finalmente para os Estados Unidos, em Baltimore, onde 
me demorei por mais uns quatros meses.
Lá havia mais feridos brasileiros, em tratamento, que tinham chegado 
antes de mim; depois fomos todos para Nova Orleans, onde existia um 
hospital muito grande. Ali, por cerca de seis meses, fiquei aguardando a
 minha reforma. Apesar do tratamento, nunca me recuperei dos ferimentos 
que recebi. Vim para o Hospital Central do Exército, no Rio, e depois me
 apresentei no 14o RI, aqui no Recife, mesmo caminhando com auxílio de 
muleta.
Eu era cabo e não tive promoção nenhuma até passar pela Junta de 
Saúde e ser reformado no posto de 2º sargento; o General Lott foi quem 
me deu o soldo de 1º sargento e agora, sob outra lei, recebo o soldo de 
2º tenente.
Nesse benefício entrou todo mundo, soldado, cabo, quem foi para a 
guerra e quem não foi e eu não sei que justiça é essa: fui ferido em 
combate e ganho a mesma coisa de quem ficou aqui no Brasil!
A minha impressão é a de que há um esquecimento dessas coisas, 
principalmente por parte das Forças Armadas. O meu acesso, por exemplo, 
ao Serviço de Saúde do Exército é igual ao dos outros, minha família tem
 de ir marcar cartão de visita médica no meio de muita gente. A 
Associação de Veteranos da FEB não tem me ajudado em nada, só tem havido
 preocupação com comemorações e festividades.
O Exército me ensinou uma noção de disciplina muito grande e essa noção eu repassei para os meus filhos."
Fonte: HISTÓRIA ORAL DO EXÉRCITO NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Biblioteca do Exército Editora
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Boina da Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
Medalha Sangue dos Heróis da F.E.B - Seção Nova Iguaçu
Difícil de encontrar esta medalha comemorativa da Associação Nacional dos Veteranos da FEB Seção Nova Iguaçu (RJ) pós guerra alusiva ao Dia da Vitória em 8 de maio de 1945 pelo término da Segunda Guerra Mundial pelos aliados onde a FEB atuou na Itália entregue aos veteranos de Nova Iguaçu.
(acervo O Resgate FEB)
| clique na foto para ampliar | 
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Material utilizado no inverno pela F.E.B
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
Capa de proteção contra gás.WW II. US.
Cobertura de proteção individual do exército americano contra ataque a gás de agosto de 1943, muito parecido com um poncho e um saco de vinil grande na ponta feita de plástico transparente para poder enxergar.Era utilizado no caso de ataque com gás. Cada mascara de gás que foi emitido tinha este acessório da capa.Porem foi mais utilizada como capa de chuva já que os ataques químicos foram raros.Foi distribuída para FEB.
(acervo o Resgate FEB)
Como era usado a capa
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
Diploma de Reconhecimento F.E.B
Foi com muito alegria e satisfação que recebi o DIPLOMA DE RECONHECIMENTO da Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira Seção Regional de Juiz de Fora - MG em reconhecimento aos valiosos préstimos a Associação de Juiz de Fora. Agradeço este valiosa honraria com muita emoção, principalmente para min que faço com enorme prazer e dever em divulgar a memória e feitos dos verdadeiros heróis do Brasil.Aumentando mais ainda a responsabilidade com enorme satisfação de continuar firme e sempre ativo em perpetuar a FEB. Repito o Blog O Resgate FEB e nosso e esta a disposição de todos para divulgar a FEB; o que considero a melhor parte da nossa história.Obrigado a diretoria da ANVFEB/JF
Henrique de Moura Paula Pinto
(Blog O Resgate FEB)

