Páginas

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O Primeiro pracinha de Juiz de Fora que tombou em batalha na Itália.


  O texto Sidney Dantas: uma matéria do jornal Diário Mercantil, de Juiz de Fora – MG.  
O texto é de Sidney Dantas. Matéria do jornal Diário Mercantil de Juiz de
Fora – MG.
Esta matéria foi publicada em 1945, noticiando sobre o primeiro pracinha
juizforense que tombou nos campos da Itália.
O texto relata além da morte, a reação de sua mãe e a carta enviada ao pai,
notificando o falecimento.
Nos campos de batalha da Itália, perdeu a vida em operações no dia 30 de
novembro, o cabo do Exército brasileiro Hélio Thomaz que para ali seguira
incorporado à F. E. B.
O cabo Hélio Thomaz nasceu em Juiz de Fora, à Rua São Matheus, aos 15
dias de agosto de 1922.
Era filho legitimo do Sr. Valeriano A. Thomaz, oficial de pedreiro, e da Sra.
Raymunda Ernestina Thomaz, residentes nesta cidade, à Rua João do Rio
nº60- fundos, bairro do Bonfim.
Segundo conseguimos apurar, o cabo Hélio Thomaz é o primeiro juizforense
que tomba no campo de batalha na defesa dos princípios democráticos, para
cuja vigência no mundo, também se rebate ao Brasil no indeclinável revide à
afronta recebida no litoral nordestino em 1942.
OUVINDO A MÃE DO HERÓICO JUIZFORENSE.
Nossa reportagem, tendo conhecimento do ocorrido, procurou ouvir a
progenitora do cabo Hélio Thomaz, dirigindo-se para isso à sua residência.
— Meu filho - disse-nos a Sra. Raymunda Ernestina Thomaz - tinha
verdadeiro orgulho de ter sido convocado para o serviço da Pátria, tanto
assim, que matriculando-se no curso de cabos, logrou ver-se aprovado ao
terminá-lo.Quando foi incorporado à Força Expedicionária Brasileira, sentiu grande e mostrava-se, continuadamen-te, desejoso de partir para a Europa, a fim de combater pe­lo Brasil.— Meu filho era boníssimo. “Sentirei muitíssimo a sua falta, se bem que
bastante confortada por saber que ele morreu pelo Brasil”. Completou.


O COMUNICADO DO MINISTÉRIO DA GUERRA AO PAI DO CABO HÉLIO THOMAZ

É o seguinte o texto do comunicado da Secretaria do Ministério da Guerra
enviado ao pai do primeiro juizforense morto no campo de batalha na Europa:
“Ministério da Guerra — Secretaria Geral do Ministério da Guerra — Em
21de dezembro de 1944.
Sr. Valeriano Thomaz — Bastante pesaroso, comunico-vos, de ordem do
Exmo. Sr. Ministro, o falecimento em operações de guerra na Itália, no dia
30 de novembro último, do cabo Hélio Thomaz da Força Expedicionária
Brasileira.
Lamento sinceramente ter de vos transmitir essa infausta noticia,
mas é oportuno e confortador, principalmente para os parentes mais próximos,
saber que o cabo Hélio Thomaz, em terra estrangeira, soube honrar as
tradições gloriosas do soldado brasileiro, demonstrando no campo de batalha
nobres virtudes morais.
Entregue inteiramente ao serviço da Pátria, cuja honra defendeu com o
sacrifício da própria vida, deu assim um sublime exemplo de amor ao Brasil,
tornando-se um legitimo orgulho e grande incentivo aos seus parentes, amigos
camaradas e compatriotas.
Perdeu deste modo a Pátria um fiel e dedicado servidor e por esse motivo,
apresento-vos, bem como á família do cabo Hélio, em nome do Exército, as
mais sinceras e sentidas condolências.
Canrobert Pereira da Costa, general de brigada, secretario geral do M. G.”.
Fonte: Diário Mercantil de Juiz de Fora de 01 de dezembro de 1945.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

PÁ DE TRINCHEIRA US/F.E.B.

Uma ferramenta fundamental na Segunda Guerra a pá de trincheira fácil de carregar, dobrável que podia ser levar presa na mochila. A FEB utilizou muito nas trincheiras na Itália. A pá de fabricação (JAMES) americana datada de 1943 e a capa 1945.
(acervo O Resgate FEB)
(clique na foto para ampliar)
Repare na mochila  a pá, numa patrulha da FEB em Camaiore in Toscana.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Tomada de Monte Castelo F.E.B.

A Batalha de Monte Castelo foi travada ao final da Segunda Guerra Mundial, entre as tropas aliadas e as forças do Exército alemão, que tentavam conter o seu avanço no Norte da Itália. Esta batalha marcou a presença da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no conflito. A batalha arrastou-se por três meses, de 24 de novembro de 1944 a 21 de fevereiro de 1945, durante os quais se efetuaram seis ataques, com grande número de baixas devido a vários fatores, entre os quais as temperaturas extremamente baixas. Quatro dos ataques não tiveram êxito, por falhas de estratégia.A 21 DE FEVEREIRO de 1945, a FEB tomou de assalto o Monte Castelo, posição fortemente organizada e presumivelmente inexpugnável, não somente pela situação privilegiada de dominância como por estar defendida por um adversário adestrado, experiente e combativo, que já repelira, com êxito, ataques anteriores desfechados pelos aliados.

Localização


Situado a 61,3 km sudoeste de Bolonha (monumento ai Caduti Brasiliani), via Località Abetaia (SP623), próximo a Abetaia. Coordenadas 44.221799, 10.954227, a 977m de altitude
Local das operaçães

 Operação

Em novembro de 1944, a 1ª Divisão Expedicionária do Exército Brasileiro (DIE) desviou-se da frente de batalha do Rio Serchio, onde vinha combatendo há pelo menos dois meses, para a frente do Rio Reno, na Cordilheira Apenina. O General Mascarenhas de Morais, havia montado seu QG avançado na localidade de Porreta-Terme, cuja área era cercada por montanhas sob controle dos alemães, este perímetro tinha um raio aproximado de 15 quilômetros. As posições alemãs eram consideradas privilegiadas e submetiam os brasileiros a uma vigilância constante, dificultando qualquer movimentação. Estimativas davam que o inverno prometia ser rigoroso, além do frio intenso, as chuvas transformaram as estradas, já esburacas pelos bombardeiros aliados, em verdadeiros mares de lama.
O General Mark Clark, comandante das Forças Aliadas na Itália, pretendia direcionar sua marcha com o 4º Corpo de Exército rumo a Bolonha, antes que as primeiras nevascas começassem a cair. Entretanto, a posição de Monte Castelo se mostrava extremamente importante do ponto de vista estratégico, além de dominado pelos alemães dava pleno controle sobre a região.
Artilharia da FEB em Monte Castelo

Forças Alemãs

A frente italiana estava sob a responsabilidade do Grupo-de-Exércitos "C", sob o comando do Generaloberst Heinrich von Vietinghoff. A ele estavam subordinados três exércitos alemães: 10º, 14º e "Exército da Ligúria", este último defendendo a fronteira com a França. O 14º era composto pelo 14º Corpo Panzer e pelo 51º Corpo de Montanha. Dentro do 51º Corpo estava a 232ª Divisão de Granadeiros (Infantaria), do general Barão Eccart von Gablenz, um veterano de Stalingrado. A 232ª foi ativada a 22 de junho de 1944, e era formada por veteranos convalescentes que foram feridos na frente russa e era classificada como "Divisão Estática". Era composta por três regimentos de infantaria (1043º, 1044º e 1045º), cada um com apenas dois batalhões, mais um batalhão de fuzileiros (batalhão de reconhecimento) e um regimento de artilharia com 4 grupos, além de unidades menores. Esta formação totalizava cerca de 9.000 homens. A idade da tropa variava entre 17 e 40 anos e os soldados mais jovens e aptos foram concentrados no batalhão de fuzileiros. Durante a batalha final, ela foi reforçada pelo 4º Batalhão de Montanha (Mittenwald), que foi mantido em reserva. Os veteranos que defendiam essa posição não tinham o mesmo entusiasmo do início da guerra, mas ainda estavam dispostos a cumprir com o seu dever.
Soldados do Regimento Sampaio em Monte Castelo

O ataque

Caberia, então, aos brasileiros a responsabilidade de conquistar o setor mais combativo de toda a frente Apenina. Porém havia um problema: a 1ª DIE era uma tropa ainda sem experiência suficiente para encarar um combate daquela magnitude. Mas como o objetivo de Clark era conquistar Bolonha antes do Natal, o jeito seria o de aprender na prática, ou seja, em combate.
Assim sendo, em 24 de novembro, o Esquadrão de Reconhecimento e o 3º Batalhão do 6º Regimento de Infantaria da 1ª DIE juntaram-se à Força-Tarefa 45 dos Estados Unidos para a primeira investida ao Monte Castelo.
Tropas da FEB camuflados na neve.
No segundo dia de ataques tudo indicava que a operação seria exitosa: soldados americanos chegaram até a alcançar o cume de Monte Castelo, depois de conquistarem o vizinho Monte Belvedere.
Entretanto, em uma contra-ofensiva poderosa, os homens da 232ª Divisão de Infantaria germânica, responsável pela defesa de Castelo e do Monte Della Torracia, recuperaram as posições perdidas, obrigando os soldados brasileiros e americanos a abandonar as posições já conquistadas - com exceção do Monte Belvedere.
Soldados de gelo
Em 29 de novembro, planejou-se o 2º ataque ao monte. Nesta contra-ofensiva a formação de ataque seria quase em sua totalidade obra da 1ª DIE - com três batalhões - contando apenas com o suporte de três pelotões de tanques americanos. Todavia, um fato imprevisto ocorrido na véspera da investida comprometeria os planos: na noite do dia 28, os alemães haviam efetuado em contra-ataque contra o Monte Belvedere, tomando a posição dos americanos e deixando descoberto o flanco esquerdo do aliados.
Inicialmente a DIE pensou em adiar o ataque, porém as tropas já haviam ocupado suas posições e deste modo a estratégia foi mantida. Às 7 horas uma nova tentativa foi efetuada.
As condições do tempo mostravam-se extremamente severas: chuva e céu encoberto impediam o apoio da força aérea e a lama praticamente inviabilizava a participação de tanques. O grupamento do General Zenóbio da Costa no início conseguiu um bom avanço, mas o contra-ataque alemão foi violento. Os soldados alemães dos 1.043º, 1.044º e 1.045º Regimentos de Infantaria barraram os avanços dos soldados. No fim da tarde, os dois batalhões brasileiros voltaram à estaca zero.
Duras batalhas pela tomada de Monte Castelo
Em 5 de dezembro, o general Mascarenhas recebe uma ordem do 4º Corpo: "Caberia à DIE capturar e manter o cume do Monte Della Torracia - Monte Belvedere." Ou seja, depois de duas tentativas frustradas, Monte Castelo ainda era o objetivo principal da próxima ofensiva brasileira, a qual havia sido adiada por uma semana.
Mas em 12 de dezembro de 1944, a operação foi efetivada, data que seria lembrada pela FEB como uma das mais violentas enfrentadas pela tropas brasileiras no Teatro de Operações na Itália.
Com as mesmas condições meteorológicas da investida anterior, o 2º e o 3º batalhões do 1º Regimento de Infantaria fizeram, inicialmente, milagres. Houve inicialmente algumas posições conquistadas, mas o pesado fogo da artilharia alemã fazia suas baixas. Mais uma vez a tentativa de conquista se mostrou infrutífera e, o pior, causando 150 baixas, sendo que 20 soldados brasileiros haviam sido mortos. A lição serviu para reforçar a convicção de Mascarenhas de que Monte Castelo só seria tomada dos alemães se toda a divisão fosse empregada no ataque - e não apenas alguns batalhões, como vinha ordenando o 5º Exército.
Somente em 19 de Fevereiro de 1945, após a melhora do inverno o comando do 5º Exército determinou o início de uma nova afensiva para a conquista do monte. Tal ofensiva utilizaria as tropas aliadas, incluindo a 1ª DIE, ofensiva que levaria as tropas para o Vale do Pó, até a fronteira com a França

O Ataque Final

Novamente a ofensiva batizada de Encore, ou Bis, utilizaria a formação brasileira para a conquista do Monte e a consequente expulsão dos alemães. Desta vez a tática utilizada, seria a mesma idealizada por Mascarenha de Moraes em 19 de Novembro.Assim, em 20 de Fevereiro as tropas da Força Expedicionária Brasileira apresentaram-se em posição de combate, com seus três regimentos prontos para partir rumo a Castelo. À esquerda do grupamento verde-amarelo, avançaria a 10ª Divisão de Montanha dos Estados Unidos, tropa de elite, que tinha como responsabilidade tomar o Monte Della Torracia e garantir, dessa forma, a proteção do flanco mais vulnerável do setor.
O ataque começou às 6 horas da manhã, o Batalhão Uzeda seguiu pela direita, o Batalhão Franklin na direção frontal ao Monte e o Batalhão Sizeno Sarmento aguardava, nas posições privilegiadas que alcançara durante a noite, o momento de juntar-se aos outros dois batalhões. Conforme descrito no plano Encore, os brasileiros deveriam chegar ao topo do Monte Castelo às 18 horas, no máximo - uma hora depois do Monte della Torracia ser conquistado pela 10ª Divisão de Montanha, evento programado para as 17 horas. O 4º Corpo estava certo de que o Castelo não seria tomado antes que Della Torracia também o fosse.
Entretanto, às 17h30, quando os primeiros soldados do Batalhão Franklin do 1º Regimento conquistaram o cume do Monte Castelo, os americanos ainda não haviam vencido a resistência alemã. Só o fariam noite adentro, quando os pracinhas há muito já haviam completado sua missão, e começavam a tomar posição nas trincheiras e casamatas recém-conquistadas. Grande parte do sucesso da ofensiva foi creditada à Artilharia Divisionária, comandada pelo General Cordeiro de Farias, que entre 16h e 17h do dia 22, efetuou um fogo de barragem perfeito contra o cume do Monte Castelo, permitindo a movimentação das tropas brasileiras.
Vista da região de Monte Castelo

 Bibliografia

  • Böhmler Rudolf , Monte Cassino - Editora Flamboyant, 1966
  • Marechal Mascarenhas de Morais, Memórias (Volume 1)- Bibliex,1984
  • Joel Silveira, O Inverno na Guerra - Objetiva,2005
  • General Walter de Menezes Paes, Lenda Azul - Bibliex 1992
  • Wikipédia
  • Ilustração, Henrique Moura.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Souvernir Italiano

Capa de almofada bordada pelas costureiras italianas de Florença em 1944 com o emblema do 5º exército americano que junto com a FEB combateram na Itália, uma das várias lembranças que os soldados levavam para casa.
 (acervo O Resgate FEB) 
(clique na foto para ampliar)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Herói Eurípedes Ribeiro Guimarães (Pinduca) F.E.B

Foi com muita alegria e orgulho que nesta visita a minha terra querida (Curvelo-MG) conversei com familiares dos pracinhas de Curvelo(nove participaram da Segunda Guerra) todos amigos e conhecidos dos meus parentes.Aos pucos vou postando as matérias sobre os heróis Curvelanos.Mo blog a várias matérias sobre a participação dos curvelanos na Itália.
                                    EURÍPEDES RIBEIRO GUIMARÃES  (Pinduca)
Nasceu em Curvelo teve três filhos: -Walquiria Ribeiro Guimarães, Wanderley Ribeiro Guimarães e Geraldo Magela.Foi voluntário fez parte do primeiro escalão participou das batalhas de Montese e Monte Castelo ferido em combate com explosão de uma granada ficando surdo e recebeu do presidente da Republica um aparelho auditivo.Após a guerra foi morar no Rio de Janeiro voltando para Curvelo trabalhou na fabrica Othom Bezerra de Melo (hoje fabrica Maria Amália) em seguida como carteiro até falecer em 15 de maio de 1971.Primo de primeiro grau de um herói brasileiro nascido em Curvelo morto em Combate em Montese o primeiro Tenente RUI  LOPES  RIBEIRO.(matéria no blog)
Agradeço a a hospitalidade e gentileza de sua filha Walquiria que com muito atenção me recebeu prometendo resgatar mais sobre mais um herói brasileiro.
Uma foto de estúdio após a guerra com o patch da cobra fumando e do 5º exército americano e a Medalha de Campanha  de participação na Segunda Guerra.
O Diploma da Medalha de Campanha
Certificado de reservista emitido na Itália
Um raro diploma de participação  pelo 5º Exercito , 6º Exército americanos que juntos atuaram na Itália com a FEB.
(clique na foto para ampliar)

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Placa de Identificação (dog tag) . F.E.B .

- Dogtag (placa de identificação) da Força Expedicionária Brasileira do praça (PRA) Sebastião Stepha identidade de guerra (1G): 289704, sangue O, lotado na Companhia do Quartel General, embarcou para Itália em 22 / 9 / 1944  e retornou em 22 / 8 / 1945.
Rara placa de identificação de um oficial (OF) da FEB de nome José B Villela de identidade de guerra (1G) 220544  fez parte do 1º escalão tipo sanguíneo 0.O número é a designação da Região Militar onde o militar era inscrito. Por exemplo, 1G era da 1 RM, do Rio de Janeiro.Placas de cobre feitas no Brasil ,EUB.(Estados Unidos do Brasil).
(acervo O Resgate FEB)


(clique na foto para ampliar)



Curiosidade sobre o dogtag-F.E.B
                                                                          
Todos os expedicionários levavam numa corrente dependurada no pescoço duas placas de identidade feita de metal com os dizeres em relevo. Nela constavam o nome , numero de identificação, tipo sanguíneo, ano de vacinação anti-tetânica e as iniciais OF (oficiais) e PRA (praças) e acima do nome a palavra Brasil.A seção do Quartel General encarregado de fornecer as placas, lutou penosamente para que ninguém fosse desfalcado desse importante prova de identidade. A ordem de usar as placas no pescoço era terminante. Apesar de toda severidade e fiscalização verificou que muitos soldados no teatro de operações não tinham ou deixaram no saco entre sua bagagem.O resultado dessa falta de compreensão de muitos soldados que a insistência e zelo dos comandantes, foi que tivemos dezoito mortos desconhecidos alem de inúmeras outros custo de identifica los pelo Pelotão de Sepultamento.Uma aplicação interessante da placa de identificação(justamente por isso tinha os dizeres em relevo) era de servir de matriz para impressão do ferido ou doente na ficha de evacuação para os hospitais. Outra aplicação da placa era de identificar os mortos  ao serem recolhidos pelo Pelotão de Sepultamento e depois ao serem enterrados, uma das placas era presa a cruz do túmulo e a outra acompanhava o corpo.                                                    
As placas de cobre  produziam azinhavre e com pouco tempo apareciam manchas verdes no peito.Posteriormente o 2º escalão e os que seguiram receberam placas de melhor qualidade e uma correntinha de aço inoxidável.Mal chegados a Itália a engenhosidade de nossos  soldados descobriram uma utilidade nova para a capa dos fios de telefones alemães, bem melhores do que usavam e recebidas dos americanos. Era uma capa de plástico alaranjada, forte, firme de durabilidade extraordinária. Arrancada o fio e cortada a capa de um lado era enfiada nas bordas das placas as quais aderia firme.Essa invenção dos soldados impedia que as placas encostassem diretamente na pele e desapareceram as manchas verdes de azinhavre do peito.
 Pesquisa:¨A Epopêia dos Apeninos¨   José de Oliveira Ramos.
                       ¨Crônicas de Guerra¨ 1º Tenente Cássio Abranches Viotti. (BH- MG)