segunda-feira, 28 de março de 2016

Pulseira italiana do 5º exercito americano

Pulseira souvenir feita na Itália do 5º exercito americano que lutou junto com a FEB na Segunda Guerra, tem a inscrição "CAMP ITÁLY 43-45", lembrança para os soldados aliados.
(acervo O Resgate FEB)

 
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segunda-feira, 21 de março de 2016

Expedicionário OSWALDO KANZLER

OSWALDO KANZLER (1918 – 1976) Foto do Museu da Paz
Oswaldo Kanzler é filho de Wenceslau Kanzler (imigrante húngaro) e Rosa Sohn Kanzler. Morava emSchröederstrasse I. Construtor de profissão, como todos os irmãos.
Pelo que consta, já tinha servido o exército e por isso não foi convocado para guerra, mas foi como voluntário no lugar de seu irmão Willy Kanzler que já estava casado.
Tudo indica que Osvaldo Kanzler embarcou no Rio de Janeiro dia 22 de setembro de 1944 no navio USS General Meigs.
O dia em que voltou para casa é lembrado por Invaldo Kanzler (sobrinho, que na época era pequeno) que morava perto e se encontrava na casa naquele dia quando o Sr. João Lúcio da Costa chegou trazendo de volta pra casa o Oswaldo Kanzler. Ele lembra da ôma espiando na janela ao perceber um carro chegando em sua casa. Ela não imaginava quem estaria chegando, e sua felicidade foi ime
nsa. Assim também descreve o sr. Werner, irmão de Osvaldo. Todos ficaram felizes com a volta dele. 
Na enfermaria quando foi atingido por estilhaços. Neste período não podia enviar notícias para a família e todos achavam que ele já estava morto, inclusive a família já estava de luto. Mas ele voltou e sem avisar.
Depois da chegada, Osvaldo Kanzler, se recolheu e ficou uma semana sem falar com ninguém e tendo delírios e mal estar. Foi difícil a reintegração social depois de tudo que viveu nos campos de batalha. Com certeza queria apagar de sua memória todo terror que vivenciou, mas as pessoas queriam saber o que aconteceu na guerra, pois as notícias que chegavam eram muito poucas e as cartas que escreviam não descreviam a realidade, pois eram censuradas, e só podia dizer que estavam bem. Foram tempos difíceis.
O dia em que voltou para casa é lembrado por Invaldo Kanzler (sobrinho, que na época era pequeno) que morava perto e se encontrava na casa naquele dia quando o Sr. João Lúcio da Costa chegou trazendo de volta pra casa o Oswaldo Kanzler. Ele lembra da ôma espiando na janela ao perceber um carro chegando em sua casa. Ela não imaginava quem estaria chegando, e sua felicidade foi imensa. Assim também descreve o sr. Werner, irmão de Osvaldo. Todos ficaram felizes com a volta dele
.
Logo que chegou da guerra, casou-se com Olga Demarchi que esperava por ele.
Oswaldo Kanzler não falava sobre a guerra com a família. Esse era um assunto proibido, ele não gostava de falar sobre isso pois ficava muito nervoso. D. Olga não teve uma vida fácil, por causa das consequências que a guerra deixou na vida desse bravo soldado. O álcool e o jogo tornaram-se constante o que lhe trouxe algumas perdas. Tudo que era relacionado com a guerra era odiado por ele. Hoje é possível compreender melhor, graças as informações que são disponíveis sobre o assunto. Falar do que ele viu e viveu na Itália, era reviver o horror daqueles momentos de batalha, onde resumindo era "matar ou morrer". Oswaldo faleceu em 08.03.1976, com 58 anos



Fonte
Blog:Histórico da família KANZLER
O Resgate FEB. 

domingo, 13 de março de 2016

Flamula Associação dos Ex Combatentes do Brasil - Seção Santa Maria - RS

Flamula Associação dos Ex Combatentes do Brasil, seção Santa Maria (Rio Grande do Sul) com o mapa dos lugares por onde combateu a FEB.
(O acervo O Resgate FEB)
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domingo, 6 de março de 2016

Marechal Olympio Falconière da Cunha - F.E.B

O General Falconière (a direita) recebendo a rendição da 148ª Divisão de Infantaria alemã
Nascido em 19 de junho de 1891, em Itajaí, Santa Catarina.
Assentou praça como cadete, em 09 de março de 1912, já com 21 anos de idade, sendo declarado aspirante a oficial em 02 de janeiro de 1915, 2º Tenente em 19 de outubro de 1916, 1º Tenente em 09 de janeiro de 1921, Capitão em 06 de outubro de 1927, Major em 10 de fevereiro de 1933 por merecimento, Tenente-Coronel em 07 de setembro de 1937 por merecimento, Coronel em 24 de maio de 1940 por merecimento, General-de-Brigada em 29 de julho de 1943, General-de-Divisão em 25 de setembro de 1948 e, finalmente, General-de-Exército em 22 de março de 1955.
Sua inclusão nos quadros da Força Expedicionária Brasileira (FEB) foi inesperada e fora da organização Divisionária do tipo americano, que só comportava três generais: o Comandante da Divisão e os Comandantes das Armas. O Comandante da Infantaria acumulava as funções de Sub-Comandante da Divisão. Não Havia portanto, um comando especifico para outro oficial-general.
Entretanto, o General Falconière foi designado para integrar a FEB no dia 17 de julho de 1944. O 1º Escalão já se encontrava na Itália desde o dia 16, sob o Comando do General Mascarenhas de Moraes. Falconière permaneceu no Rio de Janeiro, ao lado do General Cordeiro de Farias que comandasse o 2º Escalão, aguardando designação de funções, pelo Gen Comandante da FEB.
Guardava-se um certo mistério, em torno dessa designação para a FEB. Chefe dinâmico, inteligente e culto, muito rigoroso, principalmente no campo administrativo, Falconière não era homem para ficar de braços cruzados, sem uma responsabilidade definida. Originário da Infantaria amava sua Arma de origem.
Quando da partida do grosso da FEB para a Itália em 22 de setembro de 1944, Falconière comandou o 3º Escalão, juntamente com o 2º Escalão, comandado pelo General Cordeiro de Farias, no mesmo comboio, que chegou à Nápoles em 05 de outubro de 1944.
Tal como se esperava, Falconière ficou sobrando. O General Zenóbio, verificando que não havia cargo para o outro general, ficou com a pulga atrás da orelha. Não admitia, de forma alguma, ceder o seu lugar ao General Falconière. Ademais, Zenóbio vinha de demonstrar a melhor capacidade de comando, ao dirigir as operações do 1º Escalão, alcançando magníficas vitórias.
Falconière era amigo intimo de Cordeiro, a quem se devia a sua indicação e designação para a FEB. Cordeiro de Farias se tivesse possibilidade de obter a troca de Zenóbio por Falconière, não vacilaria um só instante.
Mas o General Mascarenhas de Moraes solucionou o problema sem dificuldade. Era preciso criar um comando de órgãos de retaguarda que reunisse todos os órgãos subsidiários, hospitais, judiciário, transporte, etc., e providenciasse toda a dinâmica das operações da retaguarda, isto é, dos órgãos escalonados até Nápoles, que era o ponto de contato com a corrente que vinha do Brasil. Órgãos dispersos em toda a Itália, que não podiam ser controlados pelo Estado-Maior de operações. Assim designado como chefe e comandante dos órgãos de retaguarda, Falconière passou a ter sua sede, seu Posto de Comando na cidade de Montecattini, ao sul do rio Arno.
Embora aparentemente simples, surgiam constantes complicações, não somente com as organizações e comando militares estrangeiros, como com os próprios brasileiros.  O Correio Regulador, os órgãos de abastecimento, órgãos transportadores. Órgãos de hospitalização, remuniciamento, todos, constituíam uma pesada retaguarda.
O deposito de Pessoal da FEB, com cerca de 10.000 homens, dava intenso trabalho ao General Falconière, porque tinha uma certa dependência do Comando do 5º Exército, que lhe fornecia, diariamente os meios de vida e de preparação técnica, inclusive oficiais instrutores, armas e munições para o adestramento.
Ao encerrar-se a campanha da Itália, o General Mascarenhas de Moraes apreciou a colaboração do General Olympio Falconière da Cunha nos seguintes termos:
"A maneira feliz por que o General Olympio Falconière da Cunha se desincumbiu das suas funções de Comandante dos órgãos não Divisionários da 1ª DIE, serviu para confirmar o elevado conceito que goza no seio do Exército e permitir que sua figura de chefe honesto e dedicado fosse cercado de merecido prestígio pelo Comando Americano no Teatro de Operações da Itália.
Sua personalidade austera e enérgica foi uma garantia para o acatamento das ordens do Comando e para a disciplina em nossos órgãos da retaguarda, sempre um sério problema para os Exércitos em lutas. E, graças à sua ação, todas as situações difíceis sempre foram satisfatoriamente solucionadas.
As nossas brilhantes vitórias tiveram, do General Falconière, uma oportuna colaboração, pelo modo rápido e objetivo como foi feito o recompletamento do pessoal. O caráter prático dado à instrução do Depósito, com sua sábia e segura assistência, fez com que as substituições na frente não encontrassem solução de continuidade na eficiência combativa das tropas. E, assim, pode o Comando empregar sempre os seus meios em toda a plenitude de suas próprias possibilidades técnicas e físicas e, na ofensiva da primavera, perseguir o inimigo tenaz e fortemente e impor-lhe uma derrota total, com a rendição incondicional da famosa 148ª Divisão Alemã.
Nos últimos dias de campanha, exerceu ainda importante ação de comando, com a organização de um Destacamento que ocupou Tortona, Voghna e Castelnuovo, acionando, então, suas Unidades com presteza e critério e pondo à prova, mais uma vez, os seus reconhecidos e admirados dotes profissionais.
O apoio moral que recebi, em toda a fase da campanha, da pessoa de General Falconière, diz bem do seu caráter franco, leal e respeitador para com o Chefe, e da elevada formação do seu espírito militar. Apontando o nome do General Falconière ao Governo para a promoção ao mais alto posto da hierarquia militar, faço-o convencido de que o seu acesso virá premiar um digno chefe que muito fez para que o Brasil e o Exército gozassem, hoje, de um merecido prestígio que muito honram e enobrecem a Força Expedicionária Brasileira."

(a) Gen Div J. B. Mascarenhas de Moraes - Comandante da FEB

Como se vê, as atividades do General Falconière, no seu Posto de Comando de retaguarda, apesar de nunca ter se aproximado do “front”, nem participado de qualquer jornada de combate, mereceram as entusiásticas expressões traduzidas nesse louvor do Comandante da FEB. De qualquer forma, ele foi um chefe dotado de grande capacidade de comando, ao longo de toda a sua brilhante carreira militar.
Elevado ao Posto de Marechal, Olympio Falconière da Cunha encerrou sua brilhante carreira, vindo a falecer em 11 de agosto de 1967 no Rio de Janeiro.

Fonte: ANVFEB
              Blog História Militar