sábado, 23 de fevereiro de 2013

Estampas Eucalol - Histórias sobre a F.E.B


As estampas Eucalol era um “card” que retratava a cultura brasileira e algumas vezes de outros países.
Começaram a ser emitidas em 1928, pela Perfumaria Myrta S/A, do Rio de Janeiro. Coloridas e em preto e branco acompanhavam o Sabonete Eucalol, três sabonetes em cada caixa com três estampas e o creme dental Eucalol com  uma estampa por tubo.
Com o Brasil entrando na Segunda Guerra Mundial houve uma série de Estampas Eucalol que retratava a história da FEB. Foram desenhadas por Willy von Paraski e impressas pela Gráfica F. Lanzarra de São Paulo, Litográfica Rebizzi e Gráfica Mauá, ambas do Rio de Janeiro e algumas outras menores.
(clique na foto para ampliar)

Os textos foram extraídos do verso dos cartões
Gêneros Brasileiros
Em qualquer campanha o problema de Suprimento é de capital importância. Dotada de uma organização modelar em todos os sentidos, a FEB nada deixou a desejar, embora fosse a 1ª vez que nossas forças lutavam fora do continente.(primeiro)
Inverno - Oficiais treinando  sky .Um dos maiores inimigos dos nossos pracinhas foi o frio. Os nossos soldados se referiam à ele, chamando-o General Inverno. Mesmo assim, com neve e um frio jamais imaginado, os nossos soldados se conduziram com o ardor que sempre caraterizou nossos militares. A gravura mostra alguns oficiais brasileiros
Posto de Rádio
O serviço de Transmissões, da FEB, manteve impecável ligação entre os diversos escalões da tropa. A gravura nos mostra um posto de radio, em campanha, em pleno funcionamento.(primeiro)
 Hospital de Sangue - O serviço de Saúde, da Força Expedicionária Brasileira, se fez presente em todos os Hospitais da linha de frente, em colaboração com o serviço de Saúde das Nações Unidas.

 Sentinela avançada - A sentinela avançada, por sua localização distante e perigosa, recebia os alimentos em caixinhas como a que se vê na gravura, as quais eram jogadas por aviões.(primeiro)
Dois Comandantes - A gravura mostra um desfile de soldados americanos e brasileiros assistido pelos seus comandantes: Gal. Mark Clarck e Gal. Mascarenhas de Morais, famosos cabos de guerra que passarão a historia, como um exemplo de patriotismo a ser seguido pelas gerações futuras
Canhão antiaéreo
Em virtude do progresso da arma aérea, nesta guerra, todas as forças em operações deveriam possuir recursos indispensáveis e uma perfeita segurança contra raids aéreos. Vemos no verso, uma peça antiaérea da FEB, em ação.(primeiro)
Visita do Sir Alexander - A FEB recebeu a visita honrosa de Sir Alexander, General Inglês, Comandante do XV Grupo de Exércitos. Teve ocasião de ser homenageado com um almoço, pela FEB, debaixo de violento bombardeio alemão. O Gal. Alexander teceu os maiores elogios a bravura dos comandados do Gal. Mascarenhas
Pausa na subida para Monte Castelo
A gravura mostra alguns pracinhas descansando antes da subida para a tomada de Monte Castelo, glorioso feito de nossas armas, na Itália, em terreno difícil e montanhoso, contra um inimigo poderoso e bem localizado.(esquerda)
Hora do Rancho    A hora do “rancho”, como são conhecidos os momentos das refeições, entre os soldados, é sempre recebida com prazer. Em plena campanha, mesmo com “a cobra fumando”, os nossos pracinhas recebiam com satisfação as suas refeições, graças ao impecável serviço da FEB.
Acervo O Resgate FEB
Pesquisa Ecos da Segunda Guerra

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

OVERSEAS BAR - Barra de tempo de serviço - US




Repare no quadro, Overseas da esquerda o modelo americano, Overseas da direita o modelo brasileiro.Este quadro pertence ao Tenente Pedro Rodrigues de Curvelo (MG), veterano da FEB.

Usado na manga direita do uniforme na horizontal que indica que o soldado serviu em zona de combate.Modelo americano.
(acervo O Resgate FEB)
HISTÓRIA
O tempo de serviço (Overseas bar) é um reconhecimento do Exército dos Estados Unidos que e exibido como uma barra bordada dourada na posição horizontal na manga direita do uniforme de primeira classe.O conceito original de um barra no exterior começou na Primeira Guerra Mundial, com que ficou conhecido  como uma CHEVRON OVERSEAS.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

TRÊS BRAVOS HERÓIS DO BRASIL - F.E.B


O que se passa na cabeça de um soldado quando está na linha de frente cara a cara
com o inimigo, prestes a matar ou a morrer ? Difícil resposta. Apenas se pode imaginar coisas
como: “É agora! Estamos em maioria é só passar fogo e isso acaba logo” ou ao contrário: Não
temos como sair daqui, então já que vou morrer mesmo vou levar mais alguns deles comigo e
morrer como homem!”, Esse “ao contrário” é o que deve ter passado pelas cabeças do cabo
José Graciliano Carneiro da Silva, um pernambucano de Recife, do soldado Clóvis da Cunha
Paes e Castro de Açaré – Ceará e do também soldado Aristides José da Silva, mineiro de
Leopoldina, todos do 1º RI.
Ao amanhecer de 24 de janeiro de 1945, uma patrulha comandada pelo sargento
Virgulino Loyola recebeu ordens de tomar a cota 720 na região de Precaria. Durante a
progressão foi alvejada muito de perto por tiros de armas automáticas e morteiros matando
uns e ferindo outros, inclusive seu comandante. Diante da rodem de recuar, só cinco dos noves
componentes do grupo de combate, voltaram. Além do sargento , ferido e feito prisioneiro,
tombaram para sempre Clóvis, José Graciliano e Aristides.
Aos 5 de março do mesmo ano, após a tomada de Castelnuovo, foram encontrados
os corpos dos três heróis em uma sepultura simples, com uma cruz tosca cravada que dizia em
alemão 3 TAPFERE - BRASIL – 24/I/45” ( 3 bravos – Brasil ) como tributo a valentia e ousadia
que com certeza os três tiveram no combate com a tropa inimiga, pois eles decididamente
não tinha por hábito sepultar seus adversários. O que teriam feito nossos três heróis para
receber tal reconhecimento? Só Deus sabe, mas com certeza foi algo que impressionou o
comandante da tropa inimiga.
Todos nós já tínhamos conhecimento do feito dos mineiros do 11º RI, Geraldo Baeta
da Cruz, Arlindo Lúcio da Silva e Geraldo Rodrigues de Souza que, se é que podemos dizer
assim, foram também homenageados da mesma forma pelo seus atos de bravura aos 14 de
abril de 1945 durante a tomada de Montese e com isso,não poderíamos de deixar registrado
para a posterioridade o feito de Clóvis, José Graciliano e Aristides que deram a suas vidas pela paz mundial tombando como verdadeiros heróis.
Clóvis da Cunha Paes de Castro
Id-1G- 180825 - classe 1922.
1º Regimento de Infantaria. Embarcou para além mar em 20 de setembro. Natural de Assaré Estado do Ceará. Filho de Arthur Moreira Paes de Castro  e D.Maria José da Cunha, tendo como pessoa responsável o Sr. Arthur Paes de Castro do Instituto do Álcool  e Açúcar, Praça 15 de Novembro nº 42 Distrito Federal. Faleceu em ação  no dia 24 de janeiro de 1945, na Itália,e foi sepultado no Cemitério Militar Brasileiro de Pistoia, na quadra B, fileira nº 8, sepultura  nº 91, marca- lenho provisório.Foi agraciado com as Medalhas de Campanha, Sangue do Brasil, e Cruz de Combate de 2º Classe.No decreto que  lhe concedeu está ultima condecoração, lê se *Por uma ação de feito excepcional na campanha da Itália*
Na tentativa de tomar a cota 720 na região de Precária pelo seu grupo de combate , foi atingido pelo fogo inimigo. Foi enterrado pelos alemães como herói.


José Graciliano Carneiro da Silva
Id 7G- 25005. classe1919. 1º Regimento de Infantaria .Embarcou além mar em 20 de janeiro de 1944. Natural de Estado de Pernambuco, filho de João Graciliano carneiro da Silva e D.Quinteria de Moraes Carneiro, residente a rua da Báixa Verde nº 218  ,Coqueiral, Recife, Estado de Pernambuco.faleceu em combate no dia 24 de janeiro de 1945 na Itália e foi sepultado no Cemitério Militar Brasileiro de Pistoia na quadra B fileira  n 8, sepultura  nº 63, marca lenho provisório.Foi agraciado com as Medalhas de Campanha, Sangue do Brasil, e Cruz de Combate de 2º Classe.No decreto que  lhe concedeu está ultima condecoração, lê se *Por uma ação de feito excepcional na campanha da Itália*
Na tentativa de tomar a cota 720 na região de Precária pelo seu grupo de combate , foi atingido pelo fogo inimigo. Foi enterrado pelos alemães como herói.
Aristides José da Silva
Id-1G-271466 calasse 1922.1º Regimento de Infantaria.Embarcou além mar em 20 de setembro de 1944.Natural de Leopoldina, Estado de Minas Gerais.Filho de Sr.Antônio José e D. Inez Francisca tendo como pessoa responsável o Sr. marques de Paula , residente em São José de Ubá, Camboaci Estado do Rio de Janeiro.Faleceu em ação no dia 24 de janeiro de 1945 na Itália e foi sepultado no Cemitério Militar Brasileiro de Pistoia, na quadra B, fileira n 8 , sepultura nº 94, marca lenho provisório.
Foi agraciado com as Medalhas de Campanha, Sangue do Brasil, e Cruz de Combate de 2º Classe.No decreto que lhe concedeu está ultima condecoração, lê se *Por uma ação de feito excepcional na campanha da Itália*
Na tentativa de tomar a cota 720 na região de Precária pelo seu grupo de combate , foi atingido pelo fogo inimigo. Foi enterrado pelos alemães como herói.

Marco em Precária (Itália) em homenagem aos Três heróis da FEB.
Foto do Blog Redescobrindo o caminho de meu pai
 Local onde eles foram enterrados em 1945 pelos  Alemães
Matéria do colaborador do Blog Hélio Guerrero
Ilustração Henrique Moura
Pequisa Boletim Especial do Exército