segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

RAÇÂO K e C. USA/F.E.B

Em situações extremas, os soldados da FEB consumiam dois tipos de ração: a ração “K” e a ração“C”.
A ração “K” era embalada em uma pequena caixa de cartolina, no formato de uma rapadura, impermeabilizada com cera. Continha em seu interior uma barra reforçada de chocolate, bolachas, balas, um rolinho de papel higiênico, cigarro e fósforo. Era muito gostosa e disputadíssima pela nossa tropa.
Quanto à ração “C”, estas eram constituídas por latinhas (conhecidas por SCATOLETAS). Continham feijão e carne, devendo ser aquecidas para o consumo. Quando consumida por dias seguidos, tornava-se enjoativa. Havia um tipo de carne em conserva, avermelhada , de nome "corned beef", que os soldados apelidaram de carne de tedesco e supunham ser de cavalo.
Nos dias normais, o consumo era de ração quente (comida normal), cuja confecção acontecia na própria cozinha dos destacamentos, onde o cardápio era farto e variado. Do general ao último soldado, o menu era o mesmo. “Fosse por mera coincidência, ou pelo que fosse, os soldados associaram a carne de peru a um ataque. Quando a previsão era de carne de peru para o dia seguinte, os soldados previam um ataque e ficavam logo todos preocupados.” 

Caixa de transporte da ração  K
Cigarros Phillip Morris que vinha na ração K                                                  
                                 Goma de mascar americana da Segunda Guerra que vinha na raçáo K.
  Pesquisa: Cássio Abranches Viotti: Crônicas de Guerra-Força Expedicionária Brasileira na Itália-2001.                                                                 

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Cinto de combate - FEB


Cinto "NA" de combate brasileiro utilizado pela FEB na campanha na Itália. 
Era usado em combate e nele eram colocados coldre, cantil, porta-curativo individuais, porta-munição, baionetas, etc.
(acervo O Resgate FEB)
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Repare o cinto do pracinha
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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A Cobra Fumando - Walt Disney - F.E.B

Alguns críticos diziam que seria mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na Guerra. Pois o Brasil entrou na Segunda Guerra e a Força Expedicionária Brasileira escolheu "A Cobra Fumando" como símbolo.
(clique na foto para ampliar)
                   Está cobra fumando é dos estúdios de Walt Disney em homenagem a FEB.
                       P0ster em homenagem a FEB do Clube Militar as famílias dos pracinhas.
                      (acervo O Resgate FEB)
Walt Disney, atendendo gentilmente a um apelo de O GLOBO, e rendendo, assim uma homenagem a todos os combatentes da FEB, interpretou especialmente para eles, na concepção magistral que a gravura reproduz, a já hoje histórica legenda com que os soldados do Brasil chegaram à frente italiana:"A cobra está fumando".
Nesta última criação do artista de fama universal, temos uma Cobra realmente belicosa, em atitude correspondente ao sentido da frase. O seu cachimbo não é o cachimbo da paz, dado a fumar ao estrangeiro na taba de Arakem. A cobra fuma de raiva, o bote armado, despejando contra o nazista toda a carga de peçonha dos seus dois Colts, que disparam simultâneamente.
E, na expressão decidida de mais essa personagem do elenco de Walt Disney, o mesmo sabor do grito de guerra do "pracinha": "A cobra está fumando!"
O humor intraduzível dessa epigrama que vem do mais profundo da alma do povo e ganha foros de lema para o combate.
Um grito de guerra sem jactância, a modéstia irônica dos nossos bravos rapazes camuflando o seu próprio denodo. Com o dito espirituoso eles disfarçam o sentido heróico dos feitos que as crônicas registram e as ordens do dia do comando superior consagram em repetidos louvores.
Walt Disney, que em sua passagem rápida pelo Rio de Janeiro colheu o estupendo flagrante de "Zé Carioca", lavra novo tento com essa perfeita representação gráfica da "verve" do Expedicionário, no símbolo de sua Cobra do desacato.
Autografada por Walt Disney
    Pesquisa :ANVFEB.                                                               

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Diploma e Medalha de Guerra do Brasil - F.E.B.


Decreto nº 6.795, de 17 de agosto de 1944, regulamentado pelo Decreto nº 16.821, de 13 de outubro de 1944.
Finalidade: premiar os oficiais da ativa, da reserva e reformados, e civis que tenham prestado serviços relevantes de qualquer natureza, referentes ao esforço de guerra, preparo de tropa, ou desempenhado missões especiais confiadas pelo Governo, dentro ou fora do País. Foi também outorgada a militares dos Exércitos das Nações Amigas ou Aliadas que colaboraram no esforço de guerra nacional.
Características:
Anverso: é uma cruz do templo com um dístico central onde se encontra o Cruzeiro do Sul (das Armas Nacionais). A cruz se acha sobreposta numa coroa de louro e de carvalho (símbolo do valor militar e do valor cívico).
Reverso: em alto-relevo, está gravada a data de 22-VIII-1942, que é a data da Declaração de Guerra do Brasil;
fita: de seda chamalotada, de cor amarela, com bordadura de cor verde nos lados. 


Diploma da Medalha de Guerra entregue ao 2º Sargento Gastão Schefer por ter participado no esforço de guerra do Brasil. O Sargento Gastão Schefer participou da campanha na Itália.

Medalha de Guerra do Brasil
Acervo O Resgate FEB
acervo O Resgate FEB

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

DIPLOMA DA CRUZ DE COMBATE - F.E.B



Tumulo de João Maria no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial (Rio de Janeiro) 
(clique na foto para ampliar) 
João Maria da Silveira Marques, faleceu em combate em 26 de Novembro de 1944 em Porreta, Itália e foi sepultado no Cemitério Militar de Pistoia na Quadra C Fileira numero 8 Sepultura 89 .Foi agraciado com a Medalha de Campanha ,Sangue do Brasil e Cruz de Combate (foto) 2ª classe.A dois tipos de CC, a primeira quando o ato foi por bravura é o militar sobreviveu a ação e a segunda quando o militar foi morto em ação,  foram ortogados mais de 1 ano depois após o regresso para o Brasil da FEB.
(acervo O Resgate FEB)
Fotos Henrique Moura                                                                                                                    

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

ESTRADA DAS LÁGRIMAS - F.E.B.

Gostaria que os moradores da Estrada das Lágrimas no bairro de São João Clímaco no Município de São Paulo,segundo comentários, soubessem o porquê do nome dado a ela, ou seja, a história da referida Estrada.
Em 1944, os Pracinhas partiam de uma árvore que até hoje existe no início da Via Anchieta (SP), As mães deses Pracinhas ficam ao longo da Estradas das Lágrimas pa ase despedirem de seus filhos e, naturalmente, não podiam conter as lágrimas, daí o nome ESTRADA DAS LÁGRIMAS, trecho a uma outra estrada que ia até o início da Estrada Velha de Santos - SP
PESQUISA: Blog Comentando a Hisória.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Coldre de lona - F.E.B

Coldre brasileiro da pistola Colt 45.ACP semi-automático usado durante toda a campanha na Itália, feito de lona.
(acervo O Resgate FEB)
clique na foto para ampliar   

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Brasileiro - Povo sem Memória

¨Quando leio um texto como este, fico imaginando como pode um povo não ter memória, e ver que é este o grande motivo da situação do nosso País.
Dedico este humilde site aos Pracinhas brasileiros que lutaram bravamente e se sacrificaram pelo sonho de um mundo melhor e mais humano¨

Brasileiros não reconhecem participação dos pracinhas na Segunda Guerra
A falta de oportunidades para relatar suas experiências e falar sobre a guerra aumentou a amargura dos pracinhas, que sofrem com o esquecimento da sociedade sobre sua história
O Brasil não soube reconhecer o sofrimento suportado pelos pracinhas durante a Segunda Guerra Mundial, tampouco o empenho por eles empreendido nas batalhas. O país também não deu voz para que os veteranos pudessem contar suas experiências. A avaliação é do historiador Cesar Campiani Maximiano, que passou seis anos realizando entrevistas e coletando material sobre a experiência de guerra dos soldados brasileiros que sobreviveram aos combates na Europa, entre 1944 e 1945.
Munidos de fuzis e do idealismo típico da juventude, cerca de 25 mil brasileiros embarcaram para as frentes de combate italianas e arriscaram suas vidas para derrubar os regimes nazi-facistas europeus. "Eles acreditavam que, lutando contra Hitler e Mussolini, dariam sua contribuição para a construção de um mundo melhor", explica Cesar, que defendeu tese de doutorado na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFLCH) da USP.
Segundo o historiador, o reconhecimento reclamado pelos veteranos não são superproduções cinematográficas sobre a guerra nem grandes paradas militares - típicas dos norte-americanos. Cesar diz que os pracinhas gostariam apenas que a Força Expedicionária Brasileira (FEB) - nome que se deu à divisão de infantaria do exército brasileiro enviada à Itália sob comando de Washington - fosse mais lembrada pela população e também melhor estudada nas escolas.
"Os pracinhas acreditavam que, lutando contra Hitler e Mussolini, dariam sua contribuição para a construção de um mundo melhor"
O esquecimento, continua Cesar, ocorre principalmente porque os ex-combatentes da FEB não tiveram a oportunidade de relatar suas experiências de guerra. "Os veteranos não tiveram voz, provavelmente porque eram pessoas simples, em sua maioria trabalhadores e operários sem muito estudo, cuja opinião não costuma ser ouvida pela sociedade brasileira", explica Cesar.
Lado humano da guerra

Um dos principais motivos que levaram Cesar a estudar o tema foi a pouca informação que se tem sobre a experiência e a vivência dos soldados brasileiros nas frentes italianas. Para ele, a história produzida sobre a participação do Brasil na guerra peca por ser desequilibrada - ou possui um caráter laudatório ou depreciativo.
Escutar o que os veteranos têm a dizer, segundo Cesar, foi um dos pontos mais complicados da pesquisa devido à dificuldade de comunicação que se impõe sobre pessoas que passaram por experiências completamente distintas. "É extremamente difícil para uma pessoa que sempre viveu em situações de paz entender o que um soldado sente durante a guerra."
Além disso, os veteranos costumam ser pessoas fechadas, que carregam consigo grande carga de recordações traumáticas. Dentre elas, o historiador enumera transtornos psicológicos chamados "neuroses de guerra" - que levaram muitos a cometerem suicídio após retornarem da Europa. A proximidade e a convivência com a morte também é uma das recordações mais lembradas pelos pracinhas.
"Eles matavam e viam gente morrendo o tempo todo. Muitas vezes também tinham de se alimentar e dormir ao lado de cadáveres. Essa situação brutalizava os soldados, tornando ainda mais complexa sua readaptação à sociedade", explica Cesar.


FONTE: Site da USP