quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Soldado Francisco de Paula: a artilharia na FEB


O então soldado Francisco de Paula identificação militar nº 1G-192925 embarcava, naquela noite de 30 de junho de 1944, no transporte de tropas General Mann com destino ignorado. Pudera, já que todo o cuidado era pouco a fim de escapar dos tenazes torpedos dos u-boats alemães que circulavam pelo oceano atlântico desde 1942. Francisco, como outros 5.075 homens, era membro da 1ª Divisão Expedicionária da Força Expedicionária Brasileira que embarcava rumo ao teatro de guerra. Francisco não poderia adivinhar que seu rosto e sua função seriam destacados pelo fotógrafo de guerra Pvt. Laurence V. Emery em 29 de setembro de 1944 nesta bela imagem que temos ao lado. É o soldado Francisco de Paula carregando um canhão 105mm com um recado aos alemães: A Cobra está Fumando!
Francisco, natural do Rio de Janeiro fazia parte da Artilharia Divisionária que acompanhava o 1º DIE na Itália. A artilharia brasileira era composta de quatro grupos de obuses e armada principalmente com peças de 105mm. A exceção era o 4ª Grupo de Obuses (GO) composto por peças de 155mm. Cada grupo possuía 12 peças, dividido em 3 baterias de quatro canhões cada. A artilharia brasileira era formada por grupos recém criados tanto no estado do Rio de Janeiro quanto em São Paulo durante o ano de 1943. A exceção era o grupo proveniente do Grupo Escola, com base no Rio de Janeiro, já existente. O grupo de Francisco era o 2º GO, o primeiro a embarcar para a Itália e participar das ações na guerra. O comando da Artilharia Divisionária cabia ao Gen. Cordeiro de Farias.

E lá estava Francisco aguardando ordem no navio de tropas, ancorado no porto do Rio de Janeiro.Naquela noite o então presidente do Brasil Getúlio Vargas discursava aos combatentes excitados e ao mesmo tempo amedrontados frente ao futuro incerto que vinha de encontro a sua juventude e vitalidade. As palavras de Vargas ecoavam pelo microfone a bordo do navio. E retumbavam no ouvido dos expedicionários: “É sempre uma glória lutar-se pela pátria e por um ideal. O governo e o povo do Brasil vos acompanham em espírito na vossa jornada e vos aguardam cobertos de glorias”
O navio de tropas General Mann chegou ao porto de Nápoles no dia 16 de julho. No mesmo dia foi iniciado o desembarque do primeiro contingente da FEB. A tropa se deslocou para o estacionamento de Agnaro, próximo ao subúrbio napolitano de Bagnoli, fazendo parte do trajeto a pé e parte por ferrovia. A partir daí, vários deslocamentos seriam feitos e treinamentos seriam ministrados aos infantes brasileiros até que, em 12 de setembro veio a ordem de batalha para a FEB: deveria deslocar-se para Ospedaleto, uma região ao sul de Pisa e a 50 km de Vada. Assim, em 15 de setembro, especial data da historia militar brasileira, todo o grupamento tático do 1º DIE deveria substituir as tropas americanas na linha Massaciuccoli – Filettole – Vecchiano, no Vale do rio Serchio. Era a primeira missão na guerra da Força Expedicionária Brasileira.
E Francisco não tardaria, ele mesmo, a participar da guerra. Em 16 de setembro de 1944 às 14h 22min a 1ª bateria do 2º GO sob o comando do Capitão Mário Lobato deu o primeiro tiro da artilharia brasileira em terras européias. E dali por diante a artilharia brasileira faria fama frente aos tedescos.
Afirmou Cordeiro de Farias, comandante da Artilharia Divisionária na Itália: “A melhor artilharia que operou na Itália foi a minha e isso foi dito por oficiais americanos e prisioneiros alemães. Quando os americanos queriam fazer uma nova experiência sempre contavam com a minha tropa”.
Guarnição de artilharia da FEB. O soldado Francisco de Paula aparece ao fundo, o terceiro da esquerda para a direita, de frente para a foto, já ocupando a posição padrão do C3 – Sd  carregador da peça.
O batismo de fogo do 1º DIE comandado pelo Gen. Zenóbio da Costa ocorre no dia 16 de setembro, com a tomada sucessiva das localidades de Massarosa, Borrano e Quieza, que se achavam em poder dos alemães. As ações não tiveram qualquer complicação e a tropa brasileira continuou progredindo. Elas serviram, no entanto, para elevar o moral da tropa brasileira no seu primeiro confronto vitorioso com o inimigo. A 18 de setembro decide o Gen. Zenóbio ocupar a localidade de Camaiore, importante centro de comunicações e abastecimento dos alemães que controlavam todo o vale vizinho.
Não obstante, o próprio Gen. Zenóbio comandou pessoalmente o avanço do 6º R.I sobre Camaiore. Pegos de surpresa, os alemães não ofereceram resistência, abandonando a cidade e a linha Camaiore – La Rena – Fattoria foi ocupada por elementos do 6º R.I. O objetivo da Força Expedicionária Brasileira era a ruptura da área denominada “Linha Gótica”, uma frente de 250 km, do mar Tirreno ao Adriático guarnecida pelos alemães. O ponto forte desta defesa eram os montes altos, sobretudo no vale do Reno, controlados por diversas divisões alemãs e italianas. Reiniciando sua marcha sobre a Linha Gótica, durante os dias 19 e 20 de setembro a tropa avançou sob fogo de morteiros e artilharia. Durante este avanço, a 20 de setembro, capturam-se os primeiros prisioneiros alemães, desertores da 42º divisão de infantaria. A Força Expedicionária Brasileira também sofreu as primeiras baixas, três praças mortos por estilhaços de granadas.
Na edição nº 7 de 24 de janeiro de 1945 do jornal editado pela FEB chamado Cruzeiro do Sul é Francisco que ilustra a capa. Sua célebre imagem que hoje ilustra este artigo ilustrou há 63 anos atrás o folhetim da FEB que graciosamente dizia: "A NOSSA RESPOSTA: O tedesco, de vez em quando, despacha para as nossas linhas certos folhetos que procuram desvirtuar a nossa luta, dizendo que estamos errados, que não temos motivo para combater a Alemanha, que tudo é obra dos Estados Unidos. Mas nós, via de regra, também despachamos nossas respostas. Aí vai uma: A Cobra Está Fumando.... Será preciso traduzir para o Alemão? Não, essa mensagem quando chegar nas linhas alemãs, já estará traduzida... A cobra já terá acabado de fumar.. O tedesco sabe como é.... "
Francisco passaria pelo vale do Rio Sercchio e, no vale do Rio Reno, participaria com louvor da tomada de Monte Castelo em fevereiro de 1945. Para esta conquista a excepcional tarefa da artilharia divisionária, comandada pelo Gen. Cordeiro de Farias foi essencial. Entre as 16 e 17 horas a artilharia transformou o cume de Castello em crateras que desnorteavam o inimigo. Assim descreve Joel Silveira, correspondente de guerra brasileiro instalado no posto de comando avançado junto com os oficiais que acompanhavam a ofensiva:
“As encostas de Castello, cessando o fogo de nossa artilharia, se transformaram numa paisagem lunar. O Major Uzeda continua a avançar sob a proteção de nossos tiros e já agora começam a pipocar as metralhadoras dos seus soldados. (...) as 17h50m a voz do Major Franklin vem, forte, pelo rádio: ‘estou no cume de Monte Castello’ e pede fogo de artilharia sobre as posições inimigas além do monte. Castelo é nosso, me diz o Gen. Cordeiro. (...) Os norte americanos só conquistaram seu objetivo noite adentro, quando os brasileiros há muito tinham completado a sua missão e começavam a ocupar, na crista de Monte Castello as privilegiadas trincheiras e as formidáveis casamatas recém abandonadas pelos alemães, que na sua retirada deixaram em mãos dos soldados mais de 80 prisioneiros”.
Depois de Monte castelo, a artilharia brasileira teria um papel exemplar também na tomada de Montese, em abril de 1945. A partir do dia 14 até o dia 17 os grupos de artilharia trabalharam sem cessar. Estima-se que os alemães tenham mandado para o setor da 1ª DIE mais de três mil e duzentos projéteis de artilharia. Em contrapartida, Francisco e seus colegas devem ter mandado número similar na cabeça dos tedescos. Montese foi uma das mais encarniçadas lutas que as tropas brasileiras enfrentaram. O mais impressionante era a tenacidade dos alemães naqueles dias que, sem saberem, eram os últimos da guerra.
A conquista de Montese pela FEB foi a etapa de maior importância na operação aliada da primavera. Ela contribuiu para a fixação das tropas em uma região de grande importância, obrigaram o inimigo a fazer uso em grande escala de munição e custou muito aos brasileiros: em três dias de luta perderam-se 426 soldados entre mortos e feridos. Foi o episódio mais sangrento suportado pelas forças brasileiras na Itália.
Os últimos dias na Itália são narrados com a familiaridade de quem prevê seu fim. Assim nos diz o Tenente Gonçalves do 6º RI: “Nos derradeiros dias do mês de abril, tudo levava a crer que a guerra chegaria ao fim naquela sucessão de vilas e cidades ocupadas em meio a pequenas escaramuças e inimigos que se rendiam. O 6º RI junto aos outros dois regimentos do 1º DIE, vinham libertando uma série de localidades com a estrondosa receptividade dos italianos que festejavam o fim da guerra (...). Nas pequenas cidades libertadas pelo 6º RI e outros regimentos, os italianos recebiam os soldados brasileiros de forma delirante. O vinho corria abundantemente em garrafas e mais garrafas (...). Os sinos das igrejas das pequenas cidades eram soados, as viaturas saudadas com palmas e flores.”
Com o término da guerra, em 8 de maio de 1945, Francisco retornou ao Brasil em 18 de julho de 1945. Completou um ano e alguns dias em solo Europeu, do qual oito meses foram a serviço direto de sua pátria mãe executando aquilo que fora treinado: libertar da opressão nazista o solo europeu e trazer os louros da vitória para o seu doce e amado Rio de janeiro.
Pesquisa e matéria :
Memórias do Front
Lapa Azul
Francisco Miranda- Blog

terça-feira, 22 de agosto de 2017

O Brasil na Guerra

Antiga lembrança da V exposição "O Brasil na Guerra" de 1954.
(acervo O Resgate FEB)
(clique na foto para ampliar)

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Missão 411, 1º tenente-Aviador Luiz Lopes Dornelles

Missão 411, 1º tenente-Aviador Luiz Lopes Dornelles, destruiu uma locomotiva e abatido, chocou sua aeronave contra um armazém. Teve seu corpo arremessado pela distância de dois campos de futebol e caiu na calçada, inteiro, aos pés dos italianos que assistiram a tudo.
Luiz Lopes Dornelles nasceu em 1920. Era um dos seis filhos do General Argemiro Dornelles e de D. Edília Lopes. Aluno destacado na Escola Militar do Realengo, esteve sempre entre os melhores de sua turma. Fisicamente forte, bem apessoado, mas meio mal humorado e de poucas brincadeiras, o baixinho Dornelles era conhecido entre seus pares como o “gaúcho” enfezado, já que, apesar de ter nascido em São Paulo, há muito vivia no Rio Grande do Sul. Gozava da admiração dos colegas pois, participava vigorosamente das fugas para as noitadas em Bangu, que frequentemente acabavam em pancadaria com os rapazes do bairro.
Com a entrada do Brasil na guerra, Dornelles apresentou-se como voluntário no 1ºGrupo de Aviação de Caça, o mítico Senta a Pua!
O 1º Tenente Dornelles, foi um exímio e corajoso aviador. Os vídeos de sua asa, mostravam ataques mortíferos.
Sempre que tinha como alvo um depósito de munições, Dornelles “entrava” na explosão, trazendo as marcas dos estilhaços no seu P-47. Coragem, competência e audácia foram as suas marcas. Realizou 89 missões de combate, bem acima da média brasileira e muito superior à americana, que ficava em torno de 35 missões.
O lendário Brigadeiro Rui Moreira Lima assim se refere ao Tenente Dornelles:
“Outra faceta do Dornelles, desconhecida de nós, era o amor pelas crianças. De 17 em 17 dias comprávamos no PIEX americano, mediante a apresentação de uma ficha, a ração do mês, constante de barras de chocolate, cigarros, cervejas, biscoitos, papel de carta, cuecas, camisetas, camisa, calças, sapatos e algumas outras novidades: isqueiros, tesourinhas, canivetes, relógios, canetas, etc. Como o dinheiro sobrava, adquiríamos o que aparecia. Depois de um certo tempo notamos que o “baixinho” Dornelles começou a interessar-se por adquirir as rações dos colegas que abrissem mão de sua parte. A princípio desconfiamos que se tratasse de algum rabo-de-saia. Logo descobrimos a razão: o homem mau, o “sou boçal mesmo, e daí? ”o guerreiro implacável, tinha sua creche particular. A cada 17 dias reunia as crianças pobres de Pisa, na velha estação da estrada de ferro, distribuindo as rações adquiridas. Fazia tudo isso escondido. Quando foi descoberto, ficou encabuladíssimo. Gostava de ser chamado de "insensível", no entanto, era uma criatura humana das mais notáveis que conheci. Caída a máscara, Dornelles tornou-se mais dócil, mais amável. Chegamos até a gozá-lo, chamando-o de “irmã samaritana”. Daí por diante, lhe dávamos tudo que tínhamos de biscoitos, chocolates, balas e alimentos... Foi um homem intensamente bom.”
O Tenente Dornelles pressentiu a morte. Dizia, frequentemente, que não chegaria às 90 missões, fez 89.

A morte anunciada veio em 26 de abril de 1945, durante a Missão 411, cujo objetivo era um reconhecimento armado entre as regiões de Turim e Milão, onde tropas inimigas fugiam dos aliados. No desenvolvimento da missão, uma esquadrilha do 1º Grupo de Caça, sob o comando do Ten Dornelles, localizou e atacou um comboio militar chegando à estação de Alessandria, cinco dias antes da rendição alemã e a poucas horas da entrada da FEB na cidade. Parece que o destino do Tenente Dornelles estava irremediavelmente traçado.
O relato abaixo é do Tenente Alberto Martins Torres, oficial aviador da reserva convocada, recordista de missões da FAB na Itália,
(100 missões de combate) e único piloto brasileiro que, comprovadamente, afundou um submarino na Segunda Guerra (U-199, em 31/07/1943, na costa de Cabo Frio).

“...Era uma longa composição, típica da época: locomotiva, tênder de carvão, vagão de artilharia anti-aérea blindada (flack) e depois o resto. Nesses ataques só interessa a locomotiva, a não ser que se tratasse de uma composição de carga. Neste caso era uma composição de vagões de passageiros. Chegamos juntos, mesmo. No que o trem parava na estação de Alessandria, o Dornelles transmitindo a indicação do objetivo – locomotiva – abrira um pouco para a esquerda, formando cobrinha para o ataque para a direita, perpendicularmente à linha férrea. Quando o Dornelles iniciou a picada para o ataque, já os 20mm do vagão Flack jorravam sobre ele, desenhando as traçantes na manhã escura. Somente a pequena distância da locomotiva apareceram as traçantes das metralhadoras do Dornelles que, bem a seu estilo, liquidou a locomotiva, curto e certeiro. Passou pela nuvem de vapor da caldeira estraçalhada, a cerca de três metros de altura, e varou, cidade adentro, no eixo de uma rua que terminava na estação. Não foi possível ver mais nada. A agressividade e a ousadia de seu ataque poupou os demais companheiros da esquadrilha..."
"Não tenho a menor dúvida de que, quando o Dornelles começou a atirar, já devia estar severamente atingido...Trago ainda registrada a última visão do local, ao nos afastarmos, com duas colunas se erguendo de Alessandria, uma do vapor branco do alvo atingido, outra de fumaça negra de um P-47 abatido.”
Trajetória desde o impacto ao local do corpo do piloto.
O trágico destino do nosso piloto foi também registrado por testemunhas locais que descreveram o triste episódio. Ângelo Orsetti (31 anos), técnico do Telégrafo do Estado, que se refugiou no interior da estação no momento do ataque brasileiro e Giuseppina Carrer (20 anos), que viu de perto o corpo do aviador abatido, assim relataram a ação:
“Entre 8h15 e 8h30 dois P-47 Thunderbolt da Força Aérea Brasileira surgiram repentinamente sobre a estação ferroviária de Alessandria, abafando com o ruído dos seus motores a sirene de alarme e atacaram separadamente um trem que manobrava”.
O edifício do impacto do corpo na época.
“... o segundo avião, pilotado pelo Tenente Dornelles, mergulhou destruindo a locomotiva, mas foi atingido pela Flack. A aeronave não conseguiu recuperar e continuou no mergulho a mais de quinhentos quilômetros por hora, bateu na parede do Armazém do Telégrafo do Estado, arrancou algumas árvores e se espatifou onde hoje estão os prédios nº 39 e 41 do Spalto Borgoglio, esquina da via Cardinale Caselli (na época não havia nenhum edifício no local, apenas um galpão usado como armazém)."
edifício hoje.
"O choque violento quebrou a primeira e a segunda paredes e o impacto final foi contra a terceira, causando um incêndio combatido, em seguida, por populares que presenciaram a queda. Devido ao choque, o corpo do piloto foi lançado para fora da aeronave, colidindo com a fachada do prédio de nº 54 do Spalto Borgoglio, junto à janela do segundo andar, a cerca de 180 metros do ponto de impacto da aeronave, caindo na calçada”.
“.... o piloto, um jovem de compleição robusta, tinha o rosto enegrecido, mas estava perfeito, sem sangue e sem fraturas aparentes. Logo acima, na parede do edifício, era visível o local do impacto do corpo que estava sem os coturnos”.
P47D 44-21093 -"2", aeronave do oficial de operações do 1º Grupo de Aviação de caça na Itália, Tenente -Cel -Aviador Newtom Lagares Silva, perdida em combate  em 26/04/45, em Alexandria, quando o 1º tenente-Av Luiz Lopes Dornelles foi morto em combate.
“... durante mais de vinte anos, antes do prédio ser repintado, eram ainda visíveis, na fachada do edifício, as marcas do impacto do corpo do piloto e de alguns danos”.
As testemunhas Angelo Orsetti e Giuseppina Carrer casaram-se em setembro de 1945, logo após o final do conflito. A região, destruída pela guerra, convivia então com uma situação de extrema penúria. Angelo e Giuseppina que nunca esqueceram aquele brasileiro, mandaram fazer as alianças de casamento a partir de um pedaço de metal recuperado dos restos do P-47 do piloto Dornelles, provavelmente do escapamento da aeronave.
O fragmento, recolhido pelo casal, era de um aço muito brilhante e uniu, em matrimônio, dois jovens que jamais iriam esquecer aquele guerreiro corajoso, jovem como eles – Dornelles morreu aos 25 anos – e que escreveu o nome do aviador brasileiro na história do Brasil e da Itália.
Graças à sensibilidade do casal, um minúsculo pedaço da poderosa máquina de guerra do herói tombado bravamente no cumprimento do dever, transformou-se num expressivo marco de amor, paz e união, símbolo da gratidão daquele casal ao brasileiro que deu a vida pela liberdade de sua pátria.ào
O reconhecimento e a gratidão de todos os brasileiros àquela belíssima – e hoje quase esquecida – homenagem.


Matéria:
Link do livro italiano que conta a história: https://goo.gl/S42988
História completa Sergio Monteiro - Página 86: https://goo.gl/J8Jspm
O Resgate FEB

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Pertences de um expedicionário.

Um lote de itens de um expedicionário, provavelmente de um tenente da FEB, composto por; Medalha de Campanha, Medalha de Guerra, Medalha  de Tempo de Serviço (10 anos-modulo menor), pin antigo da cobra fumando e uma estrela de tenente.
(acervo O Resgate FEB)
(clique na foto para ampliar)

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

ALMA GUERREIRA


Mas o que poucos sabem é que a relação do Coxa com as Forças Armadas é antiga e com vários capítulos. Um texto divulgado recentemente pelo próprio Exército lembra que em 1929 o clube criou dentro das suas dependências a Escola Militar nº 321.
Entre os alunos na década de 40 estavam jogadores do Alviverde, como Florisval Lançoni Neno, o “Jeep”, e Altevir João Stella, o “Bazuca”.Os dois chegaram a serem convocados para compor a FEB e lutar em Nápoles, na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial.

Florisval Lançoni Neno, o “Jeep”
Altevir João Stella, o “Bazuca”
Na inauguração do estádio Belfort Duarte, em 1942, representantes do alto escalação do Exército estavam presentes. A afinidade entre as duas entidades era tão grande na época que o presidente do Coxa, Antônio Couto Pereira, recebeu o título de Major, o que explica o nome do estádio coxa-branca.
Agora em 2017
Agora clube presta uma homenagem aos pracinhas da FEB.
O Coritiba, clube que disputa a série A do Campeonato Brasileiro, produziu uma camisa de edição limitada em alusão à Força Expedicionária Brasileira.
O clube postou o seguinte em seu Facebook oficial:
​”A bravura dos nossos destemidos soldados e jogadores fazem parte da história do Coritiba e também do Brasil. Para homenagear a força que vai além dos gramados o Coritiba lança o brasão comemorativo da FEB (Força Expedicionária Brasileira). Na compra do brasão que será aplicado em sua camisa Alma Guerreira, será destinado 50% do valor para a Legião Paranaense do Expedicionário – Associação de ex combatentes da Segunda Guerra Mundial. 

O Resgate FEB