terça-feira, 27 de outubro de 2015

Borzeguim a bota de combate do pracinha.


Raríssimo borzeguim numero 42, original, utilizado pela FEB na Segunda Guerra.
Quando da desmobilização da FEB, os borzeguins foram devolvidos ao Exercito, mas alguns pracinhas foram autorizados a mantê-los, assim continuaram usado-os nos afazeres do dia a dia. O couro desse borzeguim foi hidratado, engraxado e teve alguns rasgos consertados. Esses cuidados foram providenciais, afinal e um dos poucos sobreviventes para contar a história!
(acervo O Resgate FEB)

(clique na foto para ampliar)
A FEB foi equipada com quatro tipos de botas diferentes ao deixar o Brasil para combater em solo italiano durante a segunda guerra.
O mais famoso dele é o borzeguim, também conhecido como "sapato do soldado". Esse sapato de cor preta, de cano médio, com cadarços trançados, calçado com ou sem perneira, fazia parte do uniforme de combate.
Os acabamentos dos borzeguins não eram resistentes e deixavam o frio e a umidade penetrarem através das costuras. Tal fato levou os brasileiros a terem elevado número de baixas devido ao "pé de trincheira".
A solução adotada pelos pracinhas à má qualidade dos calçados para enfrentar as duras condições climáticas do inverno em regiões montanhosas e com neve, foi a adoção do Overshoes: protetores de borrachas que deveriam ser calçados por cima do sapato propriamente dito, mas que, muitas vezes, foram usados diretamente no pé, que, nesse caso, aproveitando a folga, recebia meias adicionais, tecidos, palhas ou jornal para evitar a umidade e favorecer dessa maneira o aquecimento dos pés no rígido inverno italiano, que, diga-se de passagem, naquele ano foi particularmente rígido.
Jorge Nalvo, à direita, dentro de barraca com amigos do 11º RI durante a campanha da Itália engraxando seu borzeguim. (acervo da família Nalvo)
Pracinhas da FEB
(Foto tirada da Internet)

O cabo Antônio e o soldado Aristides do Esquadrão de Reconhecimento comem uma refeição sobre um M 8, calçados com borzeguims
Acervo do US National Archives reproduzido por Dennison de Oliveira.

Pesquisa:
Os uniformes de combate da Força Expedicionária Brasileira (2014/Rio)
Maj int Ivan Christie Barros de Araujo.

domingo, 25 de outubro de 2015

Monumentos febianos de Caçapava SP.

Dois belos monumentos em homenagem a FEB em Caçapava-SP do 6º BIL Regimento Ipiranga. 
Monumento instalado na Praça da Bandeira, de frente para o Fórum, no lado da praça formado pela Av Cel Manoel Inocêncio, que é a entrada principal da cidade.

 Monumento que se encontra no interior do Forte Ipiranga, de frente para o pátio Marechal Nelson de Mello
(clique na foto para ampliar)

Sugestão e fotos enviada por Reinaldo Costa Moura (Aluno 39 da Turma HERÓIS DA FEB
CFS II Ex - 1970)
O Resgate FEB


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Chaveiros antigos de lembranças de associações da F.E.B

Eu vejo as lembranças de eventos como chaveiros e flamulas e neste caso especial da FEB uma volta ao passado exatamente como na ocasião e uma forma de reconstituir locais e datas dos encontros dos ex combatentes.Como eram organizados, unidos e ativos.As flamulas venho postando com regularidades algumas destes encontros dos ex combatentes da FEB.Agora mostro um interessante lote antigo de chaveiros de alguns encontros nacionais que eram distribuídos aos veteranos.
(acervo O Resgate FEB)
Descrição dos chaveiros:
1º- Da esquerda para a direita-Chaveiro de acrílico da Associação Nacional dos Veteranos da FEB secção Porto Alegre (RGS)
Verso o emblema do 5º Exercito americano.
-  Lembrança dos 40 anos,  chaveiro de acrílico no formato do mapa do Brasil da ANVFEB 
- Chaveiro de acrílico de 1975 da ANVFEB seção Juiz de Fora (MG)
Frente o emblema do Senta a Púa (Veteranos do Teatro de Operações da Itália.30 anos.)
Verso ANVFEB de Juiz de Fora.com o emblema do Exercito Brasileiro.
- Chaveiro em metal do Regimento Ipiranga que atuou na Itália.
- Chaveiro de metal da Associação dos ex combatentes do Brasil em comemoração ao dia da Vitória (8/5/1945)
Frente o  V da Vitoria e as três armas  marinha, exercito e aeronáutica.
Verso a a escultura do Memorial Nacional dos Mortos na Segunda Guerra no Rio de janeiro com os soldados das três armas com os dizeres "Liberdade e Democracia".
Chaveiros antigos dos anos 60 do Batalhão Tiradentes ("onze") 11º RI de São João Del Rei (MG).
(clique na foto para ampliar)

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Expedicionário José Edgar Eckert


Nasceu no dia 11 de maio de 1920, em Selbach,RS.Filho de José Marcolino Eckert e Eugênia de Migheli Eckert.
Em 1923 seus pais migraram para Pinhalzinho, RS, com o objetivo de criar uma indústria madeireira.
Em 1939 ingressou no Exército em Passo Fundo, RS, no 3º Batalhão do 8º Regimento de Infantaria.
Em junho de 1939 foi transferido para Cruz Alta, RS. Em novembro do mesmo ano o Exército o transferiu para o Rio de Janeiro, que na época a capital do Brasil.
Neste período, José Edgar já era 2º Sargento do Exército.
No dia 22 de setembro de 1944, embarcava para a Europa, integrando a Força Expedicionária Brasileira (FEB) sob o comando do então General Mascarenhas de Morais.
Na Itália lutou na Segunda Guerra Mundial, tendo lutado e participado das principais batalhas, culminando com a histórica Batalha de Monte Castelo no dia 21 de fevereiro de 1945.
Em 1946 deixou o Exército, recebendo as seguintes condecorações:
- Medalha Cruz de Combate 2º classe - 1961
- Medalha de Campanha - 1946
- Medalha de Guerra - 1947
- Medalha Marechal Mascarenhas de Morais
Diploma de Membro de Honra do 5º exercito americano - 1998

Em 17 de agosto de 1946, José Edgar casou com Zilmarina Dornelles da Silva em Cruz Alta,RS.
Naquele mesmo o casal passou a residir em Mondaí. Nesta cidade, Mondaí, José Edgar exerceu a função de Escrivão da Paz e, mais tarde, de Tabelião e Oficial de Registro de Imóveis.
Foi nomeado 2º tenente da reserva em 1948, pelo então Presidente Eurico Gaspar Dutra.
Em Mondaí, Edgar sempre teve intensa participação comunitária e exerceu forte liderança, com a ativa co participação de sua esposa Zilmarina, a Dona Zica.
Auxiliou na organização e/ou criação de:
-Clube Ipanema
- Município Mondaí
- Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes
- Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC), com a implantação do Ginásio Porto Feliz e o Curso Técnico em contabilidade.
- Curso Normal Regional, que depois foi transformado em Ginásio Normal e mais tarde no Colégio Delminda Silveira.
- Coral Santa Cecília, da Igreja católica de Mondaí, no qual atuou como regente durante vários anos.
- Coral 25 de Julho, do qual participou como fundador e integrante, entidade que tinha a frente e na liderança o saudoso Ziegefried Spaniol.

Em seu livro "Memórias de um Ex Combatente" editado e lançado no ano de 2000, Edgar faz um relato de sua participação com a FEB na Segunda Guerra Mundial.
No ano de 2002  Edgar publicou o livro "Mondaí - A história que ainda não foi contada" relatando o histórico da região, do município e da cidade de 1946 a 1973.
Faleceu no dia 4 de outubro de 2012, tendo vivido 92 anos, 4 meses e 23 dias.
Deixou enlutados, além de parentes e amigos:
- Sua esposa Zimarina da Silva Eckert, Dona Zica; 
- seus filhos Lúcia Therezinha Averbeck, Sérgio Pompílio Eckert e Antônio Luiz Eckert;
- seu genro Pedro Ludgero Averbeck e suas noras Maria Angélica Kaiser Eckert e Lendanir Bos Eckert;
- 9 netos consanguíneos e 2 netos adotivos,3 bisnetos consanguíneos e 2 bisnetas adotivas. 

Agradeço ao casal de amigos Diogo Pelles e  Luciana Cristina Averbeck Pelles (neta), pela matéria.
O Resgate FEB